A Imperatriz de Astaroth

✨Capítulo 8: Desejo e Perdição✨

Não tenho vergonha de assumir que estava mesmo atrás dele quando fui flagrada no corredor. Passo as últimas horas tentando me manter calma dentro do quarto, mas muitas coisas rondavam a minha mente e eu precisava entender o que o Astaroth quis dizer quando comentou que era o único capaz de aplacar a queimação que eu sentia justamente quando eu sempre estou perto mim.

Acabo procurando pela Emmeline e pela Kyria, e numa rápida conversa, ela disse claro que não se sentia da mesma forma, ou seja, sua marca não estava se transformando em brasas de uma hora para outra, então o problema era apenas eu.

Ter a certeza disso me deixa muito disposta a perambular toda a porcaria daquele palácio para satisfazer minha curiosidade. Fui criada para ser uma das concubinas e ser a possível escolhida para ser a imperatriz do Submundo, mas eu nunca soube nada a respeito do que aconteceria exatamente caso eu perdesse a virgindade com outro homem.

Me sinto confiante de ter vindo novamente aqui no quarto dele, pois mesmo que ele me ameaçasse, eu insistiria até conseguir o que eu queria. E então, tive a resposta quando ele aparece atrás de mim, me deixando arrepiada. O demônio possuía uma presença tão poderosa que dava a impressão de capturar todo o oxigênio do local que ocupava.

Cada segundo diante dele parece uma eternidade, porque tudo ao meu redor sempre se tornava medíocre e insignificante quando seu olhar se fixava sobre mim. Me pergunto se era uma sensação exclusivamente minha ou qualquer pessoa sentiria a mesma coisa se encarasse o Imperador do Submundo tão de perto, no sentido mais literal de todos.

Não sei dizer com tanta propriedade, mas de uma coisa eu tinha certeza: meu corpo devia ser o único que esquentava e ardia em pontos estratégicos por causa da maldita marca. E cada segundo que eu passava diante da figura imponente, mais me percebia excitada.

Tinha que ter algo de muito errado acontecendo comigo, pois eu não era assim. Eu não era uma pessoa que levava uma vida promíscua ou pensava em sexo toda hora. Sequer possuía detalhes vívidos da minha primeira vez e Andrew tinha sido o único homem que vi pelado. Eu era uma escolhida, não tinha o direito nem a liberdade de conhecer outros garotos, ser livre como as minhas irmãs e minha melhor amiga Ágata e decidir o que fazer da minha própria vida.

Astaroth: Venha até mim.

Ali está o Astaroth me chamando, e eu estava sentada na beira da cama que eu nem sabia se já tinha sido usada um dia, considerando que um minuto atrás, meu corpo estava flutuando num espaço vazio e escuro sem gravidade.

Engulo em seco e dou um passo à frente. Talvez em outra situação eu pude sentir o frio abraçar meu corpo por estar totalmente nua, mas naquele momento, só conseguia sentir o calor que a minha marca fazia preencher cada partícula minha. Também sinto minha intimidade pulsar de um jeito diferente, como eu não tinha sentido nem mesmo com o Andrew, mas que se intensificava à medida que o Astaroth mantinha os olhos sobre meu corpo.

Ele era sobrenatural, então eu tinha certeza de que podia ouvir meus batimentos cardíacos acelerados além do normal. No entanto, ele não disse nada, apenas fez um corte na palma da sua mão e deixa que seu sangue escorresse para fora da ferida.

Seus olhos se erguem até ele me olhar com seriedade e uma de suas mãos toca minha cintura, com os dedos longos se fechando ao redor da minha carne, ele me puxa para mais perto.

Astaroth: Meu sangue dará a você algumas horas de tranquilidade.

Ele fala e desliza a palma cortada pelas minhas costas e depois passa em cima dos meus seios.

Astaroth: Não se limpe depois, deixe que seque em sua pele.

Fecho meus olhos para apreciar melhor o alívio que recebo, pois o ardor ao redor das minhas costas e dos meus seios começam a refrescar tão logo o Astaroth me tocou. A sua mão desliza pela minha barriga, espalhando a mesma sensação boa e calmante pela minha pele, até que ele pousa sua mão na minha virilha.