CAPÍTULO III:

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Ela olhou para a tela do celular onde o contato salvo como “mãe” brilhava no centro

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Ela olhou para a tela do celular onde o contato salvo como “mãe” brilhava no centro. Era a terceira ligação no dia. Seu dedo alcançou o botão de volume na lateral do eletrônico e o toque cessou, depois jogou-se na cama e continuou a olhar para o teto, coisa que estava fazendo na maior parte do tempo. 

Anthony havia a deixado em um hotel localizado há mais ou menos  uns vinte minutos da oficina, o plano era passar somente uma noite até que seu carro ficasse pronto e seguro para voltar para casa, contudo houve imprevisto e as peças que ele esperava demoraram a chegar por ter ocorrido um acidente na estrada. O Baxter precisaria de mais uns dias. Ela estava ali desde a tarde passada, iria para casa no dia seguinte à serviço de táxi.

O acolchoado estava começando a ficar molhado por ter deitado com o corpo ainda úmido, então levantou e resolveu se arrumar para jantar no Los Primos, restaurante que fica ao lado.

Pronta, a moça passou o perfume que ganhara do padrasto, colocou brincos de tamanho médio e cobriu os lábios com gloss transparente sem brilho. Deixou o celular para trás e uma mensagem no número da mãe que somente avisava de sua volta à Nova Iorque no outro dia. 

De longe escutou música tocando, havia uma quantidade razoável de veículos no estacionamento, poucas motos e uns cinco carros. Jane foi recebida por um ambiente muito alegre, a melodia que tocava era viciante e quando sentou em um banquinho no balcão, balançou a cabeça levemente no ritmo. Olhou para as pessoas que dançavam um pouco mais a frente e sorriu, deixando-se contagiar. 

– Buenas noches, chica! - um homem forte, com alguns quilos de barriga e bigode feito a cumprimentou de maneira gentil. Jane imaginou que fosse hispânico e arriscou em seu espanhol ruim. 

– ¡Buenas noches, señor! - sorriu.

– ¿Tenemos una hablante de español aquí? 

– Ah, sou um tanto ruim. Lo siento - ele riu e jogou um pano de prato sobre os ombros.

– Acho que você se saiu muito bem, chica. Posso ajudá-la em algo? 

– Gracias, pensei só em comer e voltar para o quarto, mas a vontade de ficar e aproveitar é maior. 

– ¡Qué bien! Está hospedada no hotel do meu primo? - perguntou dando um leve toque sutil de sotaque latino, algo que Jane achou incrível. Ela assentiu como forma de dizer sim  à pergunta do mais velho - Espero que fique tempo suficiente para aproveitar nossas noites de dança e a comida, é claro.

– Infelizmente sairei amanhã.

– Oh, que triste - seus olhos mudaram para um brilho de pena - No se preocupe, chica, Roberto fará com que sua noite seja esplêndida! - levantou o dedo indicador como se listasse uma solução. 

Jane sorriu e resolveu seguir as dicas do senhor do estabelecimento e aproveitar para se divertir. Havia um tempo que não fazia algo sozinha, na verdade, nunca fez. Aquilo estava sendo novo para si.

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