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-Dove cameron-

Se passaram seis meses desde da morte do meu marido, é algo difícil de superar... eu continuo sentindo a presença dele, o cheiro daquele homem embrenhado na minha roupa e às vezes ainda me lembro das coisas fofas que ele me dizia especialmente quando eu estava doente ou triste. Eu achava isso normal até começar a ouvir barulhos, comecei a achar que fosse coisa da minha cabeça afinal, eu moro sozinha. Ignorei, até que certo dia eu conseguia ouvir alguém da cozinha... eram sussurros, eu não percebia o que a pessoa estava dizendo mas me deixou assustada. Rápida me escondi e liguei para a policia e expliquei a minha situação, eles disseram para me manter onde estava e tentar não fazer muito barulho, também disseram que chegariam o mais rápido possível mas eu moro em LA então sabia que demoraria bastante. A moça que me atendeu não desligou até que os polícias chegassem. Assim que eles chegam um deles veio me buscar para eu puder explicar melhor o que aconteceu enquanto os outros procuram. Eles passaram pelo menos uma hora e meia lá e não conseguiram achar nada, eu expliquei que já ouvia vozes e sentia a presença de pessoas há mais tempo mas nunca tinha sido com aquela intensidade e nunca tinha parecido tão real, eles me fizeram algumas perguntas até que chegaram à pergunta chave "você passou por algum trauma recentemente?" Eu falei sobre a morte do Damiano, meu marido, e quando eu terminei eles se afastaram um pouco para falarem entre eles e depois se aproximaram novamente me perguntando se eu me importaria de ir para o hospital para fazer alguns exames psicológicos e neurológicos, por outras palavras eles queriam saber se eu estava louca ou não. Eu concordei sabendo que se fizesse o contrário eles me levariam à força e seria bem pior. Vou até ao carro com eles e não demoramos muito a chegar no hospital já que minha casa ficava a uns 10 minutos dele, eles me levam para dentro e me deixam com algumas enfermeiras que me fizeram um exame rápido antes de eu ser vista pela psicóloga e pelo neutrologista. Depois de muitos exames eles descobriram que eu não tinha nada além de uns parafusos a menos e uma depressão que até então nunca tinha se manifestado. Mas optaram por me deixar internada já que eu estava extremamente fraca, para ser sincera não comia há horas eu estava com a cabeça enfiada no trabalho até começar a ouvir sons na minha cozinha. Depois de uma médica falar comigo sobre me deixar em observação durante algum tempo por causa da depressão e também para ter certeza que os exames estavam corretos, finalmente me deixaram em paz, me perdi nos meus até ser tomada pelo sono. Acordo a meio da madrugada sentindo uma mão suave sobre a minha eu olho para a figura sentada do meu lado mas eu estava bêbada de sono, era o Damiano, isso eu não tinha certeza, mas eu não estava associando as coisas então simplesmente abracei a cintura dele e voltei a dormir tranquilamente.

[Seis meses atrás]

Eu estava em paris, a trabalho, e o Damiano teve que ficar em LA já que ele tem seu próprio trabalho, tudo bem, nós sempre fizemos isso eu fazia viagens de trabalho depois voltava para casa, para os braços dele e, visse versa. Sempre deu certo, nós tínhamos um casamento saudável e nosso amor um pelo o outro era especial. Eu estava voltando para casa depois de uma seção de fotos e recebo várias mensagens e uma ligação da policia "porra, o que é que eu fiz!?" Atendo e sinto meu coração começar a bater mais rápido assim que ouço a voz do policial.

— Senhorita Dove?- Ele fala num ton calmo.-

— Ela mesma, o que o senhor deseja?

— Eu tenho uma má notícia para si...- assim que ele fala isso milhares de cenários passam pela minha cabeça-

— Diga.

— O seu Marido foi encontrado morto em casa. No escritório para ser mais específico.- Quando ouço a palavra morto sinto uma pontada no peito e uma fraqueza inexplicável, o meu corpo começou a tremer todo e as palavras já não saiam direito da minha boca.-

— Mo-morto? Quem encontrou ele? Já sabem como isso aconteceu!?

— Primeiramente, sinto muito pela sua perda. O seu Marido foi encontrado por um amigo que tinha combinado de passar algum tempo com ele.-

— O Andrew provavelmente...

— Isso mesmo senhora-

Depois de uma breve conversa com o policial eu volto correndo para hotel onde eu estava hospedada e começo a arrumar as minhas coisas, eu não queria aceitar o que estava acontecendo, eu não conseguia fazê-lo, senti o meu mundo desmoronar enquanto eu própria me desfazia em lágrimas. No dia seguinte eu voltei para LA e fui até à funerária onde meu marido estava, ele só seria enterrado no dia a seguir e quando eu entro na sala onde estava eu não conseguiram acreditar no que estava acontecendo, haviam vários amigos dele e alguns parentes, só os mais chegados, a mãe dele vem correndo até mim e me abraça começando a chorar descontroladamente enquanto eu a abraço de volta e olho para o caixão no meio cómodo só para ver Damiano extremamente pálido com flores ao peito e algumas pessoas à volta. Quando a minha sogra me solta, eu me aproximo do caixão e aí meu mundo caiu, eu me ajoelho ao lado do caixão e pego a mão fria de Damiano enquanto choro. Eu passei lá a noite toda, sempre do lado do caixão junto com minha sogra, mesmo sendo só nós as duas eu não podia deixar de sentir a presença de mais alguém, mas ignorei, eu não queria saber de nada naquele momento só aproveitei as minhas últimas horas com o meu marido mesmo que só o corpo dele esteja lá. No dia seguinte ele foi enterrado e a minha sogra me chamou para ficar com ela, eu aceitei acho que não teria aguentando sozinha naquela casa assim de cara. Passado mais ou menos dois meses eu volto para casa e tive que voltar a minha vida normal, mesmo que eu quisesse fazer com o meu marido.

     Criadora:

Espero que tenham gostado desse primeiro capítulo! Os próximos seram o desenvolvimento da história já que esse foi mais para explicar tudo o que tinha acontecido.

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⏰ Última atualização: Apr 14 ⏰

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