Mesa de Bar

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Oi gente! Tudo bom com vocês? Espero que sim! Olha eu aqui com uma nova fanfic! Bem, pra começar, eu não iria posta-la até que eu terminasse ela inteira, mas como hoje é uma ocasião especial, vulgo meu aniversário, resolvi postar o primeiro capítulo por que não consegui terminar o capítulo das outras fics. E sim, vai ser mais uma que vocês vão ter que esperar por atualização 😅😅! Essa história é inspirada nas músicas: "O Grande Amor da Minha Vida (Convite de Casamento)" de Gian & Giovani, "Garçom" de Reginaldo Rossi e "Surto de Amor" de Bruno & Marrone com participação de Jorge & Mateus. Uma loucurinha que me surgiu quando ouvi as três e decidi que combinavam e dava pra criar um enredo. Espero que gostem e boa leitura.




Consternado, vejo o líquido amarelo ser despejado no copo americano, pequenas bolhas formam uma espuma branca, que logo se apegam nas bordas do vidro. A garrafa, cujo conteúdo acabara de encher o recipiente, está dentro do isopor e é colocada diante de mim sobre a mesa pelo garçom. Assim que a cerveja é servida, o homem se afasta para atender outros clientes. Essa é a primeira da noite, e o esperado é que venham muitas outras no decorrer deste fatídico período noturno, até que o dia amanheça.

Meu objetivo neste estabelecimento boêmio no centro da cidade é tomar todas até me embriagar. E bem, o envelope branco com letras douradas repousado perto da garrafa, deixava o sabor da cerveja mais amargo do que realmente era. Esvazio o copo num gole só fazendo uma careta, o líquido desce rasgando pela garganta e revira em meu estômago, um sinal de alerta para que eu pare por não ser acostumado a beber. No entanto, meu orgulho ferido e o coração partido insistem em continuar com o plano inicial.

Desse modo, outra dose enche até a borda e novamente vai embora numa única golada. Em meus pensamentos, os olhos dela brilham junto com o sorriso esplêndido, mas ao lembrar que aquele gesto era para outro homem, o desgosto vem num abismo de dor e me faz encher o copo pela terceira vez. A queimação é instantânea, tanto na garganta quanto na boca do estômago. No quarto, a garrafa se esvazia assim como meu coração sem a presença dela.

Céus, a culpa é minha por ter mantido esse sentimento trancado a sete chaves, não o expus quando tive a oportunidade. O motivo de não o ter feito, foi por não querer estragar nossa amizade de anos declarando-me perdidamente apaixonado. O medo de perdê-la foi maior que tudo, se eu não a tivesse por perto, meu mundo acabaria. Então sofrer em silêncio foi o caminho que encontrei para continuar ao seu lado, mesmo que a paixão platônica me fizesse sucumbir ao desprazer de vê-la amando outro.

Esse foi o meu preço, abandonar o amor para manter a amizade, que era correspondida de igual maneira afetuosa. Agora aqui estou eu, sentado nesta mesa de bar, remoendo o arrependimento de não ter feito nada para impedir o evento que se sucederá em questão de uma hora, segundo o meu relógio de pulso. Decidi não comparecer mesmo sendo o padrinho, pois o momento em que minha Lua dissesse o fatídico "sim" no altar, tudo estaria perdido de vez para mim.

Eu não queria ser contaminado pelo sangue venenoso da angústia, decretada pela simples palavra de afirmação que sairá de seus lábios diante do padre. Eu não queria presenciar a felicidade dela enquanto a minha era esparramada e pisoteada por seus lindos saltos brancos. Não meus amigos, eu não podia fingir felicidade por ela, seria muita hipocrisia da minha parte. Então fugi da função de apadrinhá-la, desviando a rota da igreja para o bar, o primeiro que vi aberto na avenida principal.

Olho ao redor do ambiente semi-iluminado, havia um ar psicodélico ali apesar do sertanejo que tocava no momento. Presto atenção na letra e um trecho da mesma me faz rir amargurado. "Eu amando ela, ela amando outro, tô aqui tremendo, sofrendo feito um louco", dizia Luan Santana no pequeno verso.

Cômico para não dizer trágico, creio que meus guias espirituais estejam me sacaneando. A risada amarga aumenta, acredito que seja efeito do álcool, algumas pessoas olham para mim franzindo o cenho, pensando que é só mais um bêbado. No entanto, o que me faz parecer um bebum diferenciado, é o terno preto e elegante com gravata verde esmeralda, cor dos seus lindos olhos.

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