Especial e Pagodinho

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[Gente, OIZÃO! Demorei, mas voltei. Ainda faltam algumas fics pra postar aqui, mas tamo caminhando ai :3 boa leitura <3]

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Kageyama estava morrendo de ciúmes.

Maldita hora em que ele achou uma boa ideia sair de sua casa para ir até a de Hinata com toda a rodinha de amigos ali presente. Devia ter seguido seus instintos desde o começo e não ter saído.

Claro, de fato havia motivo para aquele grande momento: Hinata havia voltado para o Japão após passar algum tempo no Brasil, afim de melhorar suas habilidades no vôlei. Só que, droga, para Tobio era difícil.

Pra começar, ele mesmo sabia que era um idiota.

Quando percebeu o que estava acontecendo, isso é: que estava apaixonado por Shoyo, não tomou atitude nenhuma, ficou quieto, guardando tudo pra si. Quer dizer, ele achava que conseguia esconder o que sentia, mas algumas pessoas percebiam e iam falar com ele.

Sugawara Koushi foi seu maior confidente durante esse período.

Então Tobio mantinha aquela paixão por Shoyo quietinha, tinha medo de não ser recíproco e estragar tudo. E, mesmo que tivesse mudado de ideia sobre isso, Hinata já tinha uma passagem só de ida para o outro lado do mundo.

E, bem, Kageyama assistiu o amor da vida dele entrar no avião e partir para outro país sem saber quando voltaria – e se voltaria, mesmo. Mas Hinata voltou, e voltou em grande estilo – não podia se esperar menos, claro.

Ele havia mudado. Se antes Kageyama já era apaixonado por ele, agora Hinata massacrava seu pobre coraçãozinho.

Ele voltou tão... Diferente.

A pele tinha um queimadinho de sol tão lindo que Kageyama só queria poder encostar e aproveitar a sensação. Era engraçado ver as marquinhas de chinelo nos pezinhos que andavam descalças pela casa; Tobio achava uma gracinha.

Hinata estava mais desinibido, também. Mais falante, mais alegre. Não que ele já não fosse antes, o ruivo sempre foi muito pra frente e, passar um tempo em um país onde haviam pessoas desse jeitinho só acentuou mais esse traço de sua personalidade.

Ele também falava coisas que Tobio não fazia ideia do que seriam.

O que diabos era oxe?

Ou salve?

Ou Uai?

Entendia menos ainda quando eram frases maiores, tipo: "Que porra é essa, parça?". Kageyama não sabia o que era "parça" e muito menos "porra", mas achava a entonação forte – e, mentalmente, tentava repetir as palavras.

Sendo sincero, o Brasil havia feito bem demais para Hinata.

É por isso que todos estavam na casa do ex-camisa 10 da Karasuno ali. Para comemorar a volta do ruivinho. Tinha gente da própria Karasuno, alguns da Nekoma, Fukurodani, Aoba Johsai; num geral, quem eles eram mais próximos.

Enquanto estava em solo brasileiro, Hinata acabou se encontrando com Oikawa Tooru. E é por isso que Kageyama estava se mordendo de ciúmes: Oikawa achou uma boa ideia contar as aventuras de Shoyo durante sua temporada no Brasil.

– Como eu ia dizendo, nosso Chibi-chan aqui era sucesso por onde andava – Oikawa contava. – Não tinha uma cabeça que não virasse quando Hinata passava, né, Chibi?

Porra, para de falar assim! O pessoal vai pensar que eu sou o maior pegador – Shoyo riu. – Mas... É. Talvez eu tenha chamado atenção de algumas pessoas...

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