Onze.

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Olá! Alguém ainda está aqui?! Tomara que sim!

Cap. não revisado, desconsiderem eventuais erros, irei corrigir amanhã conforme for lendo o capitulo junto a vocês 🥰

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Harry nunca soube ao certo como seria a rotina apropriada de um casal. Enquanto crescia, no interior de Londres, seu pai sempre esteve viajando e sua mãe, focada nos próprios projetos... Eles cumpriam bem os respectivos papéis de pais, de forma isolado. Anne é uma mãe dedicada, porém acima de tudo, uma mulher independente que sempre deu duro para conquistar sua própria carreira. Desmond, um pai carinhoso que também possuía uma agenda apertada e constantemente, por fora da vida dos filhos. Seu pai costumava passar semanas fora, retornando com presentes e grandes quantias em dinheiro, o suficiente para arrancar um sorriso dos filhos e um suspiro de alivio de sua mulher, era sempre um reconfirmar tê-lo em casa. Isto é, até o dia em que Desmond não retornou. Harry estava adentrando a adolescência, mas seus sentimentos eram instáveis como os de uma criança, por sorte, tinha sua irmã mais velha, Gemma. Com quem dividiu todos os sentimentos oriundos do luto. O pai do omega falaceu jovem, aos quarenta e poucos anos. E por incrivel que parece, lugar onde passou seus minutos finais, foi uma casa de apostas. Desmond era um empresário, importava e exportava produtos de alto custo... E como tudo que custa caro, há outros preços envolvidos. A causa da morte, uma parada cardíaca, fruto de uma overdose. Harry não sabia que seu pai era viciado em cocaina.

Após a morte do marido, Anne repensou a forma em que havia escolhido viver a vida, decidindo por fim nas longas jornadas de trabalho e focar-se mais nos filhos, que estavam consideravelmente desolados após a morte do pai. Contudo, até então Harry havia crecido viajando de cidade à cidade, passando seus dias em escolas integrais, ocupando-se mentalmente com atividades extracurriculares e esportes... Ou qualquer coisa que tirassem de seus pais a responsabilidade de criar os filhos. Hoje, o omega entende que não foi culpa de nenhum dos pais, afinal eles sempre estiverem por perto... Apenas nunca estiveram lá quando precisava. A perda súbita de Desmond ao menos abriu os olhos de Anne, que percebeu ter deixado os filhos de lado durante os últimos anos. Logo após, ela decidiu mudar-se com seus filhos adolescentes para um chalé em sua cidade natal, Homes Chapel. Dispondo aos filhos, uma criação mais simples, porém, mais intimista. Todavia, já parecia ser tarde demais.  Logicamente, dois adolescentes não eram fáceis de lidar.

Gemma, irmã mais nutria seus próprios sentimentos, dispunha de seus problemas e traumas, facilmente oscilava de um humor para o outro, assim como toda garota de quinze anos. E Harry, além do luto, rejeição e a recente mudança, ainda não sabia ao certo como seus hormônios funcionavam. Tudo aconteceu quando tinha doze anos, logo após, chegou aos treze, quatorze e por fim, quinze anos. E nada mudava em seus feromônios. Os médicos diziam que ele se tratava de um beta, nítido como a luz do sol... No entanto, em seu âmago, havia algo que não acreditava na palavra dos especialistas. Ainda assim, continuou a crescer como um adolescente normal, era o mais alto e esguio de sua sala, o que chamava a atenção dos adultos ao redor. Chegou aos dezesseis anos e nada, nenhum feromônio. Até que um dia, sua mãe o levou em um especialista, que fez uma bateria de exames e no fim, identificou que o menino, de fato, inibia algum gene. Alfa ou omega, algo estaria adormecido em seu interior. Logo, os adultos ao redor entenderam que se tratava somente de algo adormecido, que hora ou outra, iria desabrochar. Os professores da escolas, palpitavam entre si. Aos olhos das mulheres, Harry era definitivamente um alfa. Seus ombros largos e mandíbula marcada, evidenciavam isso.

Eis que um dia, durante a recuperação de matematica — Pois bem, inteligência nunca foi seu forte... apesar de esbanjar espertice, constantemente ficava sem nota nas matérias. — Chegou uma professora, a qual ele não seria capaz de lembrar o nome nos dias atuais, somente se recorda de se tratar de uma mulher magra, cabelos de tom dourado presos em um coque baixo, de óculos vermelhos e olhos intimidantes. Havia poucas pessoas presentes nesse dia... Um rapaz adormecido no fundo da sala, além de Harry e a jovem mulher ocupando seu posto de professora. Um número de gente esperado para a aula de recuperação nesse dia, numa tarde nublada e fria. Foi quando ela aproximou sorrateiramente da carteira de Harry e bateu com as palmas da mão na mesa, fazendo o corpo do rapaz sobrassair, evidentemente assustado.

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⏰ Última atualização: Aug 05 ⏰

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