🍓quadragésimo segundo capítulo🍓

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--a guarda compartilhada seria algo melhor para os dois, porém, temos que rever o caso uma última vez antes de ter certeza do que vamos fazer

O Juiz diz dando uma olhada na papelada, já havia se passado muito tempo e ainda estávamos falando sobre isso, já estava tonto, cansado, com fome e sonolento. O ar condicionado tinha sido desligado pelo frio e agora, podia se sentir o maldito cheiro de lavanda empregnando o local

--Mark, eu não estou me sentindo bem--não sabia ao certo o que sentir, mas esse cheiro me enjoava, estava tonto e precisava ir ao banheiro agora mesmo

--o que você tem?--pergunta tocando minha mão

--eu preciso ir ao banheiro agora--peço cobrindo minha boca

--meritíssimo--Mark se levanta tomando a atenção do Juiz--meu cliente não está passando bem, podemos fazer uma pausa?

--o que está havendo?

--ele está enjoado, precisa ir ao banheiro agora

--tudo bem, vamos fazer uma pausa de dez minutos--diz após um tempo em silêncio

--vem, por aqui--Mark me guia até o lado de fora da sala, ando até o banheiro sentindo meu estômago da várias voltas

Corro entrando na primeira cabine que vejo aberta, me ajoelho vomitando fora todo o café da manhã reforçado, não valeu de nada. Sinto um toque em minhas costas, não qualquer toque, aquele toque, aquela mão, me acalmo dando descarga, me levanto ainda de costas, a pessoa se afasta dando espaço para que eu possa passar, caminho até a pia lavando meu rosto e minha boca várias vezes, tento tirar ao máximo o gosto amargo da boca

--aqui--o mesmo estica um pacote de balas de menta, pego duas desembalando e jogando em minha boca, fecho meus olhos sentindo o gosto da bala

--obrigado--agradeço o observando

--está melhor?--aceno o vendo guardar as balas em meu bolso da calça--para você caso precise

--acho que vou usar o dia todo--rio me imaginando a tarde toda naquela bendita sala

--porquê isso acontece?--pergunta se escorando na porta de uma das cabines

--aquele cheiro de lavanda, ele sempre me enjoou, é horrível senti-lo, quando vejo, já estou no banheiro por causa dele

--quer uma máscara? Talvez ajude

--não precisa, vou tentar segurar dessa vez--me encosto na pia brincando com a bala em minha boca--Taemin disse que sou a rapunzel é você o homem aranha

--ele quem teve a ideia, só dei o nome de um personagem parecido com você--diz rindo junto a mim

--a rapunzel?--o encaro rindo--será pelos meus lindos cabelos loiros?

--talvez seja, mas também pelo humor, pelo jeito que se comporta

--quer dizer que, ando por aí como um louco, ao lado de um procurado, para ver as luzes flutuantes?--pergunto cerrando os olhos

--vai saber né--rimos juntos nos mantendo em silêncio por um tempo

--gostei do novo corte, combinou com você

Não só combinou como o deixou ainda mais sexy, é esse terno de hoje? Essa blusa de gola alta e um pecado para esse homem. As imagens de nós dois no banheiro de casa, vaga por minha mente até hoje, imagino como seria repetir a dose, como seria se eu fosse o chupar daquela forma, meu corpo pega fogo, céus, que pecado

--porquê está vermelho? Você está bem?--pergunta se aproximando, seu corpo para a centímetros do meu trocando alguns olhares

--estou bem, só estou pensando em algo-- me viro lavando meu rosto outra vez, estava muito vermelho

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