Outra noite quieta.

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Derek estacinou o Camaro preto em frente a casa onde o humano mora, desligando o veiculo e saindo do mesmo, trancando-o e indo em passos silenciosos até a porta frontal da casa.

Colocando a mão na maçaneta, lembrou-se de que não possuía a chave, retirando sua mão e dando um passo pra trás. Virou-se, dando a volta na casa até a janela que já havia pulado múltiplas vezes - mas mesmo assim, cinzas da montanha nunca foram postas na entrada da janela.

Dobrou levemente os joelhos, pegando impulso e pulou, agarrando-se a grade da sacada e jogou-se pra dentro. Pondo-se de pé, abriu silenciosamente a janela, soltando o ar que não sabia que estava prendendo ao ver o corpo magro e pálido deitado na cama, coberto por um forro quente - ao menos, parecia quente.

Se aproximou da cama, engolindo em seco e apertando seus punhos fechados, quando viu o rosto sereno e ferido. Os lábios avermelhados que tanto fantasiava sobre a suavidade deles, cortados e com um pouco de sangue seco. As pálpebras que carregavam belos olhos, tão doces quanto mel, agora com um ponto roxo se formando em uma delas, as bochechas raramente avermelhadas, com um corte pequeno mas profundo o suficiente.

Suspirou trêmulo, sentindo a culpa corroer cada fibra de seu corpo, ódio e angústia correr por suas veias. Lentamente, ajoelhou-se, seu rosto agora na altura da face ferida do garoto.

"Oh, Stiles..." soprou em um sussurro quebrado, levando sua mão calejada a bochecha suave e macia - suspirando fraco ao sentir a pele tocar seus dedos.

Tensionou o corpo quando Stiles resmunguei baixo e suas pálpebras tremeram, ameaçando se abrir. Pensou em sair, fugir, desaparecer como sempre fez.

Mas seu corpo não o obedeceu, fazendo-o ficar. Os olhos âmbar lentamente se abriram, piscando fracamente.

Apoiando-se em seus cotovelos, Stiles se ergueu lentamente, tremendo sutilmente, o corpo fraco e machucado.

Ele olhou-o, os olhos de mel penetrando os seus verdes florestas. Após um momento de silêncio, os olhos âmbar foram escondidos por lágrimas e o lábio ferido estremeceu.

"Derek?" A voz outrora sarcástica e afiada, era agora incerta e fraca. Os olhos implorando por confirmação.

"Sou eu."

Soltou um suspiro trêmulo de alívio e alegria contida, e seus lábios doloridos se ergueram em um sorriso pequeno e frágil.

"Você voltou." disse em uma voz baixa, quieta e engoliu "Por que?"

"Porque eu nunca deveria ter ido."

Assentiu, concordando com a constatação. Ele preferia que Derek jamais tivesse partido, mas ele foi.
Mas ele está de volta agora, e isso é o suficiente para ele.

Arrastando seu corpo para o lado, ele tateou o espaço do seu lado, chamando Derek para subir na cama consigo.

Ele hesitou, antes de arrastar-se para a cama, atendendo o pedido do garoto e aconchegou-se ao lado dele.

Riu levemente, lançando Derek um olhar divertido e puxou seu corpo para o de Derek, se aconchegando contra corpo quente, deixando Derek enrolar os braços envolta de seu corpo frágil.

"Derek?"

"Sim?"

Sorriu, fechando os olhos e deixando um suspiro escapar de seus lábios. "Bem vindo de volta."

Another Quiet NightOnde histórias criam vida. Descubra agora