Jeon Jungkook é um jovem alfa lúpus original que nasceu na família real. Um alfa de bom coração, porém fechado, graças aos acontecimentos horríveis em sua vida.
A família Jeon's, nunca foram flor que se cheire, eles eram odiados pelos os seus servos...
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Taehyung estava confuso e surpreso ao ver Jaewon em seu quarto, especialmente naquele momento delicado. A presença da Majestade o fazia se sentir pequeno, ainda mais por sua mente estar dominada pela dor causada pelo casamento de Jungkook.
— Majestade, por que está aqui? — sua voz saiu hesitante, enquanto baixava o olhar, tentando manter a compostura. — Sem querer ser in-indelicado…
Jaewon o encarou de uma maneira quase familiar, como se já o conhecesse profundamente. Seus olhos eram intensos, refletindo algo que Taehyung não conseguia decifrar.
— Eu... vim para o casamento de Jungkook — a Majestade respondeu, sua voz carregada de sinceridade. — E aproveitei para vir vê-lo, sinto muito pelo que está acontecendo.
Taehyung apenas murmurou um "ah", tentando processar as palavras, mas o peso de tudo o que estava acontecendo o deixava apático. Ele olhou ao redor do quarto, sentindo que aquele ambiente simples não era digno de uma visita real.
— A Majestade provavelmente não está acostumada a um lugar como este — disse ele com humildade. — Podemos ir lá fora se preferir...
— Não, está tudo bem aqui — Jaewon sorriu fraco. — Quero saber como você está, Taehyung. Sei o que está sentindo...
As palavras de Jaewon pegaram Taehyung de surpresa. Seus olhos azuis arregalaram-se, finalmente erguendo-se para encarar o rosto da Majestade. Havia uma estranha semelhança entre os dois, quase como se ele estivesse olhando para um reflexo distorcido de si mesmo. Ambos tinham os cabelos loiros e os mesmos olhos azuis. Algo profundo e inexplicável passava entre eles.
— Eu também fui um servo. — Jaewon começou, sua voz agora mais suave, enquanto se sentava na cama, Taehyung o acompanhando. — A diferença é que, na minha época, o Reino estava estável, era o mais forte de todos... Seojun, meu parceiro, era muito parecido com Jungkook. O que vocês estão passando me lembra muito o que aconteceu comigo e ele. Seojun também estava de casamento marcado com uma ômega, mas no último momento, ele anulou o compromisso.
Taehyung sorriu, mas era um sorriso triste, frágil. As palavras da Majestade traziam uma esperança, mas também deixavam ainda mais claro o abismo entre sua própria situação e a de Jaewon.
— A diferença — sua voz tremeu — é que os senhores terminaram juntos… Eu disse a Jungkook que, se ele seguisse com o acordo… era para ele me esquecer. — Ele fechou os olhos, sentindo as palavras ecoarem novamente em sua mente. — Mas, no fundo, eu esperei que ele viesse até mim e dissesse que anulou…
Jaewon suspirou, seus olhos mostrando empatia genuína.
— Queria poder ajudá-los, Taehyung. Seojun e eu tentaríamos, se pudéssemos, mas há conflitos políticos maiores do que nós na realeza. — revirou os olhos. — Sei que nada que eu diga vai aliviar sua dor, mas posso ao menos te dar um abraço?
