9. Páginas de fã

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Oi gente, boa noite!
Ontem saiu a lista das inscritas na VNL e eu não estou cabendo em mim vendo o nome da Carol Gattaz lá. Eu amo essa mulher e queria muito que ela fosse pra Paris, por mais que eu saiba que é MT difícil isso acontecer. Eu já sofri uma lesão muito parecida com a dela, a diferença é que eu jogava pelo time municipal, sem estrutura, sem apoio médico nem nada. Por mais que fosse nova, a recuperação não foi feita da forma correta e nem com o foco que a Gatraz tinha, de voltar a jogar em alto rendimento. Fui quase obrigada a parar. Fui parando aos poucos e não votlei mais a jogar por nenhum time! Eu fico muito feliz que Carol tenha conseguido voltar, jogar tanto, e em tão pouco tempo, mostrar tanto potencial nessa volta. Espero que ela possa se despedir da amarelinha em grande estilo, mesmo que não seja em Paris.
Enfim! Me perdoem pela hora, mas foi a hora que deu kkkkkkkk. Essa semana não consegui escrever, eu já tinha esse e até o cap. 12 escritos, assim que eu conseguir escrever em grande quantidade, faço uma semana de postagem direto, ok?
Votem e comentem muito
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P.O.V Rosamaria

Eu acordei com batidas fortes na porta. Quem poderia ser? Hoje, quarta-feira, não tínhamos treino cedo, eu tinha academia só 14h e depois fisioterapia, quem poderia ser?
-Já vai! - levantei igual um furacão para atender a porta. Que saco! Devia ser umas 8h e eu tinha planejado dormir até umas 10h. Quem ousa me acordar assim? Abri a porta e já ia falando - posso saber por que tá me acordan… - parei no meio da frase
- Bom dia, sua rabugenta dorminhoca, posso entrar?
- NANIIIIIIIII, bom diaaa! - agarrei minha amiga - você chegou antes? E por que me acordou cedo? Sabia que hoje eu não tenho treino de quadra cedo? Vem, entra - atropelei minhas próprias falas
- Calma aí, Rosamaria! Eu hein, isso é um interrogatório? - rimos e ela voltou a falar - eu vim um dia antes porque voltei a sentir umas dores no tornozelo, falei com o Zé e ele pediu que eu viesse logo para começar o tratamento com o Fernandinho, sacou? - ela disse
- Naiane! Por que não me disse? - perguntei indignada
- por que não precisava? - ela me olhou e eu fechei a cara - ok, resposta errada. Na verdade, senti ontem a tarde, e eu sabia que já estava por aqui, só esqueci de falar mesmo - ela sentou na outra cama que tinha no quarto
- tudo bem, mas vamos logo lá no Fernandinho, quanto antes, melhor! - Fui em direção ao banheiro - vou só me trocar
- Rosa, Relaxa, vamos tomar café, e depois ainda vou lá me apresentar, ver meu quarto, pegar uniforme, essas coisas chatas que você não precisa fazer comigo! - ela disse e eu escutava do banheiro
- eu sei, mas vou! - eu gritei de lá. Acho que ela só se conformou, uma vez que não ouvi mais objeções. Troquei minha roupa, escovei meus dentes, prendi meu cabelo num rabo alto, fiz toda a minha higiene e fui para o quarto. Quando cheguei lá, Nai olhava o celular, ela raramente mexia em redes sociais, mas, por obra do destino, naquele momento ela olhava suas redes e a cara que ela fazia, parecia que alguém tinha cometido um crime - ei, quem cometeu um assassinato para você estar com essa cara olhando para o Instagram? - eu falei com tom de brincadeira e rindo levemente
- olha, ninguém, por enquanto! Mas, assim que você ver isso, talvez você mate alguém- ela me olhou e sua expressão não era nada legal. O que poderia ter acontecido? - olha aqui
- o que  foi? - e então ela deu o celular nas minhas mãos. Era uma página de fãs Rosattaz, tinha um carrossel de fotos e vídeos do show de ontem, vídeos da Carol com as meninas, dela cantando penhasco e sofrendo com a música e vários e vários vídeos dela dançando com várias mulheres diferentes. Em um, ela tinha uma loira rebolando para ela, enquanto ela segurava firme sua cintura, instigando mais ainda o movimento. Numa outra foto, ela tinha outra mulher falando em seu ouvido enquanto ela a abraçava pela cintura. E na mesma página, outros vídeos de Caroline dançando e quase comendo aquelas mulheres. Aquilo foi me esquentando por dentro, me dando raiva, ódio e eu podia jurar que se ela estivesse naquele lugar agora, eu poderia matar a Caroline. Primeiro Sara, agora essas piranhas?- olha, Naiane, eu tô tentando! Juro que eu tô tentando ser paciente com a Caroline, tô tentando mostrar que mudei, que eu a amo mesmo, mas isso aqui? Puta que pariu, ela ultrapassou todos o limites existentes aqui e em qualquer outro universo paralelo! - eu olhei para a minha amiga - essa filha da puta tá me fazendo de trouxa! Nós conversamos em BH, combinamos de deixar tudo rolar, e agora isso? - eu estava com raiva por me frustrar
- Rosa, eu entendo sua raiva e frustração, mas presta atenção, vocês combinaram algo de não ficarem com outras pessoa? Ou algo assim? Estão namorando? Existe compromisso? - ela perguntou
- não, Nani. Não firmamos nada. Ela prometeu tentar voltar a confiar em mim e deixar tudo rolar. Eu prometi muito diálogo e ser sempre sincera e esperar o tempo dela. Mas porra, precisava disso? E pra todo mundo ver? - eu agora queria chorar
- ei, Rosa, não! Não chora! - ela me fazia carinho- olha, elas chegam amanhã, conversa com a Carol, expõe pra ela o que vc tá sentindo com isso, diz pra ela que isso te deixa chateada, e se puder, pergunta pra ela sobre o show. As vezes, o que vemos nem é o que aconteceu! - minha amiga tentava me acalmar
- eu não quero olhar pra ela hoje! E amanhã, eu quero distância dela. Que ódio! - eu gritei no travesseiro
- só não esquece que quem quebrou a outra primeiro, foi você quando ignorou ela e fugiu para o Japão! - disse e levantou pegando sua mochila- vou lá me apresentar, pegar meus uniformes e te encontro no café da manhã, ok? - eu só concordei e continuei deitada com o travesseiro na cara. Caroline sempre me faz passar raiva. Ela não podia me deixar assim, sem mais nem menos. Então, me recompôs, mesmo com um humor péssimo, e fui para o café da manhã encontrar Naiane. Todos que passavam por mim, eu tentava tratar da melhor forma possível. Juro!
Hoje, algumas meninas começaram a chegar. Ana Cristina, Maira, Michele Pavão, Lara, Lorena, Milka e Laís chegariam durante o dia de hoje. Na verdade, algumas já estavam no local de café da manhã quando cheguei. Como eu disse, tentei ao máximo tratar todas bem, mas meu humor não tava ajudando. Caroline me paga!

The last OlympiqueOnde histórias criam vida. Descubra agora