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“Eu também te amo, Hyunjin", essa frase ecoava na mente de Hyunjin constantemente. Inúmeras vezes ele encontrou-se dirigindo em direção à casa de Minho, apenas para desviar o caminho no último momento. Ele estava plenamente ciente de seus erros; sabia que amava Minho profundamente, mas havia escolhido a rota prática naquela encruzilhada de sua vida. Reconhecia que não estava sendo um bom parceiro, que sua atenção e dedicação estavam distantes.

Impulsionado pela ganância e pela luxúria das novas oportunidades e festas que o seu emprego recente lhe proporcionava, Hyunjin descartou um relacionamento de dois anos. Ele havia convencido a si mesmo de que, naquele momento de sua vida, não havia espaço para Minho, nem para o compromisso que um relacionamento exigia.

A última vez que viu Minho foi um dia marcado por uma despedida dolorosa. Desde então, Hyunjin sentia-se como se estivesse incompleto, faltando uma parte essencial de sua própria essência. Ao retornar para o vazio de seu apartamento, o peso de suas escolhas o atingiu com força total. A imagem de Minho chorando, a dor visível em seu rosto, era uma lembrança que o torturava incessantemente. Hyunjin detestava-se por ter causado tanta dor à pessoa que ele mais amava no mundo. A culpa e o remorso consumiam seus pensamentos, deixando-o num estado de tristeza e arrependimento profundos.

Apesar de toda aquela confusão interna, Hyunjin sentia que terminar o relacionamento tinha sido o passo certo naquele momento. Ele estava confuso, incapaz de se dedicar como deveria, portanto, acreditava ter feito a escolha correta ao se afastar.

Conforme os meses se transformaram em um ano, a vida de cada um seguiu rumos diferentes. Hyunjin não tinha mais contato com Minho, nem recebia notícias suas, mesmo através dos amigos em comum, que optaram por não se envolver na situação delicada, uma escolha pela qual Hyunjin secretamente era grato.

Ele continuou sua rotina de trabalho no mesmo emprego, aproveitando os finais de semana para sair e divertir-se. Planejou e realizou uma viagem que sempre quis fazer, buscando nas novas experiências algo que preenchesse o vazio que sentia. Experimentou tudo aquilo que não tivera oportunidade quando mais jovem, mas, apesar de toda a liberdade e aventura, uma sensação de felicidade plena continuava a lhe escapar.

Um ano após o término, mais sereno, Hyunjin finalmente admitiu para si mesmo que nada do que havia vivido compensava a perda de Minho. O arrependimento começou a se instalar, uma tristeza morna que ele estava apenas começando a aceitar.

Numa tarde qualquer, enquanto esperava o sinal fechar, absorto em seus pensamentos e entediado com a rotina, Hyunjin observava a paisagem ao seu redor. O balançar suave das árvores ao vento chamava sua atenção quando uma lufada de ar frio trouxe consigo um perfume distinto — uma fragrância que ele reconheceria em qualquer lugar, um cheiro de baunilha que Minho sempre usava. Esse cheiro transportou Hyunjin instantaneamente de volta ao dia em que conheceu Minho. 

— Droga, maldito portão que nunca abre direito — murmurou Minho, claramente estressado enquanto lutava para abrir o portão enferrujado, equilibrando várias sacolas pesadas de mercado.

— Quer ajuda? — Hyunjin não pôde conter um sorriso ao ver a confusão do outro e se aproximou para ajudar. Com um movimento rápido, ele conseguiu destravar o portão. — Prontinho.

— Obrigado — disse Minho, aliviado, sentindo suas bochechas esquentarem um pouco de embaraço.

Hyunjin permaneceu por um momento observando o loiro. Minho ficava particularmente adorável quando estava envergonhado. Era uma noite típica de outono, o clima estava fresco e agradável. Um vento frio passou por eles, carregando o perfume suave de baunilha que emanava de Minho. Hyunjin inspirou profundamente, deixando-se envolver pela fragrância que imediatamente gostou.

para todo sempre - hyunho Onde histórias criam vida. Descubra agora