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Olivia Miller:

Acordei assustada, meus olhos estavam ardendo e minha garganta estava seca. Procurei pelo meu celular e vi que ainda eram 3:00 da manhã, rolei pela cama na esperança de voltar a dormir, mas não tinha jeito, meu sono já tinha ido embora.

Soltei um suspiro e resolvi descer pra tomar uma água. As luzes da casa estavam apagadas, exceto a do quarto que ficava no final do corredor, não dei muita importância pois sabia quem estava naquele quarto.

A cozinha estava sendo iluminada pela luz da lua, então não me importei em acender a lâmpada. Enchi um copo com água e fui pra frente da janela, a vista da floresta a noite era sombria mas ainda assim tinha alguma coisa nela que me trazia uma paz.

Derrepente senti uma sensação estranha como se alguém estivesse me observando, olhei ao redor da cozinha e não tinha nada ali, quando voltei a olhar pra janela havia alguém do outro lado da rua, não sabia quem era, se era um homem ou uma mulher e quando eu apertei os olhos pra tentar ver melhor, a pessoa simplesmente sumiu, tão rápido quanto apareceu.

■ ■ ■

– Então quer dizer que seu pai está na cidade – Paul disse enquanto se espreguiçava.

Depois do que aconteceu de madrugada não consegui voltar a dormir. Quando deu 6 horas da manhã fui tomar um banho, e descidi que não iria pra escola. Não falei com ninguém quando cheguei na cozinha, só peguei uma maçã e fui direto pro carro indo pra praia da reserva. No caminho liguei pra Paul, pedindo pra ele me encontrar lá.

– Sim – me deitei na areia, sem me importar se iria ficar suja ou não – Não sei se quero conversar com ele. Quando eu cheguei não consegui nem ficar naquela sala.

– Não fica mal por causa disso, ninguém vai receber alguém de braços abertos depois de ser abandonada. – falou com os olhos no mar.

– Eu sei – suspirei alto.

– Pensa pelo lado bom, agora posso te chamar pra ir nas festas e usar a desculpa de você não ficar em casa com seu pai – falou tentando me animar.

– Pode tirando esse cavalinho da chuva viu – retruquei rindo.

– Você é chata demais, não sabe se divertir– me empurrou com o ombro e revirou os olhos.

– Não é só porque eu não gosto de sair pra festas que eu não sei me divertir – me defendi.

– Fala sério! Qual é a graça de ficar o dia todo trancada em casa?! Que tipo de diversão é essa, Olivia?! – retucou mais uma vez.

Não respondi, pois sabia que nessa parte ele tinha razão, não tem nada de divertido em ficar em casa olhando pro teto e criando paranoias na minha cabeça.

– Talvez a gente possa ir em uma festa– falei depois de um tempo como quem não quer nada.

– Pode deixar que vai ser a melhor de todas que você já foi– disse com um enorme sorriso no rosto.

Nós dois ficamos jogando conversa fora por um tempo, mas Paul teve que ir resolver um assunto com Sam. O mesmo se despediu de mim e seguiu caminho pela floresta me deixando ali.

Eu não queria ir pra casa naquele momento, ainda não estava preparada para falar com meu pai, então decidi ficar mais um tempo pela praia. O clima de hoje não era diferente dos outros, o céu estava nublado dando indícios de que uma chuva iria começar a qualquer momento, e assim que senti a primeira gota de chuva me levantei da areia e fui em direção do meu carro.

– Ficar doente não está na minha lista de prioridades no momento – falei sozinha enquanto apertava o passo pra não me molhar muito.

O impacto da chuva na lataria do carro fazia um barulho um tanto quanto irritante, mas preferi ignorar esse fato e ligar o aquecedor, juntamente com o rádio. A música que tocava era calma e isso me fez relaxar um pouco, o calor que vinha do aquecedor também ajudava nessa situação.

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⏰ Última atualização: Apr 15, 2024 ⏰

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Eternity / JASPER HALE (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora