Oneshot

72 6 11
                                    

olha só, se não é mais uma fic narrada pela Emory. Inicialmente, era pra ser uma songfic, mas nem tudo é como a gente quer, entao ficou só uma one triste mesmo.

Em todo caso, a one foi baseada na música Little do You Know, porque essa música é totalmente do Will e da Emory.

Alerta de gatilhos para violencia fisica e um homem que só existe em livros e por isso nunca vamos encontrar na vida real ;/

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O líquido viscoso escorria por minha testa enquanto eu encarava a parede, imóvel. A dor se espalhava por cada parte do meu corpo, mas nada se comparava à dor que apertava meu coração. O quarto estava envolto em uma penumbra sufocante, e eu me sentia como se estivesse afundando em um mar de desespero. As lembranças dos golpes de Martin ainda ecoavam em minha mente, como se as marcas físicas não fossem o bastante para me lembrar do tormento que vivia.

Com a mão trêmula, levei-a até o sangue escorrendo pela minha testa, sentindo a textura pegajosa e o calor que emanava da ferida. Era uma dor física, mas também uma dor que penetrava fundo na minha alma. Lembrei-me daquele olhar frio, daquela raiva incontrolável que faiscava nos olhos de Martin sempre que ele descontava sua fúria em mim.

Encarei o dedo sujo de sangue, minha mente rodopiando com uma pergunta incessante: quando tudo isso iria acabar? Quando eu finalmente encontraria um refúgio seguro, longe dos punhos implacáveis de Martin? Cada batida, cada insulto, cada golpe deixava cicatrizes invisíveis que nunca desapareciam completamente.

Eu me perguntava se alguém lá fora podia ouvir meus gritos silenciosos de socorro, se alguém se importava o suficiente para estender a mão e me puxar para fora desse abismo de dor e desespero. Mas mesmo que houvesse alguém, como eu poderia confiar? Como eu poderia acreditar que não seria apenas mais uma ilusão passageira, uma promessa quebrada como tantas outras?

Um suspiro escapou dos meus lábios, carregado de resignação e cansaço. Eu estava sozinha, presa em um ciclo interminável de dor e medo. Mas, no fundo da minha alma, ainda havia uma chama frágil de esperança, uma crença tênue de que um dia, de alguma forma, eu encontraria a força para quebrar essas correntes e encontrar a liberdade que tanto ansiava. Até lá, eu permaneceria aqui, sentada nesta cama vazia, encarando a parede como se ela pudesse me oferecer alguma resposta para as perguntas que atormentavam minha mente.

Enquanto eu estava imersa em meus pensamentos sombrios, um som familiar ecoou do lado de fora da janela. O coração disparou, reconhecendo o padrão único dos batimentos que só Will fazia. Um misto de emoções tomou conta de mim; eu não queria que ele me visse naquele estado, tão vulnerável e ferida. Mas, ao mesmo tempo, uma parte de mim ansiava por seu conforto, por sua presença reconfortante em meio ao caos que era minha vida.

Antes que eu pudesse decidir o que fazer, Will entrou no quarto, seus olhos verdes encontrando os meus. A expressão de choque em seu rosto me cortou profundamente, como se cada ferida visível em mim fosse uma faca cravada em seu coração.

- Emmy... - ele murmurou, sua voz embargada pela emoção. Ele se aproximou rapidamente, mas hesitou ao tocar meu rosto, como se temesse machucar-me ainda mais. Ele sabia que eu apanhava, mas me ver sangrando era outra coisa.

Eu forcei um sorriso fraco, tentando tranquilizá-lo com meu olhar, mesmo que minhas próprias mãos tremessem de medo e dor.

Antes que pudéssemos trocar mais alguma palavra, o som ensurdecedor de batidas na porta interrompeu nosso breve momento de paz. Martin. Meu irmão, a fonte de todo o meu tormento.

Will endureceu ao ouvir o som, seus olhos se estreitando com determinação enquanto se virava em direação a porta.

- Emory! - meu irmão brada socando a porta.

Little do You Know - Emory e WillOnde histórias criam vida. Descubra agora