( Continuação )
- Estou maluco pra tentar acertar aqueles ursinhos ali. Vamos? - Perguntou, estendendo a mão para ela. Que aceitou imediatamente. Ela desconfiava que iria com ele a qualquer lugar que ele quisesse. Acompanhou ele até a barraca de tiro ao alvo, e observou enquanto ele pagava o rapaz da barraca e em seguida pegava a espingarda que ficava ridiculamente pequena na mão dele.
Outro homem com sua família estava jogando o mesmo jogo na barraca, a mãe com seus cabelos loiros, segurava a mão de um menininho de 5 anos, enquanto o pai tentava acertar os ursos que não paravam de se mexer na plataforma. Mas falhava em todas. A garota pode ver a semelhança da criança e do pai, os mesmos olhos castanhos, a mesma covinha, o mesmo cabelo.
Seus olhos se voltaram para Cassiel quando o mesmo deu o primeiro tiro, acertando o primeiro urso imediatamente. Ele recarregou a arma e atirou de novo, acertando o outro. Depois mais outro. Na arma tinha exatas cinco balas de borracha e ele simplesmente não errou nenhum tiro. Blair ficou boquiaberta e maravilhada.
O dono da barraca deu o prêmio a Cassiel, um enorme urso de pelúcia de pelagem verde, que devia medir 40 centímetros. O anjo agradeceu ao homem e entregou o urso a Blair. Que apertou nos braços. Era fofo e macio. A morena ouviu um choro infantil, o garotinho chorava quando viu que seu pai não havia ganhado, e aquela cena de alguma forma partiu o coração da garota. Cassiel também observava a cena, curioso. Blair não pensou duas vezes, se aproximou do garoto e estendeu o urso para ele.
- Olha... Não precisa chorar. - Disse, entregando o urso para a criança, que olhava a pelúcia com brilho nos olhos. A mãe sorriu, encantada, mas logo negou.
- Não precisa, querida. Seu namorado o ganhou. Não precisa entregar para meu filho. - Antes que ela pudesse responder, Cassiel já tinha se aproximado.
- Está tudo bem. Acho que ele fará seu filho mais feliz. - O homem afagou levemente os cabelos da criança, que imediatamente agarrou o urso com seus pequenos bracinhos, muito feliz pelo presente. Depois de ouvirem vários agradecimentos dos pais da criança, Blair e Cassiel voltaram a andar pelo parque. Foi ele quem falou primeiro dessa vez.
- Foi muito nobre de sua parte, entregar o presente ao menino. - Falou ele, a voz calma. E tinha algo a mais em sua voz... Algo como... Admiração. Ela sorriu, apertando a mão dele.
- Como você disse, ele fará aquele menininho mais feliz. Já estou bem grandinha. - Ela riu. O sol já tinha sumido, a Lua já estava aparecendo, deixando o parque ainda mais chamativo com suas várias luzes. - Você manuseia armas muitíssimo bem. - Comentou, se referindo a cena dele na barraca de brinquedos. Ele fez uma careta, balançando a cabeça.
- Não como eu gostaria. Armas humanas são muito fáceis de causar destruição, gostaria de entender como elas funcionam, mas ainda não achei um livro bom o suficiente para isso. - Comentou, enquanto andavam, observando o parque. Então Blair parou de andar um pouco, para olhar pra ele.
- Bem... Como você bem sabe, trabalho numa livraria e conheço todos os livros de lá. Recentemente chegou um livro sobre armas de fogo e sua criação. Você tem interesse? - Perguntou. Os olhos dele brilharam com intensidade e interesse.
- Claro que sim. Todos os livros que me indicou até agora foram ótimos. - Falou, com um sorriso genuíno e incrivelmente lindo surgindo em seus lábios. Blair teve vontade de morder ele, mas se segurou.
- Bom, então vamos até a livraria pegar. Eu sempre ando com as chaves, dona Elizabeth não se importa que eu use. - Falou, vendo o sorriso dele se alargar ainda mais. Não demorou muito para eles chegarem até a moto e Cassiel estar dirigindo em direção a livraria. Ele realmente parecia animado.
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A ruína dos Anjos.
FantasyBlair Moore é uma garota de 17 anos que mora na pequena cidade de Waltham, tendo somente sua desprezível tia Oleanna como família, com quem tem um relacionamento difícil. Ela trabalha em uma livraria e, pouco tempo antes de fazer 18 anos, tem sua vi...