As luzes da Avenida Paulista sempre me deixavam com alguns sentimentos confusos, amar e odiar São Paulo já era comum em meus pensamentos, mas nas noites de sábado enquanto caminhava atoa pela avenida mais famosa da cidade, eu tinha a sensação de que aquele lugar iria me engolir.
Que eu não seria mais nada além do que já era.
As pessoas caminhavam sem olhar para os lados, coisa que eu fazia para observar até demais a vida acontecendo e eu sem saber o que fazer. Os finais de semana sempre foram solitários desde que cheguei aqui.
Isso me fazia sempre acabar em algum bar ali pela rua Augusta, me sentava em uma mesa do canto e pedia um drink fraco para tirar aquele sentimento de que eu era apenas uma sombra ali.
A luz amarelada cobria o ambiente, uma música calma tocava, as conversas animadas de grupos de amigos, os carros passavam pela janela como miragem que eu não conseguia acompanhar. Sentia saudade de casa.
Da vida mansa e calma que fazia meu coração bater num ritmo certo, São Paulo era como um mar de fúria em meu corpo, fazendo minha ansiedade gritar e meus batimentos acelerarem sempre que eu precisava pegar o metrô. Sentia saudade de casa, do abraço de minha mãe, das conversas com meus irmãos, do final de tarde jogando conversas fora em uma calçada vazia.
— Ei moça bonita. Que cara triste é essa? — Uma voz desconhecida interrompe meus pensamentos e mudo o foco da minha visão.
Uma mulher me olhava com um pequeno sorriso de canto, o uniforme do bar cobria seu rosto, o cabelo preto liso estava preso em um rabo de cavalo, ela segurava uma bandeja cheia de bebidas e parecia esperar por uma resposta que eu tinha perdido assim que a vi.
— É nada não, patroa. — Digo, não sabendo de onde eu tinha tirado aquela forma de falar com uma desconhecida, mas a moça mexeu comigo.
Os olhos castanhos debochados pareciam investigar tudo sobre mim, minhas bochechas coram forte sob seu silêncio. Não entendia o que ela queria comigo, mas quis que ela sentasse e me contasse.
— Já vi que não é daqui. — Seu sotaque também a denunciava, o s chiado não era comum no estado. — Bom, aquele carinha da outra mesa te mandou isso aqui.
Ela coloca uma taça de piña colada na mesa, eu detestava aquilo sobre os paulistanos, a ousadia em oferecer coisas para as pessoas sem perguntar se elas queriam. Nego com a cabeça e empurro a taça em sua direção, ela me olha com uma sobrancelha arqueada.
— Não, obrigada. — Ela ri leve e vira o rosto para olhar para o homem que deveria ter mandado a bebida, dá de ombros e coloca a bebida de volta na bandeja.
— Eu disse que isso iria acontecer. — Me olha. Meu coração chacoalha. — Disse que você era bonita demais para aceitar drink de estranhos.
— Ou de homens. — Digo ousada e ela gargalha alto, a bandeja sacode, mas ela segura firme e não derruba nenhuma gota.
— Então você é mais esperta do que eu supus. — Confessa.
Isso me faz rir. A vontade de pedir para que ela ficasse ali só crescia, eu sentia falta de conversar com alguém tão divertido quanto ela parecia ser. Seu sorriso largo e brilhante me fez lembrar de como era fácil rir quando eu estava em casa.
— E você? — Pergunto em um flerte discreto, apoio o cotovelo na mesa e descanso a cabeça, a observando atentamente.
A vejo me olhar intensamente. Suspiro. Ela sorri de canto e nega abaixando o olhar, eu poderia viver para olhar aquela mulher sorrindo para mim. Eu poderia viver ali para sempre se ela continuasse ali.
— Eu tenho que trabalhar... — Diz parecendo lembrar que havia uma bandeja cheia em sua mão. — Mas qualquer coisa que você precisar é só me chamar... Prometo atender todos seus pedidos.
— E como eu devo chamá-la?
— Fernanda. Fernanda Bande. — Dou um sorriso sincero, o nome combinava até demais com a moça.
— Giovanna, mas todo mundo me chama de Pitel. — Ela sorri, parecendo satisfeita em ouvir meu nome. —Pois bem, Fernanda... Vá trabalhar, talvez eu precise de você algumas vezes essa noite. — Ela ri, parecia ter entendido todo o duplo sentido que eu coloquei naquela frase. Eu não era de flertar atoa, não gostava de perder tempo com pessoas que não iriam durar mais que um dia em minha vida. Mas não resisti em fazer aquela mulher sorrir para mim mais algumas vezes.
E quando ela se afastou da mesa, eu olhei uma última vez para a janela onde os carros corriam pela rua, porque desde então, o resto da noite foi sobre olhar Fernanda Bande.
