13. Um amor para superar

28 5 6
                                    

Meghan

       Agonia, ardência na garganta e dor no corpo. Isso era o que eu sentia. Sentia meu estômago embrulhar e uma vontade de vomitar. Mas eu não podia. Não conseguia raciocinar direito. Estava desacordada. Meu sangue parece estar congelado nas veias. Eu estava sufocando. Mas não tinha forças para abrir os olhos e pedir ajuda. Caio em escuridão pela milésima vez.

★★★

       Bip...

       Bip...

       Bip...

       Ouço um barulho irritante de alguma coisa apitando lentamente. Isso irrita meus ouvidos sensíveis. Sinto um leve jato de ar no meu nariz. Sinto algo percorrer minhas veias. Abro meus olhos. Uma luz forte quase me cega. Ouço vozes ao longe.

       — Ela está acordando.

       Tenho dificuldade para reconhecer.

       — Como ela está, Nicolae? Meghan?... Meghan, consegue me ouvir?

       — Drogo, acalme-se! Ela já está bem.

       — Argh... Luz, a luz... — falo com dificuldade.

       — O quê? — alguém pergunta.

       — A luz... forte... Não consigo... — minha garganta está muito seca. Quase não consigo falar.

       — Vou fechar as cortinas.

       É a última coisa que escuto antes de fechar os olhos de novo e cair em sono profundo novamente.

★★★

       A agonia passou. A dor parou. Consigo sentir cada canto do meu corpo.

       Enfim, abro meus olhos. Vejo o teto. Está escuro. Agradável aos meus olhos. Não ouço mais o som irritante apitando. Tento me mexer, mas sinto um peso em cima de mim. Vejo uma cabeleira loira. Está pousada sobre mim. Ergo minha mão para tocá-la. Era macio e sedoso. Levanta e revela-se o rosto. Drogo me olha com cara de cansado. Há olheiras abaixo dos seus olhos. Engraçado ver um vampiro assim. Ele dá um sorriso fraco.

       — Oi, Docinho. Como está se sentindo?

       Segura a minha mão e toca o meu rosto. Medindo minha temperatura. Por que ele está fazendo isso?

       — Estou bem... eu acho — falo baixo.

       Minha garganta ainda não está totalmente recuperada.

       — Vou chamar Nicolae.

       Tento levantar.

       — Ei, ei. Calma! O pior já passou. Fica deitada. Já volto.

       Ele sai. Olho ao redor. Parece um hospital. Tem equipamentos médicos como, monitor cardíaco, maca, aparelhos de raios-x. Uma mesinha com pinças, seringas, bisturi, tesouras. Eles me trouxeram para um hospital? Mas os humanos não suspeitariam?

       Nicolae entra na sala com Drogo, Peter e Lorie. As luzes se ascendem. Mas me adapto rápido. Nicolae começa a me examinar.

       — O que está sentindo? — fico o encarando. — Consegue falar? — faço que sim com a cabeça. Lembrei do que fiz. Estou envergonhada e constrangida, por ter feito eles passarem por tudo isso. — Está tudo bem, Meghan. Nós faríamos tudo de novo. Não deixaríamos você sofrer. Mas lhe digo, não faça mais isso. Nos deixou realmente preocupados. Principalmente Drogo.

Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora