Brownie

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— Fala aí mainha! — Maranhão se aproximou da área da cozinha, havia acabado de chegar.

— Oi meu filho. — A negra cumprimentou limpando as mãos na toalha pendurada no ombro e se aproximando para cumprimentá-lo com um beijo e abraço. — O que tu trouxeste? — Indicou o pote nas mãos dele.

O moreno sorriu de canto.

— Trouxe brownie pra galera.

A mulher torceu a cara, já conhecendo o outro.

— Tá batizado não tá?

— Cê me conhece mainha. — MA riu e se afastou depositando o vasilhame junto das outras coisas.

Não valia a pena brigar com ele agora que já estava feito e naquele contexto de festa ainda.... Fora que já havia tentado fazê-lo parar e não deu certo. Bahia revirou os olhos, quem não quisesse era só não comer, aqueles brownies já eram famosos e todos conheciam seus efeitos.


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— Meu, eu vou ali pegar mais. — São Paulo se levantou e sacudiu a garrafa vazia de sua bebida. — Cê quer?

Paraná sorriu de canto.

— Viemos aqui pra isso neh. — Também se levantou. — Eu vou junto daí.

Os dois rumaram para o bar. Pararam na porta observando que Matin e Rio Grande do Sul ocupavam o local. Pareciam revirar todas as garrafas que encontravam, lendo os rótulos e colocando-as em cima do balcão para que pudessem ver todas ao mesmo tempo. O menor revirou os olhos.

— É claro que tinha que ser ele a atrapalhar neh!

— Vamos esperar um pouco, parece que eles estão acabando. — São Paulo sugeriu.

— Uma ova que eu vou esperar aquela fuça feia acabar de bagunçar tudo.

O álcool já havia o desinibido um pouco. Se aproximou petulante do gaúcho, sendo seguido pelo paulista. Cutucou-o agressivo no ombro.

— Com licença! — Anunciou alto, num tom de voz que parecia mais exigir do que pedir algo, chamando atenção dos dois maiores.

O barbudo se virou já irritado, reconhecera a voz e sua inconfundível atitude.

— O que tu quer boiola? — Respondeu agressivo.

— O bar não é teu pra tu fazer essa bagunça. — Acusou apontando para as garrafas desorganizadas. — E eu vim pegar mais bebida pra mim.

— Vai encher o saco de outro que hoje eu não quero ver a tua cara.

— Nem eu a tua! Mas aqui estamos! Tu empatando o caminho dos outros como deve fazer a vida inteira.

— Olha aqui filho da puta- — Começou a ameaçar quando sentiu a mão de Matin no ombro.

— Nois já tá di saída Paraná, preocupa não.

O loiro moveu o braço agressivo, fazendo o do cabelo comprido tirar a mão de si. Agarrou uma garrafa de licor ainda lacrada e saiu quase atropelando o menor.

— Sai da frente idiota. — Falou por cima do ombro. — Some da minha vista enquanto eu tô calmo.

Se afastou sendo seguido de perto pelo centro-oestino, que não se importava minimamente de deixar tudo bagunçado no bar.


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— Que foi Matinha? Tu tá esperando alguém?

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