O Cão e o Cadáver

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Maxsuel tremia incontrolavelmente enquanto observava o corpo inerte no chão da lavanderia. Lágrimas de desespero corriam por seu rosto, enquanto ele tentava processar a horrível realidade do que havia acontecido. Seu coração estava dividido entre o desejo de esconder o corpo e proteger seu amigo canino, e a necessidade angustiante de fazer a coisa certa e chamar a polícia.

Mas o pensamento de perder Marley, seu fiel companheiro, para sempre era quase insuportável. Como poderia sacrificar a única fonte de conforto e segurança que lhe restava?

Enquanto lutava com suas próprias emoções, Maxsuel se assustou ao notar dois homens encarando a casa de sua janela. Seus olhares eram intensos, cheios de curiosidade e talvez até de malícia.

Um calafrio de medo percorreu o corpo de Maxsuel. Seriam eles cúmplices do homem que Marley havia atacado? Estariam ali para avisar a ao ladrão caso alguém chegasse?

Um turbilhão de pensamentos confusos invadiu a mente de Maxsuel, enquanto ele se via diante de uma escolha impossível. Ele sabia que precisava agir com cuidado e cautela, mas o medo e a incerteza ameaçavam consumi-lo vivo.

Com o coração pesado e os olhos cheios de lágrimas, Maxsuel fechou os olhos por um momento, buscando forças para enfrentar o que quer que estivesse por vir. Ele sabia que não poderia fugir para sempre, mas a decisão sobre o que fazer a seguir pesava sobre seus ombros como uma âncora, arrastando-o para as profundezas do desespero.

Com o coração martelando no peito e as mãos trêmulas, Maxsuel agiu por instinto, empurrando o sofá pesado contra a porta já arrombada e, em seguida, a geladeira, numa tentativa desesperada de criar uma barreira contra os possíveis intrusos do lado de fora.

A respiração de Maxsuel estava irregular quando ele voltou à lavanderia, determinado a enfrentar a tarefa sombria que tinha pela frente. Mas ao se aproximar do corpo do homem, ele foi tomado por um choque paralisante ao ver os olhos do ladrão se abrirem, brilhando de medo e dor.

"Por favor... socorro...", murmurou o ladrão, sua voz fraca e entrecortada pelo sofrimento.

A visão deixou Maxsuel atordoado, sua mente girando em confusão. Ele nunca imaginara que o homem pudesse ainda estar vivo após o ataque de Marley. Uma mistura de alívio e horror se misturou dentro dele, enquanto ele lutava para processar a revelação surpreendente diante dele.

Ele chega até o corpo do ladrão e bota sua cabeça em seu colo, a intenção é socorrer o homem, mas o ladrão não havia confiança nele, e gritou duas vezes por socorro o mais alto que podia na situação que estava, Maxsuel tampou sua boca com força.

Maxsuel aumenta o esforço ao ver a determinação do ladrão em gritar por socorro, mesmo com sua boca tapada. Seus olhos se arregalaram de horror diante da perspectiva do que poderia acontecer se alguém ouvisse aqueles gritos.

Sem hesitar, movido pelo desespero e pelo instinto de sobrevivência, Maxsuel agiu com rapidez. Tentou de todas as formas incapacitar o ladrão, mas sem sucesso. Ele sabia que não iria machucá-lo, mas também não conseguia impedi-lo de continuar gritando.

Foi então que, de repente, Marley atacou o homem no chão, tirando-o das mãos de Maxsuel. O Cachorro, agindo com uma ferocidade assustadora, avançou com fúria protetora, afastando o ladrão e garantindo que ele não representasse mais uma ameaça.

Maxsuel olhou para Marley com medo e assustado pelo que seu cão era capaz de fazer. A imagem do animal, com olhos cheios de determinação e presas à mostra, enviou arrepios pela espinha de Maxsuel. Ele sabia que, apesar de ser seu fiel amigo, Marley era capaz de defender sua casa e seu dono com uma intensidade que era ao mesmo tempo admirável e aterrorizante.

O silêncio que se seguiu era opressivo, preenchendo a lavanderia com uma atmosfera pesada de culpa e medo. Maxsuel sabia que, apesar de ter sido salvo pelo Cachorro, ele nunca mais olharia para Marley da mesma maneira. A compreensão do que seu amigo era capaz de fazer deixou uma marca impossível de esquecer em sua mente, uma lembrança constante do poder e da imprevisibilidade da natureza selvagem que se escondia por trás dos olhos gentis de Marley.

Ele olhou para o ladrão caído aos seus pés, seus olhos vazios encarando-o como se acusassem. Uma onda de náusea o atingiu, e ele recuou horrorizado, as mãos trêmulas cobrindo a boca para conter a agonia que o dominava.

O tempo parecia parar enquanto Maxsuel lutava para recuperar o controle sobre suas emoções tumultuadas. Ele sabia que não havia como desfazer o que havia feito, mas agora, mais do que nunca, estava mergulhado em um abismo de desespero e desesperança, sem saber como escapar.

O coração de Max acelerou descontroladamente quando viu os dois homens invadirem sua casa com violência após ouvirem o grito de socorro, ignorando completamente a barricada improvisada que ele havia montado na porta. Um misto de medo e determinação tomou conta dele, enquanto ele se preparava para o confronto iminente.

Com as mãos trêmulas, Max se dirigiu à lavanderia, onde guardava suas ferramentas. Ele agarrou sua mala de ferramentas com firmeza, sentindo o peso reconfortante do martelo familiar em suas mãos. Era hora de enfrentar os intrusos de frente e proteger a si mesmo e a Marley a qualquer custo.

Ele se posicionou estrategicamente, pronto para defender seu lar contra os invasores. Seu coração batia com força no peito, uma mistura de ansiedade e determinação pulsando em suas veias.

Os homens avançaram pela casa, determinados a encontrá-lo. Max respirou fundo, focando sua mente e controlando suas emoções. Ele sabia que precisava estar calmo e alerta para enfrentar o perigo que se aproximava.

Com um último olhar para Marley, que observava com preocupação da sala ao lado, Max apertou o martelo com ainda mais firmeza. Estava na hora de lutar pela sua vida e pela vida de seu amigo canino.

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⏰ Última atualização: Apr 24 ⏰

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Meu Cachorro Matou Um CaraOnde histórias criam vida. Descubra agora