° Capítulo Único °

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Jeon Jungkook

Aquele sorriso, aqueles dentinhos tortos, aqueles olhinhos que viram um risquinho quando ele sorri, aquela boca carnuda que eu adoro beijar, seus cabelos loiros como a neve, tão lindo! Park Jimin, ou melhor, Jeon Jimin, é lindo tanto de rosto como de alma.

O campo de Margaridas que tinha na casa de campo de seu avô é o nosso lugar favorito do mundo inteiro!

E lá estávamos nós, juntinhos correndo pela aquela imensidão de Margaridas.

— Nunca irá me alcançar, Kook!

— Não teria tanta certeza, mocinho.

Sorrio e lhe puxo pela cintura fazendo nós dois cair nas Margaridas amassando algumas.

— Assim não vale! Você é muito mais rápido e forte que eu!

Ele faz um bico adorável que eu não me aguento e beijo e o loirinho retribui.

— Amo você, Jeon Jimin!

Ele sorri fazendo seus olhinhos virarem dois risquinhos e eu me derreto de amores.

Eu também amo você, Kook!

Jimin, casa comigo?

A gente já é casado, amor.

Então vamos casar de novo!

— Claro!

Sorrimos e eu fico o olhando.

Você é a pessoa mais linda que eu já vi na vida!

— Eu fico todo bobo quando você me elogia.

Ele fala mexendo os dedos gordinhos enquanto tem suas bochechas coradas.

E eu amo quando você fica bobo quando eu te elogio. Vamos para casa, amor, está na hora.

Me levanto e o puxo para se levantar também. Então começamos a andar de volta até o nosso carro estacionado perto da casa de seu avô.

Kook… não posso passar daqui.

Ele fala soltando minha mão. Olho para ele confuso.

Como assim? Vamos, amor, está na hora de ir para casa.

Você precisa superar, amor.

Ele fala e eu fico mais confuso.

Superar o que, Jimin?

— A minha morte.

Sinto o ar sumir dos meus pulmões.

Para de brincar, chim...

Falo já com os olhos cheios de lágrimas.

— Acorde, Kook… já se passaram 35 anos você precisa superar...

Jimin… amor, não vá...

Desespero-me ao ver o corpo dele se afastando, eu tento correr, mas não saio do lugar. Até ele sumir por completo do meu campo de visão e tudo começar a ficar branco.

Abro lentamente meus olhos e vejo que eu estava em nossa casinha deitado em nossa cama

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Abro lentamente meus olhos e vejo que eu estava em nossa casinha deitado em nossa cama. Eu estava sozinho, assim como nos últimos 35 anos.

Meu amor, meu pequeno mochi não estava comigo. O câncer o tirou de mim.

Eu e Jimin nós conhecemos na faculdade, eu tinha 18 e ele 17, nós dois cursávamos artes. Jimin era muito talentoso no que fazia e seu sonho era ser um pintor mundialmente famoso, eu o apoiava e ele me apoiava também. Nós nos apoiamos.

Tudo começou com uma grande amizade e acabamos nos apaixonando um pelo outro. E então, no campo de Margaridas da casa do seu avô, eu o pedi em namoro.

A gente era muito feliz juntos! Assim que saímos da faculdade, fomos morar juntinhos. Quando eu tinha 21 e ele 20, nos casamos. E aquele foi o melhor dia da minha vida!

Estávamos bem, vendíamos nossas artes. E assim vivíamos. Até que, quando ele tinha 26, ele descobriu o câncer e, porra, já era tarde, já estava em estado final, ele só tinha mais 5 meses de vida. O tratamento não ia adiantar mais. Eu nunca o vi chorar tanto na vida, e eu chorei junto a ele.

Fiz o possível para que aqueles últimos 5 meses fossem os melhores de sua vida.

Até que, 2 semanas depois do seu aniversário de 27 anos, eu acordei com ele passando mal e o levei rapidamente ao hospital, chegando lá, o levaram para o oxigênio. Os médicos olharam para mim com semblantes abatidos e me deixaram ficar com ele. E ali eu percebi, meu amor não ia aguentar mais.

Olhei para ele que sorria fraco, eu chorava ao ponto de soluçar. Ele falou para eu ficar calmo e disse que me amava e que aqueles 10 anos ao meu lado foram os melhores da sua vida.

Eu o beijei e falei para ele o quanto o amava também. Então ele sorriu e me disse para nunca esquecê-lo. E ali, meu anjinho fechou os olhos e dormiu, mas nunca acordou.

Fiquei em depressão após a morte de Jimin, não sentia vontade de viver, tentei me suicidar várias vezes. Até que um dia eu decidi me levantar e viver, viver tudo que meu amor queria.

Viajei para a França, Itália e Brasil. Meu amor sempre quis conhecer esses países. Fiz tudo que ele um dia sonhou, fiz suas artes serem reconhecidas e seu nome se expandir pelo mundo.

Hoje eu estou com 63 anos, fazem 35 anos desde a morte de Jimin. Nunca me casei novamente, nem tive filhos. Eu adotei um gato, aquela era minha companhia nos últimos 6 anos.

Levanto-me meio desorientado da cama e vou até o banheiro, sorrio ao ver uma foto do meu amor ali no espelho.

Faço minhas higienes pessoais e saio do banheiro, vestindo uma roupa confortável.

Vou até à cozinha e coloco comida para Roier e água também. Pego minha bengala e saio de casa, dando uma volta na vizinhança.

O dia estava calmo e ensolarado. Um ótimo dia! Sento-me no mesmo banco de costume e fico vendo os jovens casais apaixonados, logo lembro do meu amor e sorrio bobo.

Volto para casa um tempo depois e faço uma leve comida. Após me alimentar, faço um carinho em Roier e vou em direção ao meu quarto.Toda a casa era decorada com fotos minhas e de Jimin: fotos do nosso namoro, casamento, fotos na faculdade, entre outras.

Passo pelo quarto em que eu e meu amor usávamos para pintar e sorrio fracamente. Continuo minha caminha em passos curtos até meu quarto e me deito na cama.

Pego uma foto de Jimin, onde ele sorria deitado no campo de margaridas, e abraço contra meu peito. Fecho os olhos com um pequeno sorriso.

— Eu te amo!

Falo, soltando um suspiro. Meu corpo fica leve, como uma pena. Logo escuto uma voz familiar e fazendo-me abrir meus olhos.

— Kookie?

Olho para trás e vejo Jimin vindo em minha direção. Ele estava lindo, com um macacão branco e uma coroa de flores em seus cabelos loiros.

Olho para meu corpo e vejo que eu estava com a aparência de quando eu tinha 28, eu também estava usando um macacão branco.

— Amor, finalmente nós encontramos de novo!

Corro até ele e lhe dou um beijo, que é retribuído de bom grado.

— Sim, Kookie…eu senti tanta sua falta! Todo dia eu te olhava daqui, sempre estive com você amor. Agora somos eu e você juntos até a eternidade!

— Sim, meu anjinho.

Ele pega minha mão e começamos a correr no campo de margaridas. Juntos novamente, até a eternidade!

                              Fim.

Olá! Essa é  minha primeira história, e eu acho que talvez a última não sei. Vai que eu escrevo mais. :)
Espero que tenham gostado! Ignorem qualquer erro de português. 🌼🤍

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⏰ Última atualização: Apr 29 ⏰

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