Beautiful Things¹ 》Rebekah Mikaelson

Chapter 11

Allison Elizabeth Forbes

Não sei quanto tempo passou, mas quando me dei conta, eu estava deitada sobre Rebekah, ela estava com o braço em cima de mim, me segurando e eu estava completamente grudada nela, igual um filhote de coala quando encontra a sua mãe, o que eu achava mais interessante, é que eu me sentia tão segura quanto o bebê coala.

Pelo peso do meu corpo, posso assimilar que se passou um bom tempo desde a nossa conversa, pois sinto que cochilei em algum momento. Rebekah também parece ter cochilado, já que a sua respiração estava calma, eu não conseguia ver o seu rosto, pois estava com a cabeça deitada sobre ela.

Escuto o vibrar do meu celular, pela constância do toque, eu poderia imaginar quantas mensagens Caroline estava me mandando. Tento me mexer com cautela, para não acordar a Mikaelson, mas meus planos vão por água abaixo assim que escuto uma risada vindo de Rebekah.

— Sua tentativa de sair escondida é fofa. - comentou Rebekah, de forma descontraída.

Virei meu rosto para ela e lá estava aquele sorriso.

— Eu pensei que você estava dormindo. - respondi, me levantando e sentando no colchão.

— Vou fingir que você não estava tentando fugir de uma vampira original de mil anos. - Rebekah falava de um jeito convencido, enquanto cruzava os braços.

— Serei mais esperta na próxima. - comentei, a fazendo rir.

Passei o olhar pela cama e em seguida pelo quarto, à procura do meu celular, quando ele vibrou novamente, foi quando lembrei que tinha deixado ele em cima da penteadeira da Rebekah. Me levanto da cama e me direciono até o aparelho, de longe, já consigo ver a quantidade de notificações que estão distribuídas na tela.

Como eu tinha suspeitado, assim que peguei o aparelho, consegui ver várias ligações perdidas de Caroline, assim como várias mensagens dela. Minha mãe também me ligou algumas vezes, mas nem se compara as notificações que Caroline deixou para mim, muitas delas se repetem na mesma mensagem: “Onde você está?”, “A mamãe fez um toque de recolher, onde você está?” e até mesmo, “Não me diga que você está com aquela vadi…”

Antes que eu pudesse ler, notei Rebekah colocando o seu rosto perto do meu, me dando um pequeno susto, o que me fez quase derrubar o celular das minhas mãos.

— Caroline?

Eu confirmei, pressionando os lábios, tentando não encarar o seu rosto que estava muito perto do meu. Meus olhos piscavam repetidas vezes, pois eu não conseguia encarar o seu rosto tão perto assim.

— Ela está preocupada com o meu sumiço. - respondi, olhando para a tela do meu celular, buscando o contato da minha mãe.

Aproveitei aquele momento para digitar uma rápida mensagem para a minha mãe, avisando que eu estava bem e que eu voltaria para casa assim que possível, pois se eu mandasse para a Caroline, tenho certeza que receberia uma ligação na mesma hora, com vário insultos sobre a minha companhia e não me sentiria confortável em fazer Rebekah escutar esse tipo de coisa.

Paralisei quando senti o queixo de Rebekah pousando sobre o meu ombro, ela estava muito perto, se fosse qualquer outra garota, isso não me afetaria, mas não era qualquer garota.

— Sua mãe é o completo oposto da Caroline. - comentou, assim que viu as mensagens da minha mãe, que foram resumidas em: “Que bom que está bem” e “Pode me ligar se precisar de alguma coisa”.

— Ela sempre foi assim. - comentei — Quando nós éramos crianças, nossa mãe costumava nos levar para o parque, mas teve um dia que eu caí do escorrega. Eu não quebrei nada, mas Caroline chorava como se eu tivesse me machucado de verdade.