𝒕𝒘𝒐

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"All they do is remind me that I'm still introvert

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"All they do is remind me that I'm still introvert."

Right now - Gracie Abrams

☀️

Mais cinco minutinhos era tudo que eu precisava, tenho certeza que já passava do meio dia àquela altura e mesmo assim não fiz sequer um esforço para me levantar, a noite tinha sido difícil tentando pegar no sono e honestamente a única coisa que queria era vegetar por algumas horas e depois passar o resto da tarde assistindo qualquer jogo que estivesse passando na TV, mas soube que qualquer plano tinha ido por água abaixo quando a cabeça de Nick apareceu na minha porta.

— Hey, Matt! Me dá uma carona mais tarde?

— Nick, pede pra suas amigas te levarem — respondi esfregando as mãos no rosto para afastar um pouco aquela preguiça toda.

— Ela vai estar sem carro, qual é, Matt! Você pode até ficar junto, tenho quase certeza que não tem nada melhor pra fazer — Nick deu os ombros como se não estivesse pedindo um favor.

— Estou cansado de ser Uber de vocês — murmurei, soltando um suspiro fundo. — Vai tirar sua carteira logo!

— Vou interpretar isso como um sim, saímos às seis.

— Sai daqui, Nick!

— Vocês querem calar a boca? — Chris resmungou, sua voz abafada e sonolenta me pegou de surpresa. — Tem gente tentando dormir!

Sentei na cama em um pulo, puxando o edredom apenas para revelar Christopher com a cara enterrada no travesseiro. Desde quando ele estava ali?

— Cara, que horas você chegou?! — questionei meio exasperado, pra quem tinha dormido mal não ter notado Chris chegar já era algo.

— Matt, shh!

— SÃO TRÊS DA TARDE! — a voz de Nick gritou do outro lado da porta.

— Ah foda-se — xingo bufando fraco, jogo o edredom sobre a cabeça de Chris novamente e abandono minha cama – onde planejei passar o dia todo – somente para ele.

Como deixar a oportunidade de incomodá-lo não era uma opção, caminho em passos silenciosos até a janela e escancaro as cortinas deixando a luz forte do Sol entrar, mas antes que pudesse correr para fora do quarto de acordo com o plano inicial, a movimentação na casa ao lado chamou minha atenção. A minha infância inteira minha janela ficou na direção da janela de Wendy Archilla, filha dos vizinhos e amiga dos meus irmãos há anos, por que ela não era minha amiga? A resposta era pior do que eu gostaria, simplesmente porque às vezes consigo ser um frouxo.

Estava sentada em sua escrivaninha que ficava na frente da sua janela enorme que lhe proporcionou uma boa visão do quarto a vida toda, seu cabelo loiro preso de mal jeito e vestia uma camiseta branca com duas figuras estampadas que eu não conseguia enxergar. Ela movimentava a mão sem parar, como se estivesse pintando algo e em seu ombro descansava Jack, o papagaio de penas cinza e vermelho que adotou há alguns meses.

𝐃𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑𝐒 𝐋𝐈𝐂𝐄𝐍𝐒𝐄 ┆𝐌𝐀𝐓𝐓 𝐒𝐓𝐔𝐑𝐍𝐈𝐎𝐋𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora