CAPÍTULO 8.

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As primeiras aulas passaram normalmente até a hora do recreio, que novamente aconteciam as mesmas coisas de hoje mais cedo, pessoas me cumprimentando, sorrindo para mim.. Eu não estou acostumada com isso ainda, é tão estranho. Agora mesmo havia passado um grupinho de garotas por mim, acenaram e eu acenei de volta, elas saíram andando animadas como se eu fosse uma celebridade.

— Eu não consigo entender como um simples vídeo meu ganhando da Julie me trouxe tanta popularidade em menos de 24 horas que a festa passou. — Disse indignada me sentando na mesa com as meninas, depois de voltar da cantina, agora comia meu lanche de forma calma observando o que as garotas falavam.

— Nem me fale! Por toda a escola escuto seu nome, S/n, logo você que queria ser totalmente discreta aqui na escola. — Tom ria alto apontando para mim, acompanhado de Florence e Hailee, enquanto eu os encarava com uma feição emburrada.

— Que inferno, viu! Não, e vocês não sabem! — Me arrumei na cadeira lembrando o que havia acontecido mais cedo. — Sabe aquela hora que eu respondi a professora na sala e iela foi me levar para a diretoria?

— A Professora Olsen? Ahm, continua. — Hailee se aproximou quase sussurrando para que ninguém escutasse.

— Ela me puxou para o banheiro ao invés de ir para a sala da Scarlett.

— Meu Deus, e o que ela fez?? — Florence como a boa fofoqueira que era já foi praticamente sentando no meu colo para ouvir atentamente a fofoca.

— Bem, eu fui provocar ela perguntando se ela estava com ciúmes da Dove, porque era o que parecia. Ai ela me puxou para o banheiro e me empurrou na pia, segurou meu rosto com a mão dela apertando tão forte que depois ficou doendo... Ela estava muito irritada, perguntou por que eu queria saber, se isso importava tanto para mim. Eu disse que aparentemente quem mais se importava era ela, ai ela falou, "aproveitou bastante lá né?" algo assim, ai eu reforcei a pergunta se ela estava com ciúmes e para dar uma reforçada, eu virei e perguntei se ela precisava me ver novamente com a Dove para admitir. — Nesse ponto, a boca dos três já estava no chão, eu apenas ri e continuei falando. — Ai ela largou meu rosto e foi saindo do banheiro né, só que antes de sair ela virou e disse que isso, eu ia descobrir mais tarde.

— B A B A D O! - Florence gritou saindo de perto e rapidamente a repreendi vendo os olhares virados para nós. — Desculpa gente, não podia suportar guardar isso..

— Misericórdia S/n, agora eu fiquei curiosa por você.

— Nem me fale, gente.. O que será que tá acontecendo com a professora? Tipo, é impossível ela estar tendo algum sentimento por mim, ela é casada não? E outra, além disso, ela é uma professora e eu uma simples aluna, isso é errado.

— Então, só que aqui na escola já aconteceu isso tantas vezes que eu nem consigo contar nos dedos.. Desapega dessa ideia, S/a! Quem nunca?

— Mesmo assim, imagina se minha mãe descobre? Ela com certeza me mataria por ficar com uma professora.

— Não pensa no depois, pensa no agora! E vamos porque acabou o intervalo. — Florence se levantou e saiu rebolando, apenas caminhei atrás dela sendo seguida por Tom e Hailee que negavam rindo do jeito de Florence.

Point Of View Elizabeth

Eu realmente não sei o que está acontecendo comigo, a S/n tem me chamado tanta atenção ultimamente e olha que não é nem a segunda semana de aula.. Sem contar que eu também sou casada, por mais que não pareça, eu ainda estou casada com Robbie.. E era exatamente sobre ele que eu ia falar agora com minha psicóloga particular, Scarlett.

— Scar, me ajuda! — Falei batendo na porta de sua sala de forma desesperada, fechando a porta e trancando-a.

— Fala Lizzie, o que tá acontecendo pra você vir tão desesperada assim?

— Eu tô enlouquecendo, começa pelo Robbie que está sendo um filho de uma puta ultimamente, ontem nós brigamos novamente e adivinha? Por conta dos shows dele, e você acredita que ele ficou mega agressivo quando eu comentei que ele estava distante?

— Me conta mais sobre isso, que homem filho de uma puta.

Flashback On.

