Team

Capítulo 1 - O "Apocalipse".

Música - Skyfall

San

- Você é um ladrão! - Falo já irritado e jogo o controle de videogame pro lado.

Wooyoung: Eu não tenho culpa se você é altamente ruim em Mario Kart! - Ele ri.

- Não quero mais jogar também.

Minha mãe põe a cabeça pra dentro do quarto - Meninos não é porquê amanhã não tem aula que vocês devem virar a noite como corujas - depois disso ela sai e fecha a porta do quarto.

Wooyoung: Está bem, vou me preparar pra dormir - Ele levanta e vai ao banheiro pra trocar de roupa.

Wooyoung é o meu melhor amigo, as vezes ele vem dormir aqui em casa e hoje é um desse "as vezes".

Coloco meu pijama do Bananas de Pijama e Wooyoung sai do banheiro com o seu pijama preto.

Wooyoung: Que lindinho ele de presidiário.

- Muito engraçado em, porque não faz um show de Stand Up?

Wooyoung: Obrigado obrigado - Jogo um travesseiro nele, ele o agarra e se deita no colchão ao lado da minha cama.

Apago a luz e me jogo na cama, por um momento eu tenho uma crise existencial e reflito sobre a minha vida, não era ruim.

Meus pais são separados, moro com a minha mãe, meu pai eu vejo de vez em quando, o relacionamento deles não era tóxico sabe mas as ideias deles divergiam muito, eles brigavam as vezes e decidiram se separar de vez para o bem dos dois, eles ainda tem uma "amizade" e sempre me respeitaram muito.

Tenho um grupo de amigos bem grande, tenho sete, tipo, quem tem sete amigos? Eu mesmo Choi San, é difícil de acreditar mas o meu grupo de oito amigos(contando comigo) consegue manter a amizade e nós, os oito são realmente muito amigos.

Tem o Wooyoung que é o meu melhor amigo, tem o Mingi que é um atentado, Seonghwa e o Yeosang que são os que tem um pouco de cérebro ainda, Yunho que é praticamente uma criança de dois metros de altura, Jungho que parece mais o nosso amigo evangélico e o capitão HongJoong, a gente o Chama de capitão porque ele realmente é bom em liderar tudo, ele é um garoto extremamente tímido e um pouco desajeitado, mas na hora do vamo ver ele simplesmente se transforma em outra pessoa e consegue controlar a situação.

Eu levava uma vida normal e muito boa, era um garoto "popular" na escola, eu não tenho muitos inimigos... Eu acho né, tive uma namorada também, infelizmente eu levei um chifre dos grandes e desde então eu perdi esse tipo de interesse nas pessoas, eu achei que ela cuidasse de mim assim como eu cuidava dela, no final o bobão foi eu.

Nunca quis que meus amigos me vissem como uma pessoa fraca então nunca demonstrei tristeza na frente deles, mas as vezes eu chorava pensando no que eu tinha feito de errado.

Acordo do meu devaneio quando ouço um trovão estrondar lá fora sinto até a terra tremer um pouco.

- Calma calma já entendi! - falo sozinho - Woonnie? - o chamo em vão sabendo que ele não acordaria nem se a casa caísse na cabeça dele.

Deito novamente olhando pela janela vendo o show de luzes que os relâmpagos faziam no céu junto com uma forte chuva que caía, fecho os olhos e não demoro muito para cair no sono.

(...)

Acordo pela manhã esfregando os olhos e logo sinto um travesseiro ser jogado na minha cara - Yaa! - falo com uma voz rouca.

Wooyoung: Acorde Sannie, levante esse cu da cama e vá fazer o café! - Vejo ele se espreguiçar e entrar no banheiro do meu quarto.

Sento na cama e pisco algumas vezes para acordar, odeio quando eu levanto de manhã e meus olhos estão com aspecto de inchados, parece que ou eu levei uma surra, ou eu chorei igual uma puta a noite toda.

Levanto da cama de espreguiçando, vou para o espelho e passo a mão no cabelo.

