O filho do meu psicólogo.

➽Chapter Two: you٭

٭𝑳𝑰𝑽𝑰𝑨 FERRARI٭

    Bom, depois daquela situação toda, ele passou na minha casa, para mim pegar as minhas roupas.

— Eu vou subir lá em cima para fazer as minhas malas, já volto — digo para Endrik que já estava me olhando.

— Ta, só não demora faz favor— ele responde com um olhar tedioso.

   Subi as escadas e entrei no meu quarto, ainda bem que estava todo organizado. Peguei minha mala que estava dentro do guarda-roupa e tirei algumas blusas para colocar dentro da mala. Como acho que não ficarei por muito tempo, só coloquei o básico, deu duas malas inteiras.
  Termino e fecho o guarda-roupa, só que quando vou pegar a mala, não consigo, está muito pesada. Minha única saída seria pedir para aquele mala sem alça me ajudar.

— Endrik, vem aqui em cima por favor— grito de lá de cima. Escuto uns barulhos de passos e logo vejo ele na porta.

— Oque que você quer pirralha? — ele fala parado no batente da porta.

— Você poderia me ajudar a descer minhas malas?... Por favor — falo com uma voz melosa.

— Ué, as malas são suas, ninguém mandou colocar um monte de tralha ai — ele diz me ofendendo. Fico olhando pra ele com uma cara de paisagem, e então digo

— Se eu soubesse nem teria pedido, deixa que eu me viro então, valeu... Por nada. Passo por ele arrastando as malas de tão pesadas que elas estavam, e então chego próxima a ponta da escada e fico pensando em como eu faria. Acho que só vou tacar a mala lá em baixo, só tem roupa mesmo, não tem oque quebrar. Não, melhor não.

— Você sabe que não vai conseguir né? — diz ele debochando.

— E eu perguntei? — respondo ele no mesmo tom.

— Ta, então vai ai pirralha, tenta levar essas malas sozinha. — ele diz me desafiando.

— Para de me chamar de pirralha, eu nem sou tão nova assim, tenho 19 anos — digo revirando o olho.

— E eu 21, ou seja, você é uma pirralha. — ele respondeu em tom autoritário.

— Grande bosta, são só dois anos de diferença. — respondo.

— Pode até ser, mas você age como uma pirralha, então irei continuar te chamando assim. — ele responde.

  Esse tom de "autoridade" dele me deixa tão puta, que ódio! Ele se acha mais que eu? Não, não meu amor, ele vai ver com quem se meteu. Me viro a ele e tento pegar minha mala com toda a força que eu tenho, e então vou tentando descer legrau por legrau.

— Você vai cair — ele diz me olhando, mas não dou a mínima.

  Finalmente consegui descer a primeira mala, agora só falta a outra. Subo as escadas novamente e tento pegar a outra mala, mas na hora que tento descer o terceiro legrau a mala acaba caindo da minha mão e eu escorrego. Mas antes de eu cair na escada e sair rolando, sinto algo forte rodear a minha cintura e uma respiração calma em meu pescoço.

— Eu disse que você ia cair pirralha — sinto o bafo quente de Endrik em meu pescoço.

— Cala boca idiota! — digo.

— De nada por ter te salvado de quase cair da escada — ele diz ironicamente.

— Não pedi para você me ajudar, "pirralho" — digo o provocando.