Oikawa estava atirado no sofá da sala, lendo uma revista de atletismo confortavelmente. Fazia tempo desde que jogava vôlei profissionalmente, agora o ômega frequentava alguns clubes para matar a saudade. Claro, não era a mesma coisa, faltava toda a intensidade de fazer seus saques “quebra braços”, mas dava pro gasto.
Ele achava que teria mais tempo de tranquilidade, entretanto, logo ouviu passos lentos soarem no corredor, e uma voz manhosa pronta para reclamar.
– Papai, você me deixo’ sozinho… – Tobio resmungou, coçando os olhos – Quebrou sua promessa de me protege’ do pesadelo!
– Você já tá bem grandinho para ter medo daquilo. – Oikawa resmungou de volta, sendo mais infantil que o garoto de cinco anos.
– Mentiroso! Papai mentiroso!
– Desculpa, filhote, vem aqui comigo.
O garotinho de cabelos negros, assim como os de seu outro pai, se arrastou até o maior, pedindo colo com os braços. O ômega, se derretendo com a cena, o colocou em cima de sua barriga. Parecia ontem que carregava aquele pequeno ser em seus braços.
“Deus me livre de engravidar de novo, Tobio deu trabalho de nove filhotes” se arrepiou, lembrando do parto de risco. Kageyama foi uma benção em sua vida, ver aqueles olhos azuis pela primeira vez o salvou de agravar sua depressão com complicações pós parto. Ele lutava todo dia para melhorar sua saúde mental, para poder aproveitar a vida com seu marido e filhote.
– Cadê’ papai? – o menor perguntou, brincando com a aliança na mão de Oikawa.
– Ele já vem, foi no mercado comprar algo bem gostoso para comermos. – o ômega acariciou os cabelos do moreno – E também aquele seu leite nojento de caixinha.
– Nojento é você!
– O que você disse, Kageyama Tobio? Repete, eu duvido! – o ômega semi cerrou os olhos, em desafio.
– Nojento. É. Você. – o pequeno respondeu, pausadamente.
– Ah sua peste!
Oikawa foi mais rápido, seu filhote tentou escapar de seu colo para fugir, mas foi pego de surpresa. O ômega colocou o menor no sofá e começou a enchê-lo de cócegas na barriga, fazendo-o seu contorcer de tanto rir.
Tobio tentava manter uma pose de durão que não durou meio segundo, se entregando as risadas e as falhas tentativas de afastar o mais velho.
– Papai! Para! – gritou, segurando a própria barriga.
– Diga a palavra mágica!
– Não quero!
Oikawa continuou com as cócegas, observando o menor ficar vermelho de tanto rir. Sentia pena do menor, entretanto, seu orgulho falava mais alto.
– Fala logo, porra! – o ômega resmungou sem perceber.
– Desculpa, porra! – Kageyama apenas repetiu, inocentemente.
– Puta merda!
Toru cobriu a própria boca, olhando assustado para o menor.
– Puta merda! – o pequeno gargalhava, gritando para aumentar o desespero do pai – Porra! Puta merda!
– Não fale essas coisas, filhotes, papai corre risco de vida. – o mais velho se desesperou.
– Porra! – Tobio continuou, se divertindo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nosso filhote
FanfictionOikawa e Iwazume se casaram, assim começando sua própria família. Kageyama Tobio, o filhote do casal, vai aprender com seus pais desde palavras feias, até o que é o amor. • Compilado de one shots. • Univeso ABO (Oikawa ômega, Iwazume alfa, Kageyama...