Introdução

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   Mais uma tarde em que Eliza admirava a morena. Sophie estava no enorme jardim brincando com Aurora, sua irmã casula de apenas três aninhos.

  Eliza admirava cada traço do rosto de Sophie, mas focava, principalmente, em seu sorriso. Ah... aquele sorriso... Eliza sentia seu coração aquecer a cada vez que o via.

  A rainha já sabia exatamente dos seus sentimentos pela morena. Mas não deixava de se culpar, afinal, a garota era noiva de seu filho. Além de que ela própria já era casada a anos. 

  E o pior era o fato de que sua paixão era por uma mulher. Não que isso fosse um problema para a loira, mas era para o resto da população do reino. 

  A rainha já havia, infelizmente, presenciado diversas sessões do que eles acreditavam ser a "cura gay". Homens e mulheres sendo torturados apenas por amarem. Mas, infelizmente, de novo, para muitos, aquelas eram só pessoas pervertidas.

  A rainha nunca entendeu o porquê de tudo isso simplesmente pelas pessoas amarem, mas sempre se manteve calada sobre, já que sabia como sua fala não mudaria em nada o que acontecia.
                              
                                       oOo

  No início da noite, quando o céu já estava escuro, porém cheio de estrelas. Sophie estava com Aurora adormecida em seu colo enquanto observava o céu pela janela. 

  A garotinha era a cópia da irmã mais velha. Olhos verdes como a grama, cabelos escuros com a noite. 

  Eliza, vendo a cena enquanto passava no corredor, resolveu se aproximar.

Silenciosamente, chegou atrás de morena, colocou sua mão na cintura da mais nova e sua outra mão nas costas de Aurora.

  Sophie não se assustou, reconheceu o cheiro da rainha assim que ela adentrou o quarto.

  A morena sentiu seu corpo arrepiar, o coração acelerar e, ao que parecia, milhares de borboletas em seu estômago. 

  Eliza não estava diferente, se sentindo bem ao lado da garota, como nunca havia se sentido com qualquer outra pessoa, nem com seu próprio marido.

  Quando Eliza deixou um beijo no ombro de Sophie, a morena começou a se questionar o que havia feito e os acontecimentos até aquele momento. O noivado com Philipe, a morte de sua mãe, a paixão que cada fez crescia mais por Eliza.

  Será que ela era uma pessoa tão ruim?

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