March, 29th
Oi, eu sou a Rachel.
Estou escrevendo aqui mais um capítulo desse diário das minhas melhores aventuras junto com o homem que amo.
Hoje vim escrever sobre a que talvez seja a minha aventura mais marcante com Alex, dessa vez fomos acampar num lugar recomendado por alguns amigos nossos.
Pesquisamos pela internet alguns lugares mais indicados para se acampar ficando assim na dúvida por serem tantos, até que nos falaram de uma floresta muito bonita e tranquila de se visitar.
Acabamos por aceitar a opção e então fomos em uma sexta feira a noite.
O trajeto com o carro foi divertido, cantamos algumas músicas de nossa playlist de viagem, rimos e brincamos, também demos uma pausa pro lanche durante o longo percurso mas logo voltamos pra estrada.
Quando chegamos não fiquei com medo como achei que ficaria, a floresta era realmente bonita e tranquila. Não muito longe de onde estávamos haviam algumas colinas e decidimos parar por lá.
Saímos do carro, montamos uma barraca e acendemos uma fogueira. Aproveitamos o restante da noite na companhia um do outro, conversando sobre a vida e nossos planos pro futuro observando o céu limpo e estrelado e então fomos pra barraca dormir.
Acordamos as 06h00 da manhã para aproveitarmos melhor nosso dia, preparamos nosso café da manhã e pegamos nossas mochilas para a longa caminhada.
Logo depois das colinas passamos por um rio que decidimos seguir sua mesma direção até o seu final, onde nós deparamos com uma linda cachoeira na qual o som era simplesmente incrível.
Por onde passávamos uma nova foto era registrada na câmera de Alex que sabia aproveitar exatamente cada oportunidade de tirá-las.
Continuamos nossa caminhada até de repente Alex gritar animado a palavra atól que não entendi bem e então ele apontou em sua direção. Uma ilha de pedras foi nossa próxima parada, Alex disse que sempre quis conhecer uma, fiquei feliz por vê-lo feliz e comentei sobre mergulhar na lagoa que ali tinha.
Permaneci observando tudo ao redor de lá, foi quando avistei uma ilha um pouco distante e chamei ele para podermos passar por lá, ele concordou e fomos. Porém, quanto mais andávamos mais distante a ilha ficava, então Alex disse que demoraria muito chegar até lá andando e que no máximo só chegaríamos em sua península.
"Se você quiser podemos viajar só pra uma ilha depois, sei que quer bastante conhecer uma."
Sorri concordando e então lembrei, se há ilha aqui, o mar não deve estar distante.
Prosseguimos andando até realmente acharmos uma praia, o som do mar dava pra ser ouvido de longe, o sol brilhava forte e cansados corremos pra nos divertimos um pouco após tanta caminhada.
"Como duas crianças corremos para o mar, nos abraçamos, nos beijamos e..."
Sou interrompida enquanto escrevo pela doutora dizendo ser hora de tomar meus remédios, e me pergunta se estou escrevendo mais uma vez, respondo que sim e então ela se senta para ouvir a história.
P.o.v autora:
Naquele dia do acampamento tudo realmente ocorreu bem até a chegada do casal em atól, mas por um pequeno descuido a morte de Alex foi certeira quando caiu batendo a cabeça em uma pedra.
Rachel hoje conta sempre uma nova versão da história que a fez entrar em depressão e abusar dos antidepressivos, assim tendo delírios e alucinações com que fizeram sua família deixá-la em um hospício onde hoje mora afirmando que Alex ainda está com ela.
Fim.