Ligo o celular para ver a hora e... Que estanho, a internet havia caído.

Desço pra sala e reinício o roteador, mas ainda não tinha sinal, penso que provavelmente com a chuva de ontem deve ter dado algum problema, com um dilúvio daquele olhe lá se algum eletrodoméstico não tiver queimado.

Sento no sofá e digito o número da empresa da internet para solicitar um técnico, o telefone chama umas cinco vezes e cai, tento ligar de novo mas não dá em nada.

- Que coisa estranha - Faço uma careta e largo o celular no sofá - Mãe! - A chamo mas tudo o que eu recebo é um belo de um silêncio, vou para a cozinha e não a vejo - Ela deve ter voltado a dormir - Subo pro quarto dela.

Simplesmente o quarto dela estava o cômodo mais limpo e arrumado da casa, provavelmente o arrumou e saiu, ligo para o celular dela e novamente a caixa postal.

- Agora pronto, todo mundo resolveu desligar o celular foi?

Ouço o barulho do chuveiro, Wooyoung estava tomando banho lá em cima, não pensem que eu sou uma pessoa porca, mas acho que não tenho disposição para tomar banho em plenas 7:24 da manhã por vontade própria.

Vou para a cozinha e pego os ingredientes para começar a fazer panquecas.

Depois de alguns minutos Wooyoung desce e vai para a sala, coloco as panquecas num prato e ouço a vinheta do plantão do jornal, presto atenção para ouvir já que geralmente quando têm plantão é porquê alguma coisa séria tinha acontecido ou alguém muito famoso tinha morrido.

"As pessoas continuam desaparecidas e ao decorrer do dia, mais cidadãos relatam desaparecimento de pessoas, e parece que este fenômeno não atinge apenas a Coréia mas o mundo todo está em caos, seria realmente o Apocalipse? Voltamos a qualquer momento com mais informações".

Corro pra sala e vejo que o sinal da TV havia caído, olho para Wooyoung que olhava fixamente para a TV sem dizer uma única palavra.

Meus olhos se encontram com os seus e sinto meu coração acelerar.

Wooyoung pega o celular dele e disca um número, provavelmente estava ligando para sua casa.

Após alguns minutos sem resposta ele larga o celular e põe as mãos na cabeça.

Wooyoung: Puta que pariu, puta que pariu! - Era tudo o que ele conseguia dizer.

Ouço um barulho de sirene, abro a porta e vou para fora.

Corro até o meio da rua e fico de boca aberta com o que eu vejo.

Era simplesmente uma cena de filme de ficção científica sobre o fim do mundo, carros virados, batidos, motos no chão, tinha um que havia batido em um hidratante e o negócio estava esguichando água pra cima.

Vejo Wooyoung correr e parar ao meu lado.

Wooyoung: Puta que pariu cara que merda é essa?! - Ele estava pálido e eu podia ver a sua respiração acelerada, seguro sua mão e o levo pra dentro de casa.

Sento ele no sofá e ele ainda estava com os olhos arregalados.

- Calma cara, calma!

Wooyoung: Calma? Você viu o que tá acontecendo nessa porra?!

Vou até a cozinha pegando um copo de água, o entrego, o menino tava tremendo, ele respira fundo e toma um gole.

Wooyoung:... Foi mal, é só que... Porra...

- Eu sei eu sei - Sento no braço do sofá e passo minha mão nas suas costas tentando o acalmar.

Wooyoung: É um sonho não é? É tudo a porra de um sonho.

- Eu... Eu não sei cara... Vou ligar pros meninos...

Wooyoung: Eu já tentei, não tem sinal pra nada...

Na mesma hora ouço batidas desesperadas na minha porta, vou atender e o Mingi entra junto com Yunho.

Mingi: Cara, a gente tá vivendo a porra do fim do mundo! - Ele entra ofegante.

Me sento no sofá e ponho as mãos na cabeça ainda sem acreditar no que estava acontecendo.