☆ Prólogo

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A Tailândia é uma terra budista...

*Toc, Toc*

Yai Phong se ergueu do travesseiro, esfregou o rosto e respirou fundo para despertar seu corpo. Ele estendeu a mão para pegar o celular e conferiu as horas. Viu o relógio marcando cinco e vinte e ainda não estava dolorido, apenas viu a palavra "Sábado" abaixo dos números.

*Toc, Toc, Toc, Toc, Toc, Toc*

"Mãeeeeeee!"

"Você já pode acordar, Yai!" A voz de sua mãe veio da porta, seguida por batidas ritmadas, tão comuns.

"Hoje é sábado, Yai, não dá para dormir!" Por que ele precisavam acordar tão cedo, mesmo antes do amanhecer! "Hoje é dia de fazer oferendas aos monges."

"Convoca o pai também!" Respondeu, antes de esconder a cabeça de volta sob o travesseiro.

"Todos devem se levantar agora. Vamos lá!"

"Mãe, Yai dormiu tarde ontem à noite." Ele mal dormiu algumas horas. "Piyu e Yoyo já estão acordados."

Sério?! Yoyo era o único que o fazia dormir tão tarde.

"Não seja preguiçoso. Yoyo convidou você para jogar até tarde, agora você deve se levantar."

"Se não acredita, venha ver. Eles estão ajudando a preparar lá embaixo. Você é o único que falta."

"Eu só quero dormir, não quero acordar agora!" A mãe resmungou, batendo na porta mais duas vezes. "Se não quiser acordar, não precisa tomar café da manhã hoje."

"Mãe!"

Os batidos na porta cessaram junto com o som dos passos lentos dela se afastando. Yai exalou um suspiro forte, batendo os braços e as pernas contra a cama, frustrado. Ele se levantou e começou a se arrumar.

Por que preciso acordar tão cedo em um dia de folga como esse?!

Mas havia vantagens em levantar cedo para fazer oferendas aos monges. Uma das coisas que mais impressionava Yai era que, em uma manhã como essa, a mesa estaria repleta de comida deliciosa. Yai sorriu ao ver o caldo de galinha fumegante, uma tigela grande de lula picante, peixe atum salgado, camarão frito com alho, omelete de caranguejo, salada de gelatina de porco e muitas outras iguarias tailandesas. Isso provava que viver em um país budista como a Tailândia não era tão ruim assim.

A culinária da mãe era simplesmente espetacular!

"Então, Yai e Yoyo já decidiram em qual faculdade vão entrar?" O pai perguntou durante o café da manhã.

"Eu escolhi comunicação de massa, pai." Seu amigo de infância que morava ao lado desde o jardim de infância respondeu. "Conversei com Yai ontem à noite e ele disse que provavelmente saberia de manhã."

O mais alto dos presentes do lado esquerdo de Yoyo riu suavemente. "Como ele saberia de manhã? Ele te disse especificamente quando saberia?"

Yai franziu a testa, cutucando a pessoa que não estava interessada. "Você não tem nada a ver com isso." Este sempre gostava de provocar, provocando-o desde a infância. Toda vez que olhava para ele, parecia que tinha um aviso colado na testa, dizendo 'Não se aproxime, grude no meio do rosto'.

"Eu conversei com Yoyo."

"E eu também conversei com Yoyo."

"Mas a frase anterior tinha o nome dele." O outro sorriu maliciosamente, piscando de forma irritante. Ele teria que morder o lábio para não explodir de frustração.

"Você está brigando com ele de novo", disse a mãe, usando o dedo para bater na testa do menor. Por que ela agia assim? Como ela conseguia se voltar contra um rival? Ele era o filho mais novo da casa!

"Eu vi, mãe. Yoyo disse primeiro para Yai."

"Onde ele disse isso? Ele só estava brincando."

Yai fechou a boca com raiva. Às vezes, ele queria perguntar se realmente era quem era.

O que estava acontecendo com Yai e Yoyo? Ambos amam e se apoiam um ao outro. Esse cara estava reclamando ali "Mãaae!"

"Vocês dois são bons em brigar."

Espere, você ouviu algo?

Oh... o som dele derrubando a lata por conta própria.

"E então, já decidiram em qual faculdade vão entrar?" O pai mudou de assunto antes que pudessem ir mais longe. Melhor se concentrar na comida deliciosa do que no irritante que estava enchendo o saco.

"Engenharia, pai."

Yoyo levantou as sobrancelhas. "Você não gosta de matemática, por que engenharia?"

"Uh, eu acho que sou bom nisso."

"Por que você está fazendo algo que não gosta? Não é melhor escolher o que você gosta?" Mais uma vez, uma discussão.

"Como você saberia que eu não gosto de engenharia?" O menor revidou antes que Yoyo pudesse escapar. "Você nunca me disse que não gosta."

"Viu, ele odeia matemática. Toda vez que tem dever de casa de matemática, ele fica agitado."

"Mas ele consegue fazer."

"Ser capaz de fazer e gostar de fazer não são a mesma coisa", Yoyo disse, servindo-se de lula em seu próprio prato. O menor ficou quieto. Ele realmente não gostava de como Yoyo sorria com superioridade. Porém, Yoyo sempre parecia entender tudo tão bem. Especialmente sobre ele...

"Mas então, como é que é, 'escolhi engenharia' não é nada para você?"

"Engenharia é boa, depois de escolher, é só se dedicar aos livros."

"Aqui está, ele é o mais fofo do mundo. 'Pode entrar.'"

"Sim, pai," Ai sorriu amplamente, garantindo que não decepcionaria seu pai. Na noite passada, ele sonhou que estava estudando na faculdade de engenharia na mesma universidade que Yu.

Fazem dezessete anos, e o sonho que vem na última noite do sexto e do décimo segundo mês de cada ano nunca falhou. Tudo o que ele viu no sonho se tornou realidade, sem dúvida alguma. Então, é só esperar e ver...

Eu te-vi em meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora