Apesar de te amar, eu terei que te ver longe. Não é por uma sede que assola minha mente de tempos em tempos, minutos em minutos; segundos se transformam em horas longe da sua boca, longe do seu corpo, longe de você. Te tocar parece pedir muito, e a forma como você domina minha mente nesse seu joguinho sensual me mata aos poucos.
Você pode estar ajoelhado na minha frente, tomando meu corpo como seu da forma que quiser, mas eu sei, meu amor, eu sei que você vai fingir que somos apenas amigos fora desse quarto sujo que um dia se chamou "nosso".
Você não percebe o quanto acaba comigo? Você não percebe que, mesmo que seus beijos sejam deliciosos, e quando trilhados até o caminho do inferno entre minhas pernas sejam os piores demônios encontrados, eu ainda não sou seu? Você não percebe que me fazer gozar não significa que eu vou querer continuar me escondendo nas pontas dos pés?
A adrenalina que sinto em meu corpo quando você me toca, nesse mesmo horário, toda madrugada de sábado, me faz delirar de prazer contínuo por horas mesmo após o pôr do sol. E eu juro, Yuuji Itadori, que se você aparecer novamente implorando por mim, eu não vou ceder. Não vou ceder por que eu não te amo.
"Porra, amor. Não faz assim, não rebola desse jeito em cima de mim..."
Maldito, eu estou com raiva. Raiva por que você não me deixa ir, raiva por que eu não quero ir. Raiva do seus olhos que sempre me levam a traçar um caminho até sua maldita boca. Raiva de mim, de me sujeitar a isso.
Não, não podemos ser amigos, não vou me sujeitar a continuar sendo associado ao seu nome. Eu quero fugir dessa conchinha confortável nessa cama de solteiro. Mas ao mesmo tempo é tão bom ficar...
Esperarei pelo seu amor.