Dias atuais
Bangkok, Tailândia
Pov Freen Sarocha On
Eu estava em tempo de enlouquecer.
Eu não quero ficar sem ela, não me imagino sem ela.
Porque eu fui fazer isso?
Porque eu não abrir logo o jogo?
Eu chorava desolada no chão da minha sala, não tinha forças nem pra levantar, eu só faria isso se a minha menina entrasse por aquela porta ou menos aceitasse conversar comigo.
Estava tão dispersa em meus pensamentos que não ouvir a campainha do meu apartamento tocar, só dei por mim quando escutei a voz da minha amiga gritando pelo meu nome.- Freen - Grita - Sarocha eu sei que você está aí - Bate na porta - Abre, por favor!
Eu com muito custo me levantei.
Tenho certeza que ela levaria um susto ao me ver, tenho plena convicção que estou acabada e mesmo que eu quisesse não ia ter como disfarçar.- Freen - Grita novamente.
Sem emitir nenhum ruído, fui até a porta e abrir. Dando de cara com P'Nam que ao me ver, seu semblante mudou por completo.
- Oh minha amiga - Me puxa para seus braços e eu, sem conseguir me conter voltei a chorar.
- Ela me deixou, Nam - Falo com dificuldade - Ela me deixou.
Sinto seus braços me apertarem mais ainda contra seu corpo, P'Nam era das poucas pessoas que sabiam do nosso relacionamento.
- Aí Freen - Suspira - Eu não vou te dizer que te avisei, porque não é o momento - Diz - Mas vem, me conta o que aconteceu.
Ela praticamente me arrastou até o sofá me fazendo deitar em seu colo.
- Ela viu a matéria que saiu sobre você e Seng? - Pergunta.
E eu apenas assentir confirmando.
- Aí Freen, eu te disse que tomasse uma atitude antes que isso fosse longe demais.
- Eu sei - Digo, minha voz tremula pelo choro - Eu deveria ter te escutado - Suspira - Eu fui uma estúpida e agora perdi a pessoa que mais amo nesse mundo.
- Não minha amiga - Alisa meus cabelos - Não acho que as coisas entre vocês acabaram, ainda dar tempo concertar tudo.
- Acabou - Repito sentindo essas palavras destroçarem meu coração - Ela não quer me ver, não quer me ouvir - Digo - Como vou concertar as coisas? - Pergunto me levantando para olhá-la.
- Amiga - Diz - Você sabe muito bem o que tem que fazer - Me olha - Acho que você já demorou demais.
Eu paro por um minuto, colocando os pensamentos no lugar. Eu sabia muito bem do que ela estava falando, só não sabia como faria isso.
- P'Nam e a minha mãe? - Falo preocupada - E a minha carreira?
Essas eram as principais questões que sempre me faziam voltar atrás em relação a Rebecca.
- Você já deveria ter colocado seu relacionamento em primeiro lugar - Diz - Sua família? Eles te amam e vão te aceitar do jeito que você é - Fala com convicção - Nada vai mudar por você estar com uma mulher - Me olha - E quanto a sua carreira minha amiga, o público te ama e não acho que isso seja um empecilho.
Eu fiquei calada por um tempo, pensando em tudo.
- Você a ama? - Me pergunta.
- Mais do que tudo no mundo - Respondo sem excitação.
- Então porque não está fazendo algo? - Questiona - Ela não quer ouvir você? Então faz algo que mostre que você quer ela - Afirma - Toma alguma atitude, para de ficar aqui chorando, se lamentando por algo que você tem como concertar.
P'Nam estava certa, eu tinha que tomar alguma atitude. Becky não iria me escutar, não acreditaria em nada do que falasse, eu tenho que começar a mostrar que é com ela que eu quer ficar.
Olhei de relance para o anel que estava em minha mão direita, o bendito anel que Seng me deu e sem a menor dúvida ou culpa o retiro do meu dedo.- Eu já sei que fazer - Olho pra minha amiga sorrindo - Vou precisar de sua ajuda!
- O que você quiser - Diz animada.
- Vem - Pego sua mão a arrastando. Ainda hoje vou ter você de volta, ou não me chamo Freen Sarocha
17 de fevereiro de 2019
Ilhas de Phi Phi - Tailândia
Freen a contra gosto aceitou passar o dia com Seng, passou algumas horas tentando se divertir de verdade com ele, mas, como imaginava não conseguiu. Seu coração pedia por outra pessoa, sentia falta da calma, da paz e da felicidade que sentia quando estava na companhia de uma certa mestiça.
Estava mais do que a cara o que sentia pela menina, o sentimento que nasceu dentro dela estava tão forte que era capaz das pessoas ao redor perceber. Queria conversar com ela, queria contar como estava se sentindo, precisava saber o que ela sentia e torcia para que seus sentimentos fossem correspondido. Se sentia como sua personagem Sam, se apaixonando pela primeira vez, se descobrindo e transbordando felicidade.- Vou tomar um banho, amor - Seng lhe dar um selinho - Avisa a Rebecca que já já vamos para o local que eu disse.
Assente concordando e ele a deixa sozinha indo para o banheiro. Se joga na cama suspirando pesadamente, precisava de um tempo a sós com a sua menina e faria de tudo pra ter isso hoje.
Seus pensamentos é interrompido pelo barulho do seu celular, acabava de chegar uma mensagem e antes de ver quem era já estava sorrindo ao imaginar de quem se tratava."Babe, eu já estou pronta para "nossa" noite e não nego que já estou com saudades da sua companhia - R"
Freen já sentia seu coração pular no peito. Rebecca tinha um poder enorme sobre ela, conseguia mexer com ela através de uma simples mensagem.
"Bom saber 😍 ... também já estou com saudades! Não imagina o quanto 🙈❤️ E hoje eu tenho algo pra conversar com você!"
Freen resolve ser um pouco sincera.
"Huum ... agora você me deixou curiosa! Aconteceu algo? 🤔"
"Nada com o que você tenha que se preocupar ... só preciso contar algo a você"
"Hum ... então tá!"
"Vou me arrumar, já já passo aí pra te pegar 😌😉 te quiero ❤️"
"yo mas ❤️"
Freen joga o celular de lado e deita na cama suspirando, não via a hora de poder contar tudo que estava sentindo dentro dela. Tinha medo, receio e principalmente insegurança, mas, não ia deixar que isso atrapalhasse. Só queria fazer o que seu coração tanto pedia, mesmo sabendo que algumas pessoas poderiam sair magoadas.
Mas estive procurando você
Por muito, muito tempo
Apenas tentando compreender
Tentando te fazer minha
Todos querem uma chama
Mas não querem se queimar
Bem, hoje é nossa vez - Bonfire Heart - James BluntContinua ....
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No Hacemos Nada - Freenbecky
Fanfiction"Es el último respiro de este amor que se nos va" ... Uma adaptação de uma outra obra minha baseado na musica "no hacemos nada" de Paty Cantú.