Capítulo 2

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POV FREEN

Estava de volta à Bangkok depois de quase 10 anos, muita coisa mudou desde que saí daqui aos 17 anos de idade, deixei muitas lembranças para trás e acima de tudo deixei ela.

Tem alguns meses que estou trabalhando na clínica e conheço poucas pessoas, fiz amizade com Marta; uma psicóloga assim como eu. A especialidade dela é com crianças e eu trabalho mais voltada à problemas comportamentais em adultos e adolescentes, consegui esse trabalho por conta da minha experiência na área e das boas referências no meu antigo trabalho em Taiwan.


Comprei um apartamento de 2 quartos próximo ao shopping e ao meu trabalho, não gosto de muito espaço e meu pequeno e aconchegante apê me atende muito bem, além disso, eu e meu cachorro Flufy praticamente ficamos mais entre a sala e o quarto, somos 2 preguiçosos.

Meu expediente hoje estava tranquilo, meu primeiro paciente seria somente após as 9 da manhã então aproveitei para conhecer uma lanchonete que fica aqui perto no trabalho e que todos comentam ser muito boa. Cheguei no local que parecia realmente fazer jus a sua fama; muito movimentado e com aquele cheirinho de café moído na hora. Havia uma moça muito bonita no balcão de atendimento.

- Um sanduíche natural um chá gelado por favor! fiz meu pedido e a atendente anotou prontamente.

O rapaz que estava no preparo deixou um pequeno embrulho para a viagem em cima do balcão, provavelmente de algum cliente que estava na minha frente.

-Becky seu pedido está pronto!

Ouvir aquele nome me causou um arrepio imediato, mas não poderia ser ela não depois de tantos anos.

Olhei na mesma direção que eu moço do balcão estava olhando e lá estava ela, Rebeca Patrícia, a ''minha Becky'' depois de tantos anos ela não mudou quase nada, estava tão linda e eu nem consegui dizer um ''oi ''apenas olhei com uma cara de besta sem pronunciar uma palavra.

Porem nem tive tempo de pensar em meu próximo passo pois a menor pegou o seu pacote e saiu correndo do local me deixando mais besta ainda mais, eu não a culpo, ela tem motivos para não querer falar comigo depois do que eu fiz.

Tentei trabalhar sem pensar em Backy, normalmente eu consigo sempre me dedicar a meus pacientes da forma mais profissional possível e hoje não foi diferente, mas quando o relógio marcou 3 horas da tarde eu precisei desmarcar meu último paciente, minha mente estava uma bagunça e todo momento aquela tarde de 10 anos atrás me vinha em flashes... eu precisava de um tempo.

Um banho de banheira ajudou a me acalmar, Marta mandou mensagem preocupada comigo, mas eu tranquilizei minha amiga. Ela não precisava saber que eu estava abalada por causa de um amor de adolescência.

Além do mais fui eu quem terminou tudo, fui eu quem disse aquelas palavras que com certeza fez com que ela me odiasse muito, eu não tenho que pensar pois sei que nosso amor ficou no passado. Acabei dormindo no sofá e sonhei com ela mais precisamente com o dia em que eu disse que estava apaixonada.

**

-Becky... Desculpa eu ter dito isso, esquece! Somos amigas e somos meninas eu vou esquecer desse sentimento, não quero perder sua amizade você está chateada?

-Porque eu ficaria chateada Freen? Você apenas disse o que está dentro do seu coração, eu estou chateada comigo mesma porque eu sinto a mesma coisa há muito tempo, mas não tive coragem para te dizer primeiro ...eu também te amo Freen

- Mesmo Becky? Não brinca comigo, por favor.

-Eu não estou brincando, eu te amo e mesmo que pareça errado, mesmo que se sejamos meninas, eu quero ficar com você, quero namorar com você... você quer?

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