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MEUS pais sempre sonharam em ter filhos, pois ambos adoram crianças. Para minha mãe, ser mamãe era um sonho, o qual sempre foi apoiado por meu pai, já que sempre tiveram condições financeiras estáveis. Aos 22 anos, minha mãe começou a tentar engravidar, mas encontrou dificuldades sem um motivo aparente, apesar de estar saudável e fértil, de acordo com os ginecologistas.
Ainda em 1998, durante uma de suas visitas frequentes ao orfanato para fornecer apoio as crianças, minha mãe se deparou com um menino encantador de 4 anos, chamadoItachi. Ela se apaixonou instantaneamente por ele e passou muito tempo conversando para conhecê-lo melhor. Foi então que surgiu a ideia de adotá-lo, e após chegarem a um acordo, essa decisão foi tomada.
Meus pais decidiram temporariamente se mudar para a Coréia do Sul por causa de um filme importante que meu pai iria dirigir por lá. Essas viagens eram comuns para eles e sempre foram tranquilas, já que meu pai era fluente em inglês e coreano, e ao longo do tempo, também aprendeu japonês. Minha mãe, por sua vez, já falava japonês fluentemente e, ao conhecer meu pai, aprimorou seu coreano e inglês, o que facilitou muito a comunicação entre eles.
Em dezembro de 1999, seguindo seu costume de visitar orfanatos de crianças carentes, meus pais foram a um orfanato na Coréia. Lá, eles se apaixonaram por um bebê que havia sido abandonado por seus pais com menos de um mês de vida. Profundamente tocados pela situação, decidiram adotá-lo, dando-lhe o nome de Changmin.
Com a chegada de Itachi e Changmin, meus pais transbordavam de felicidade. Em 2000, decidiram se estabelecer no Japão, buscando proporcionar uma vida mais tranquila e dedicar toda a atenção aos meninos. Eles empre contaram com o apoio e a colaboração da família da minha mãe, o que tornou a criação dos meninos uma experiência serena e gratificante.
Itachi, quase completando 6 anos, já desempenhava um papel, especialmente nos momentos em que minha mãe ou meu pai estavam ocupados e não podiam cuidar de Changmin. No entanto, a questão da infertilidade ainda persistia. Diante disso, meu pai decidiu investigar e foi diagnosticado comOligosperma, um problema na produção de espermatozoides, atribuído ao estresse das frequentes viagens. Para tratar, mesmo já estando contente com os meninos, pois quando fizeram a última adoção já haviam parado de tentar, ele começou a tomar antibióticos indicados pelo urologista.
Mas para surpresa de todos, minha mãe engravidou em fevereiro de 2000.
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- A SUPRESINHA DA FAMÍLIA -
NASCI em Osaka, no Japão, onde eu vivi meus primeiros 5 anos. Japonês foi o primeiro idioma que aprendi, junto com coreano, que aprendi mais pra frente.
Em 2006, ainda com 5 anos de idade, nós nos mudamos para o Brasil, onde eu morei até meus 15 anos. Durante esse período, eu aprendi português e aprimorei meu inglês com aulas semanais e o apoio de meu pai, o que me possibilitou hoje, ter fluência no idioma. Sempre que possível, nas minhas férias ou feriados, eu costumava viajar com minha família para o Japão, onde resideminha família materna e, também, para os Estados Unidos, onde estão meus parentes paternos.
Enquanto eu estudava no Brasil, eu pratiquei diferentes atividades e esportes, mas nenhum deles prejudicaram meus estudos; pelo contrário, eu conseguia me dedicar as aulas e, ainda, obter altas notas. Aos 4 anos, comecei a fazer Ginástica Rítmica e, aos 6 anos, dei início ao Jiu-Jitsu. Aos 10 anos, troquei a Ginástica pela Dança, a qual se tornou minha paixão. Durante esse período, dos10 até eu completar 13 anos, também pratiquei basquete e judô. No início de 2014, ainda para completar 14 anos, decidi focar definitivamente na Dança e no Jiu-Jitsu, mas ainda tinha o desejo de fazer aulas de canto. Assim, durante muito tempo, fiz aulas de canto 5 vezes por mês.
Quando completei 15 anos, em 2015, decidi me inscrever para entrar na JYP Entertainment como trainee. Em dezembro daquele ano, recebi a notícia emocionante de que fui aceita. Essa conquista trouxe uma imensa felicidade para mim, pois significava o início de uma jornada rumo ao meu sonho de se tornar uma artista. Nessa época, nossa família teve que se mudar para a Coréia do Sul, pois decidimos começar a morar definitivamente por lá. Além de ser mais favorável para o desenvolvimento da minha carreira artística e de Changmin, que também queria ser um dançarino profissional, essa mudança também facilitaria os trabalhos de minha mãe e de meu pai. A empresa de maquiagem da minha mãe está localizada na Coréia, e meu pai dirige a maioria de seus filmes lá também.
