Capítulo 03

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Seis longas horas

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Seis longas horas.

Esse foi o tempo que Roseanne demorou para chegar a Forks. Tinha retirado suas economias do banco e pagado mais caro por pegar o primeiro voo que olhou disponível, em uma área que não viajaria por ser de um valor tão alto que seu orçamento lhe permitia. Enrolada em seu cardigan, a Park olhava a janela com os olhos inchados de tanto chorar e tentando processar que sua avó havia partido.

A sua avó. Sua única família havia sido arrancada de si de forma serena, pelo que Sue Clearwater relatou. A mulher tinha sido encontrada em seu estúdio de tintas, sentada de olhos fechados em frente a uma tela onde um lobo estava deitado ao lado de uma jovem.

Ao que tudo indicava, tinha sido de causas naturais e sem sofrimento. Isso confortava um pouco o coração de Roseanne, mas ele estava tão partido que a jovem nem sabia como processar tudo, o que falaria ou simplesmente como agir.

E ela estava em choque que nem notou Sue se aproximando dela.

— Querida, eu sinto muito — ela abraçou a Park, que apenas aceitou o afeto calada — Eu imagino que deve estar sendo um turbilhão de emoções, então tomei a liberdade de hospedá-la em casa, tudo bem para você.

Roseanne apenas assentiu e Sue completou: — Está com fome?

— Estou bem — ela disse sem grandes emoções, como um robô no piloto automático.

A Clearwater apenas concordou e ajudou com as malas, para que ambas saíssem rapidamente do aeroporto. Dentro do carro simples, Sue ligou o aquecedor assim que pegou a estrada e olhou a jovem de soslaio.

— Se desejar, pode dormir um pouco. Te chamo quando chegarmos.

A jovem aceitou a sugestão e deixou que a paisagem lhe ajudasse a se render ao cansaço que sentia.

❀❀❀

Tinha alguns anos que Roseanne não ia à reserva, mas de alguma forma, tudo ainda parecia familiar. A casa de Sue era simples e típica como as demais dos quileutes, tendo a madeira como algo predominante na decoração ou em qualquer cômodo da casa.

Com a mochila no ombro e carregando a mala para dentro, a primeira pessoa que Roseanne viu foi um adolescente que lembrou ser um dos filhos de Sue.

— Acho que não lembra do Seth — a mulher apresentou o filho.

— Desculpe, não.

— Não tem problema — ele sorriu fraco — Você pode ficar no meu quarto, já deixei tudo arrumado lá. É melhor do que ficar com o da Leah.

Roseanne olhou alarmada para os dois, balançando a cabeça em negação.

— Não precisam, eu fico em um hotel ou... ou na casa... — dela, completou mentalmente mas então se deu conta de que não sabia se conseguiria viver ali.

— Depois você pode ir onde deseja, querida. Mas agora, chegando de viagem, é melhor ficar aqui por enquanto — respondeu Sue e a Park apenas concordou — Charlie disse que amanhã as questões legais estarão prontas, então se desejar dormir um pouco e descansar.

— É, pode ser.

— Vem, vou te mostrar o quarto — Seth pegou gentilmente a mala da jovem e foi na frente, com Roseanne indo atrás. Ao abrir a porta do quarto, mostrou a cama e o banheiro que tinha — Pode usar o sabonete que desejar. Tem toalhas limpas e está tudo limpo, sinta-se em casa.

— Não precisava sair do quarto, eu podia dormir na sala.

— Dona Sue iria me matar se eu deixasse isso acontecer — brincou o mais novo, e Roseanne não conteve o pequeno sorriso em seus lábios — Bom, pode se ajeitar com calma, ok? E qualquer coisa só chamar, estamos na sala.

Se ajeitando do melhor modo que pode, Roseanne tomou um banho quente para colocar roupas melhores e mais confortáveis. Ela resolveu deitar na cama, que estava cheirando a amaciante e roupas limpas, um cuidado materno que fez o coração da Park lembrar de sua avó.

E foi então que ela não conteve mais as lágrimas, e chorou até dormir.

❀❀❀

Notas da autora: hey pessoal, como estão?

Capítulo sofrido e curtinho, mas já temos Roseanne com a família Clearwater e em breve, alguém vai aparecer.... ansiosos?

Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!

Até o próximo!

All of the Girls You Loved BeforeOnde histórias criam vida. Descubra agora