A forma como ela sorria, conversava e parecia se divertir com qualquer um que falasse com ela me hipnotizou. Eu a seguia com o olhar até ela sumir de vista e voltar com mais taças e copos, as músicas mudavam, o tempo corria, a vida acontecia depressa, em São Paulo era sempre assim, o tempo parecia passar mais rápido aqui que qualquer outro lugar.
Mas dessa vez eu iria esperar.
Esperar até Fernanda poder me dar atenção de novo, por mais de alguns minutos como ela fazia quando vinha a minha mesa e se demorava um pouco mais, parecendo estar cada vez mais feliz em ver que eu continuava no mesmo lugar que ela tinha me deixado.
O bar ia ficando cada vez mais vazio, ela parecia estar cada vez mais cansada, a música estava alta, fazia minha cabeça latejar, comecei a considerar ir embora para dormir, mas a vi entrar em uma porta diferente dessa vez.
E quando ela saiu, com uma blusa larga e short cargo que a fazia parecer um pouco menor do que era, o cabelo estava solto, uma mochila pendia em seu ombro esquerdo e uma jaqueta jeans estava em seus braços. Suspirei pesado porque a considerei ainda mais linda daquela forma. Pensei que toda espera tinha válido a pena só por ter a visto um pouco mais feliz.
Ela conversa com algumas pessoas enquanto eu pagava a conta de maneira apressada. Já era quase madrugada e eu precisava pegar o metrô antes de fechar e eu ficar ilhada em alguma rua do centro da cidade.
— Tudo isso é pressa em fugir de mim? — Ouço sua voz em minhas costas e me viro, o álcool pareceu ter batido em minha cabeça e voltado. Fecho os olhos sentindo minha têmpora latejar.
— Que isso, patroa? Não fugiria nem se pudesse. — Digo a fazendo rir. — Mas preciso ir antes que o metrô feche.
— Mas que isso? — Ela parece ter ficado brava. — Achei que ia precisar dos meus serviços a noite toda. — Dou risada, ela faz um gesto para sairmos do bar e a acompanho ombro a ombro.
Seu perfume era fraco, gostoso de fungar o ar querendo sentir mais do frescor que ela espalhava enquanto caminhava.
— Achei que tu estivesse muito cansada. — Comento, agora tímida. Eu não esperava que o flerte fosse dar certo, agora me encabulava por ter sido tão boca aberta.
— Bom, eu até estou, mas eu prometi que atenderia todos os pedidos da mulher mais linda do bar e... Bem, achei que ela pediria algo a mais agora que eu estou livre. — Ela me olha.
As luzes da Paulista brilhavam em suas costas, as vozes das pessoas pareciam ter sumido de meus ouvidos e eu só ouvia o que ela dizia.
— E eu tenho uma moto. Não precisa se preocupar com o metrô. — Diz baixinho, no pé da minha orelha, sua voz soou rouca e me arrepiou da cabeça aos pés. Ela percebeu meu jeito e sorriu, cafajeste e linda.
— Então podemos ir até minha casa... Quem sabe. — Digo em seu ouvido, devolvendo a provocação que me foi oferecida. — Mas eu moro um pouco longe.
Ela ri.
— Ah, princesa, eu moro no Grajaú. — Dou uma risada fraca, ela estava um pouco mais longe que eu, mas tão perto da minha casa que eu poderia a alcançar de trem.
— Então vamos... Conhece a Sabará?
— Como ninguém, gatinha.
Ela caminha um pouco a frente enquanto fico para trás rindo de seu jeito e observando seu corpo, me sentindo quente e feliz.
•••
O vento bagunçava meu cabelo, que já era volumoso e rebelde sozinho, eu me agarrava à cintura de Fernanda, a cidade era puro movimento em mais um dia normal de verão, as duas estavam cheias. Eu me perguntava se estava doida ao levar alguém que eu não conhecia para dentro de casa, mas aquilo parecia tão certo que não sofri tanto com a decisão já tomada.
Eu estava na cidade fazia um ano, estudando e trabalhando, sem amigos ou conhecidos que pudessem me ser íntimos, então estar tão próxima do corpo de alguém naquele momento já me deixava com arrepios ansiosos.
As ruas me eram cada vez mais familiares, a zona sul era grande, eu ainda tentava me acostumar com as milhões de estradas que poderias levar para um único caminho. Eu indicava o prédio nos momentos em que estávamos paradas no semáforo, Fernanda me ouvia tranquila. Ela não parecia ser alguém que se afetava com a rotina caótica da cidade.
Vejo meu condomínio se aproximar aos poucos, a peço para estacionar ao lado do meu carro na pequena vaga que eu tinha ali, ela me olhava com um pequeno sorriso de canto e eu me sentia tímida agora que o álcool já não estava mais fazendo efeito. Eu sempre fora tímida ao falar com mulheres bonitas e, para mim, aquela mulher era a mais bonita que eu já tinha conhecido na vida.
