| 𝖮𝖿𝖾𝗋𝖾𝗇𝖽𝖺 𝖽𝗈 𝖽𝗂𝖺𝖻𝗈 | radioapple

|𝖼𝗁𝗈𝗏𝖾 𝗇𝗈 𝗂𝗇𝖿𝖾𝗋𝗇𝗈?|

𝔒  céu vermelho foi coberto por nuvens escuras... Tão escuras quanto a cor preta, as ruas de todas as cidades estavam vazias e janelas fechadas, era como se todos já soubessem o que via a seguir.
Um trovão ecoou pelas redondezas, assustando os pobres animais que não tiveram tempo de se esconder.

Lilith? Lilith.. LILITH

Outro estrondo e gotas de água esverdeadas começaram a cair do céu, os animais assustados se escondiam aonde podiam. mal parecendo que estava chovendo no próprio inferno.

Charlie...me desculpa eu sei que errei... 

Não....não! NÃO!

Charlie não vá!

A garoa piorou. gotas violentas começaram a cair, fumaça começava a sair do chão toda vez que a misteriosa água verde se disipava no chão. Papéis, plásticos e qualquer coisa que tivesse disprotegido derretia em segundos perante aquela chuva.

"Porque a chuva tá verde?" Um demônio lagarto pergunta, seus olhos nunca deixando a janela do estabelecimento.

"Ácido." Foi tudo que o barmen disse enquanto preparava outra batida para a pessoa do lado

"Eu pensei que no inferno não chovia"

"E não chove"

"Mas..."

"Lúcifer está bravo ou nos punindo, Ninguém sabe" deu de ombros como se não fosse importante dando um novo copo cheio de bebida para o demônio que olhava para o céu angustiado. Era assim que os puniam?

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Quase se sufocou com o travesseiro, mas mesmo assim escutava o som irritante da chuva contra sua janela. Mais um motivo para odiar suas orelhas, mais um motivo para arrancar. O problema e que ao mesmo tempo que era uma maldição, tinha seus momentos de benção.
Mas hoje não, concerteza não, uma das coisas que mais odiava era o som da chuva, o fazia lembrar de momentos da sua vida que só queria esquecer mas que tudo.

"E eu pensando que no inferno teria um pouco de paz" revirou os olhos se levantando, olhou para o relógio em cima da escrivaninha.

Ainda eram 6 da manhã e foi acordado sem motivo nenhum... Só o irritante som das gotas batendo na janela. já fazia uns dias que Alastor estava no inferno e tinha colocado em prática muitas coisas que usava no mundo humano. Um exemplo disso era sua sombra que às vezes ganhava vida própria e o ajudava a se arrumar, como agora, que segurava o paletó escolhido do dia enquanto mostrava um enorme sorriso pro seu 'dono'.