Estava na cozinha fazendo uma macarronada quando ouvi um barulho de porta abrindo e uma voz bem conhecida por mim entrar cantarolando, quando olhei para trás Robbie já estava entrando na cozinha deixando seu celular encima da mesa.

— Lembrou que tem casa? — Comentei voltando a prestar atenção nos legumes que cortava para fazer o molho.

— Nem começa, Elizabeth, se você soubesse o quanto estou cansado... — Chegou perto me abraçando por trás com seu tom de voz grosso como todas as vezes. — Macarronada? Você sabe o quanto eu detesto macarronada, por que você tá fazendo isso?

— Porque eu não estou fazendo pra você comer. — Me desvencilhei de seu abraço e voltei a prestar atenção no que fazia para não ter a chance de estragar a comida por conta do humor ácido de Robbie.

— Você anda muito mal educada, Elizabeth. Nós já conversamos sobre isso.

— Cala a porra da boca Robbie! — Dessa vez joguei a faca no balcão com força e me virei irritada já alterando meu tom de voz enquanto sinto o olhar de Robbie queimar sobre o meu. — Você só dá atenção pra essa merda de banda, não tem um tempo pra mim, está mais distante que nunca e ainda quer exigir algo depois de passar dias fora de casa por conta dessa banda mixuruca que você tem!? Me poupe, Robbie, me poupe!

— Meça suas palavras quando for se dirigir a minha banda, Elizabeth! — Bateu forte sua mão no balcão e se aproximou apontando o indicador em meu rosto. — Você acha mesmo que tem local de fala? Passa o dia inteiro com a cara no computador planejando suas aulas e quando eu quero fazer alguma coisa com você, recebo essas porras de reclamações!

— Haha! Você só pode estar brincando com a minha cara, tira essa porra desse dedo do meu rosto e nunca mais pense em apontar seu dedo para mim novamente, ouviu bem!? — Me aproximei mais do homem o peitando empurrando sua mão para baixo, odiava quando fazia isso, me trazia memórias terríveis. — Se eu passo o dia inteiro no computador, você pode ter certeza que isso é porque eu tô fazendo algo mais útil que você, ou pensa mesmo que eu fico vagabundando?

— Então você quer dizer que eu sou um vagabundo? Você está merecendo apanhar com essas suas ideias, vai que assim você aprende a se comportar como mulher!

— Bate então, Robbie! Bate! Mas pode ter certeza que se você encostar a mão em mim, nós iremos nos ver apenas na delegacia e no tribunal, e você nunca mais vai pisar novamente nessa casa, entendeu bem!? — Estávamos praticamente colados um no outro, eu gritava em seu rosto enquanto esperava que o mais velho realmente me batesse. Mas impressionantemente ele só deu as costas e subiu para o quarto.

Flashback Off.

Scarlett ouvia tudo atentamente com sua boca aberta, seus braços como sempre cruzados igual a todas as vezes que falei sobre Robbie. Se Robbie soubesse listar quantas pessoas não gostam dele, a primeira da lista seria obviamente Scarlett, que é declarada sua arqui-inimiga.

— Amiga, eu não sei como você ainda está com esse idiota do Robbie, ele te faz tão mal! Mas de verdade, ele só pode estar ficando louco de ameaçar te bater, não é possível. — Scarlett novamente com seu tom de voz indignado e bravo, quem visse de fora acharia que estivéssemos em uma briga.

— Nem eu sei como eu aguento tanto, Scarlett, mas sério.. São anos que estamos juntos, não é fácil eu chegar nele dessa forma e pedir um divórcio, ele querendo ou não é meu marido e eu ainda tenho um sentimento por ele.

— Mesmo assim, você é uma mulher tão linda, forte.. Posso te ser sincera? Você precisa mesmo é colar velcro, precisa de uma mulher na sua vida! Que vai te valorizar da forma como você merece, precisa tirar essa teia que tem aí embaixo! Porque eu tenho certeza que o Robbie não toca em você tem meses, se pá, anos.

— Era exatamente sobre isso que eu queria falar com você, uma mulher.

— Ai meu Deus, lá vem!

— É a aluna nova, S/n.

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GENTE QUE VERGONHA, TANTO TEMPO QUE PASSEI SEM POSTAR MEU DEUS!!!!

juro que eu vou voltar gente, tá tudo tão corrido

Teacher's Pet. - Elizabeth Olsen and You.Onde histórias criam vida. Descubra agora