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- a rua escura -

     Totalmente cansada do trabalho, meus passos eram lentos e desanimados, meu relógio marcava uma da manhã. Eu não estava acostumada a sair essa hora do trabalho, mas hoje tive que ser liberada em um horário diferente. Meus olhos estavam pesados, e meu braço gelado por causa do frio, meus cabelos pretos balançavam com o vento.
      
- Não vou chegar nem tão cedo em casa. - disse desanimada a mim mesma.

Decido fazer um  caminho diferente, era uma atalho, o qual eu nunca tinha feito. O caminho de rotina até a minha casa era mais iluminado, e mais seguro em minha opinião, e não era muito deserto. Eu estou morrendo de sono, não vou me dar o luxo de ir por um caminho mais longo.

Oque eu faço? - eu disse novamente a mim mesma, parada no meio da rua, escolhendo entre um beco onde eu chegaria a minha casa mais rápido, ou o caminho de sempre, porém  seguro.

Meus pés não excitaram, eu entrei no beco escuro, logo dando um frio na barriga, a visão é  meio dificultosa, por causa da falta de iluminação. Meus passos ficam mais rápidos, afim de chegar ao meu destino.
  Eu não avistava ninguém, e o silêncio era absoluto, o frio continuava. Com fome, eu pego um biscoito em minha bolsa, o clima estava pesado junto com uma sensação ruim.

-Socorro! - um grito desconhecido tomou conta da minha atenção.

Eu paro no meio da rua afim de observar quem havia gritado, e aonde estava.

A pessoa grita novamente.

Eu escuto o grito novamente e me aproximo do local, eu paro do lado de um Motel, em um outro beco. Havia muitas luzes vermelhas.

-Ah, o grito veio do Motel. - eu dei uma risada decepcionada.

Eu continuo o andar, mas quando passo do lado do beco mencionado, um salto branco me atinge.

Que merda é essa? - eu disse um pouco nervosa. - que brincadeira de mal gosto.. - eu disse baixo.

eu não conseguia enxergar nada, a luz vermelha doía meus olhos.

Me ajude.. - uma menina disse se rastejando para fora do beco do Motel.

Ela estava com a mão cheia de sangue, havia sido esfaqueada na barriga.

Não se mecha. - eu me aproximei dela a ajudando a conter o sangue.

Ela estava desesperada, dava para ver em seus olhos, e claramente eu também estava.

Oque aconteceu?? - eu ainda a ajuda a conter o sangue, e também procurava meu celular.

Ela tinha dificuldade para falar, e gemia de dor.

- um.... cara... - ela disse com muita dificuldade. - foi um homem...

Eu a ajudei a encostar na parede.

Um homem? - eu disse desbloqueando meu celular para ligar para a polícia. - fique calma.

Eu estava totalmente traumatizada, o sangue estava por toda a parte, a rua vazia e fria.

A menina apontou para trás de mim com dificuldade, eu rapidamente me virei, vendo um homem vindo em minha direção com um machado, ele estava ofegante e seu braço totalmente fechado em tatuagens.

     Com um frio na barriga eu me distanciei me arrastando. Eu estava com muito medo, mas tentava não demostrar.

-Socorro! -eu gritava, totalmente desesperada, minha pele estava arrepiada e minha respiração rápida.

-fique calma. - o homem largou o machado

A menina já havia desmaiado. O homem estava com um boné e uma máscara, eu segurava meu celular tremendo . Minhas forças estavam desaparecendo.

Seu canalha! -eu disse chutando seu membro

O homem  e caiu em meu lado, gemendo de dor, sem perder tempo eu levantei e comecei a correr.
    De repente, o sono havia ido embora, e oque me restava era medo, desespero e frio, como sempre.

Puta merda. - eu vi o homem correndo muito rápido em minha direção.

Meus passos foram acelerados, junto com o meu desespero. Eu chorava e tentava não parar de correr, mas, cada vez, ele parecia estar mais perto.
    Eu não parei nem um segundo, o homem corria rápido, e eu estava totalmente perdida nos pensamentos doque poderia acontecer se ele me pegasse.
      Minhas pernas ficam fracas, fazendo eu cair no chão, o homem parou de correr e veio andando devagar em minha direção, eu escutava seus risos, ele estava debochando?

-Achou mesmo que ia escapar,mocinha? - ele disse andando meu minha direção. - não vou fazer nada com você, não quer entender a situação?

Eu ri para não demonstrar mais medo.

- Acha mesmo que eu vou ficar parada? - eu ainda vi uma possibilidade de levantar e correr.

Sabendo que dessa vez seria mais arriscado, ele estava longe de mim, ao mesmo tempo, perto de mais. Com sua corrida rápida, facilmente ele me alcançaria, mas não vou me render a ficar parada no chão.
  
Eu levantei e corri o mais rápido  possível.

As lágrimas escorriam pelo meu rosto, nesse momento eu avisto um estacionamento, sem perder tempo eu entro lá.

the dark of your eyes • JEON JUNGKOOK •  Onde histórias criam vida. Descubra agora