No elevador, o clima era silencioso, ela segurava o capacete embaixo do braço e encarava a porta, parecia se divertir com meu mau jeito, eu me perguntava se ela iria me matar em algum momento quando estivéssemos à sós.
— Sabe, Pitel... — Era a primeira vez que ela falava meu nome, pareceu tão certo que fechei os olhos e aproveitei o som de sua pronuncia arrastada. — Eu não vou te matar ou algo do tipo, pode respirar normalmente.
Minhas bochechas queimam, ela gargalha e a porta do elevador se abre. Andamos ate a porta do meu apartamento e entro depois dela, eu começava a apreciar a visão de Fernanda andando em minha frente.
— Fique a vontade, visse? Você bebe o que? — Torcia para ser algo que tivesse em minha geladeira, algo entre água, cerveja e vinho barato.
— Se tiver cerveja eu ficarei feliz. — Dou um sorriso satisfeito e vou até à cozinha, a deixando observar toda minha casa como se fosse comprá-la em seguida. Não era grande, tinha três cômodos, mas me servia bem.
Levo sua cerveja e uma taça de vinho branco para mim, sentamos no sofá. Coloco uma música para tocar pela casa e acendo as luzes do pequeno varal de lâmpadas que enfeitava o corredor e iluminava tudo. Uma de frente para outra, ela tinha o cotovelo apoiado no encosto do sofá e me olhava intensamente, eu não era alguém acostumada com olhares expressivos igual o que ela me oferecia.
Eu sentia que Fernanda me olhava a alma e decidia se acabaria com minha vida agora ou depois.
— Alguém já te disse que você é a mulher mais bonita do mundo? — Ela começa a enrolar um cacho do meu cabelo em seu dedo.
— Nunca, mas eu também nunca estive tão perto da segunda mulher mais bonita. — Ela sorri, parecia gostar de como eu respondia suas provocações de maneira ainda mais atrevida.
— E olha que eu nem estou tão bonita assim. — Dou risada.
— Imagine quando estiver, perderei meu posto facilmente. — Fernanda toma um gole grande e se aproxima. Minha respiração se altera, mas ela só coloca sua mão em minha coxa desnuda, o vestido que eu usava tinha subido e me deixado com mais pele a mostra do que eu gostaria.
Ela apoia a cabeça no braço que estava no encosto e suspira enquanto me olhava.
— Sabe, eu nunca fui para casa de alguém tão fácil assim. — Conta como confidência.
Abro um sorriso. Eu não sabia se ela mentia, mas fiquei feliz com sua frase, confesso que eu não entendia minhas atitudes e pensamentos àquela altura do campeonato, mas eu nunca mais tinha me sentido tão bem quanto estava ali.
Tiro o cabelo de seu rosto, ela fecha os olhos. Seus cílios eram grandes e se embaralham, ela tinha uma sobrancelha bem feita que contornei com a ponta dos dedos até passar por sua bochecha macia, ela sorri de canto quando meus dedos se perdem em seu cabelo e pressiono sua nuca para mais perto me achegando ainda mais próxima, sentindo seu corpo colar.
A beijo.
Lento e calmo. Com o coração disparado, parecia ser meu primeiro beijo, mas ela soube me segurar a cintura e puxar para mais perto ainda. Suspiro contra sua boca, seguro sua nuca. Nos separamos para deixar a taça e lata na mesa a nossa frente, nos olhamos, seu castanho brilhava. A luz amarelada iluminava seu rosto e suas bochechas estavam coradas.
Encaixo as mãos em seu rosto, ela puxa minha cintura e é como se todas as minhas vergonhas se dissipassem e eu tivesse voltado a querer todo seu corpo por perto. Fernanda não tinha vergonha, tinha pressa. Me puxa para seu colo e se encaixa entre minhas pernas me deixando bamba.
Eu não sabia como uma mulher que eu conhecia a menos horas do que tinha um dia podia mexer comigo tanto assim, mas pareceu tão certo quando sua língua acertou a minha e me deixou em suspiros entrecortados, sua respiração se tornava ofegante, minhas mãos já não sabiam ficar paradas e eu me deixei me perder em seu pescoço.
Ouvindo seus suspiros pesados e sua pegada certeira.
Fernanda sorri.
— Vamos pro quarto. — Digo quando consigo me separar. Ela sorri e balança a cabeça me seguindo pela casa.
O tempo pareceu ter parado enquanto nós chegamos a porta, ela me prende contra a madeira, segurando meu corpo e beijando meu pescoço, eu a segurava pelos ombros, pressionando meus dedos contra seu corpo e a puxando cada vez mais para mim.
