Epílogo

544 31 9
                                    

Passou algum tempo desde que retornaram da Escócia e agora estavam de volta em Clyvedon. Daphne estava prestes a dar à luz, e o parto transcorreu sem complicações, trazendo um menino saudável ao mundo. Simon decidiu manter a tradição da família Bridgerton de nomear os filhos em ordem alfabética.

Entretanto, em uma noite chuvosa, antes do tempo previsto, Ingrid estava dando à luz seu filho. No entanto, algo estava errado - ela estava perdendo muito sangue.

Sam estava ficando ansioso enquanto o médico explicava a gravidade da situação:

Sam: "Escolher? Como assim? Não pode haver uma escolha. Ambos devem sobreviver."

Médico: "Entenda, Sr. Bridgerton, a perda de sangue de sua esposa é muito grave. Precisamos agir rapidamente para salvar a vida dela ou a vida do bebê."

Sam: "Não pode haver outra opção? Alguma maneira de salvar os dois?"

Médico: "Estamos fazendo tudo o que podemos, mas o tempo está se esgotando. Precisamos de uma decisão."

Sam olhou para Ingrid, sua expressão desesperada refletindo o tormento interior:

Sam: "Ingrid, meu amor, por favor, segure firme. Não posso perdê-la. E nosso filho... Eu não sei o que fazer."

Ingrid lutava para manter os olhos abertos, sua voz fraca ecoando na sala:

Ingrid: "Sam... faça... o que... for melhor... para o bebê..."

Sam segurou a mão dela com firmeza, os olhos cheios de lágrimas:

Sam: "Não, Ingrid, eu não posso. Não posso perder você. Não posso criar nosso filho sozinho."

O médico interveio, a urgência em sua voz evidente:

Médico: "Precisamos de uma decisão agora, Sr. Basset. A vida deles está em suas mãos."

Sam olhou para o médico, sua mente turva com o peso da decisão iminente. As lágrimas escorriam pelo rosto de Sam enquanto ele tomava a decisão mais angustiante de sua vida. Ele saiu do quarto, tentando respirar, com o coração pesado de incerteza e medo.

Simon se aproximou de Sam, vendo seu irmão desmoronar no chão, incapaz de conter as lágrimas que inundavam seu rosto:

Simon: "Sam, você tem que se acalmar. Eu sei que é difícil, mas você precisa tomar uma decisão. A vida de Ingrid ou a vida do bebê estão em jogo."

Sam balançou a cabeça, soluçando:

Sam: "Eu não consigo... Eu não tenho forças para decidir. Como posso escolher entre minha esposa e nosso filho?"

Enquanto eles conversavam, os gritos de dor de Ingrid ecoavam pelo corredor, aumentando ainda mais a angústia de Sam.

Violet se aproximou, colocando a mão no ombro de Sam:

Violet: "Fique aqui, Sam. Eu vou ficar com Ingrid no quarto. Você precisa se acalmar e tomar uma decisão."

Lady Danbury também tentou acalmar Sam, sua voz firme e reconfortante:

Agatha: "Samuel, você é um homem forte. Você vai conseguir passar por isso. Mas agora, você precisa pensar com clareza."

Daphne, preocupada com sua irmã, entrou no quarto com a mãe.

Sam tentava respirar fundo, mas mal conseguia fazer isso, sua mente turva de desespero:

Sam: "Se Ingrid morrer... eu... eu não terei fôlego para viver sem ela."

Simon: "Sam, você tem que tomar uma decisão. Não podemos esperar mais."

Os gritos de Ingrid continuaram a ecoar pelo corredor, mas então, entre eles, ouviu-se um pequeno choro de bebê, trazendo um raio de esperança para aquele momento sombrio.

Sam se apressou a entrar no quarto novamente, encontrando Ingrid frágil, segurando a pequena nos braços.

Sam se aproximou, seus olhos cheios de lágrimas, perguntando com voz embargada:

Sam: "Qual será o nome da nossa pequena?"

Ingrid sorriu, mesmo em sua fraqueza, e disse com ternura:

Ingrid: "Lucy... Ela se chamará Lucy."

A pequena segurou o dedo de seu pai, e Sam não pôde conter as lágrimas de felicidade que rolavam por seu rosto.

Mas então, repentinamente, o choro do bebê cessou, e o silêncio tomou conta do quarto, prenunciando uma terrível tragédia.

☆☆☆ ☆☆☆

Passaram-se meses desde a tragédia que abalou profundamente a vida de Ingrid. Ela mergulhou em uma depressão avassaladora após a perda de seu bebê, cuja vida se esvaiu em apenas alguns preciosos segundos. A dor era insuportável, e cada dia se transformava em uma batalha interminável contra a tristeza que a consumia por dentro.

Incapaz de suportar a alegria radiante que emanava de Clyvedon, especialmente ao testemunhar a felicidade de sua irmã com seu próprio filho, Ingrid acabou permanecendo em Londres. A presença constante desse lembrete doloroso só servia para aprofundar ainda mais sua angústia e pesar.

Sam, seu amado marido, tentava dar-lhe espaço, compreendendo o profundo sofrimento que ela enfrentava. Ele escrevia cartas regularmente, expressando seu amor e preocupação, mas nunca recebia resposta. O casamento deles parecia agora uma sombra distante do que já foi, e a comunicação entre eles se tornou cada vez mais silenciosa.

A família Bridgerton também sentia o peso da tristeza de Ingrid. Suas cartas estavam repletas de palavras de apoio e consolo, mas todas refletiam a mesma preocupação: Ingrid não estava bem. A ausência de sua risada contagiante e de seu brilho habitual deixava um vazio doloroso em todos os corações Bridgerton.

Enquanto isso, Ingrid travava uma batalha solitária contra seus próprios demônios internos, afundando-se cada vez mais na escuridão da depressão. O tempo parecia ter congelado para ela, enquanto se via presa em um ciclo interminável de tristeza e desespero. E, no meio dessa tempestade emocional, a esperança de um dia encontrar a luz no fim do túnel parecia cada vez mais distante.

Bridgerton: O diamante Peculiar Onde histórias criam vida. Descubra agora