Foi assim que chegamos até a cama, caímos entre cobertas e nós olhamos sem saber se aquela intensidade era álcool, tesão ou algo que nós não sabíamos dar nome. Eu não era alguém que acreditava em destino, mas pareceu tão certo quando Fernanda tirou minha roupa e, logo após, eu a vi nua.
Pareceu tão real quando seu corpo pesou sobre o meu, causando frio na barriga e acelerando meu coração. Entre suas mãos, eu não conseguia me manter parada ou de boca fechada.
E quando sua boca me beijou por inteira, eu fitei seu rosto. Sua testa suava levemente, seu cabelo bagunçava sobre o rosto e ela me apertava, eu segurava seus ombros, sussurrava seu nome e me mexia entre as cobertas. Eu não soube dizer o que foi quando ela me fez rio entre seus lábios, mas meu coração disparou. Todo meu corpo balançou, inconsciente, com arrepios e gemidos que eu não sabia que poderiam escapar de minha boca. Balançou tanto dentro do peito que eu soube, era destino.
E quando seus dedos me tocaram, seus olhos grudaram nos meus e não desgrudaram a cada vez que eu só conseguia fechá-los por conta das sensações que ela me causava.
Fernanda me fez beijar sua boca.
Molhada com meu gosto, arranho suas costas a ouvindo gemer, vibrando em minha boca como se eu estivesse a tocando e não o contrário. Ela sorri e beija meu pescoço, arrasta os dentes por minha pele, e sinto aquela sensação única se formando no pé do meu estomago, correndo por minha espinha, movendo minhas pernas.
— Olha pra mim. — Ela sussurra, num tom urgente e manhoso, um gemido sofrido e que quando abri os olhos se completou com a imagem de sua expressão, suada, pedinte.
Mordo forte meu lábio, seguro em sua nuca e minhas costas desgrudam da cama, o suor escorria por minha espinha enquanto todo meu corpo vibrava por Fernanda.
— Mulher... — Digo em um sussurro. — Tu num vai sair da minha vida é nunca mais. — Digo e ela gargalha alto, todo meu corpo corresponde ao som.
Nos giro na cama, a vendo grudar no lençol já molhado com meu suor. Ela sorria largo, a boca vermelha, inchada e molhada. O cabelo era uma confusão solta nos meus travesseiros, me afasto e a olho por completo, a vendo nua e linda.
Sua barriga estava com alguns arranhões que eu nem lembrava que tinha feito, mas beijei, arrastei a língua e senti o gosto do suor que me deixou louca, agitada. Ela segura meus cabelos do jeito que pode, eu sabia que precisaria de uma presilha, mas não iria parar o que estava fazendo para ir buscar.
Seguro suas coxas, aperto, arranho e beijo. Arrasto a língua, ela gemia e eu suspirava sentindo seu cheiro, me sentindo extasiada. Reviro os olhos ao sentir seu gosto na ponta da língua, inundando minha boca, tomando meu corpo por inteiro.
A sinto em meus lábios, nos dedos e na alma. De um jeito que eu nunca tinha feito antes, de uma intensidade que eu nunca tinha sentido e mais uma vez me fazendo pensar, é destino.
Ela se movia ansiosa, sua voz rouca se misturava com a música que ainda tocava, suas coxas abafavam os sons ao meu ouvido, eu sentia seu pé apoiado em minhas costas, me sentia escorregadia de suor.
Fernanda treme, sua voz falha, seu corpo se movia para cima e para baixo, e, se eu fui rio sob seu corpo, Fernanda foi oceano.
Me arrastou junto com seu mar fluindo em minha boca. Escalo apressada até parar em sua boca e lhe dar mais um beijo molhado, extasiado.
Suas bochechas estavam coradas, ela sorria em minha boca e bagunçava ainda mais meu cabelo. Sua mão desce e aperta minha bunda, invade o meio de minhas coxas e encaixo minhas pernas em sua cintura.
Fecho os olhos e a deixo sentir seus efeitos sobre mim, Fernanda parece satisfeita a cada vez que eu abria a boca de forma incontrolável. Ela tomou todo controle.
Ela tomou meu corpo para si e fez o quis.
Por toda noite, por todo tempo que quis.
Até cairmos de sono, nuas e exaustas.
Ela me abraçava, segurando minha cintura de forma possessiva. Me fazendo pensar antes de dormir, é destino.
_____________________________Notas:
Capítulo único, talvez?
Para quem quiser ler outra histórias minha, eu publico muitas coisas no Spirit, o user é o mesmo: @itsmegeo_sFavoritem e comentem
3bjs de luz e até mais 🦁😘
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Refém (Pitanda)
FanfictionGiovanna não acreditava em destino, mas tinha algo sobre Fernanda que ela só poderia acreditar que tudo aquilo tinha sido premeditado ou programado por algo muito maior que elas. E desde que conheceu a carioca, tudo a fazia pensar que sim, era desti...