único

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Kim Mingyu era especialmente manhoso quando estava acordando.

Enquanto Wonwoo já estava acordado há bons minutos, cheirando os fios macios de seu namorado deitado em cima do seu braço, o mais novo ainda estava processando os primeiros raios de sol que atingiam seus olhos.

Era sempre bom acordar assim. Atrelado nos ombros do seu amor.

O problema foi Mingyu achar que Wonwoo ainda não havia acordado por completo.

Dormir de conchinha tinha suas vantagens, afinal.

O primeiro movimento que Wonwoo percebeu foi quando Mingyu arqueou seu quadril, juntando seus corpos ainda mais. Segurou-se para não soltar uma risadinha nasal com a ação sorrateira do Kim, mas já havia se acostumado com esse tipo de coisa. Bastava segundos acordado e sentindo o abraço do namorado que Mingyu já começava os trabalhos.

Mingyu sempre fora assim. Quando acordava, ainda sonolento e dengoso, ele chegava de mansinho com seu calor de quem acabou de despertar, escorava as costas no abdômen de Wonwoo e esperava que o namorado acordasse com os movimentos maliciosos. E quando nada do que fazia surtia efeito e seu namorado permanecia dormindo, ele se tocava silenciosamente pensando no que poderia ter feito com o homem logo atrás de si.

(E às vezes, Wonwoo gostava de fingir ainda estar dormindo só pra ouvir Mingyu contendo seus gemidos e se levantando devagar para se lavar. E nessas vezes, Wonwoo alcançava as mãos até onde Mingyu residia, sentindo os lençóis quentinhos e úmidos. Quando Mingyu voltava, ele fingia ter acabado de acordar, porque era mais fácil só guardar isso tudo pra si e satisfazer seu namorado mais tarde depois de só um gole de chope de vinho.)

Mas daquela vez, ele não iria deixar passar.

Por isso, quando Mingyu roçou no seu pau já duro outra vez, ele fez questão de fincar seus dedos na cintura do Kim, ouvindo um breve sobressalto saindo dos seus lábios entreabertos. Poucas coisas no mundo eram tão deleitáveis quanto Kim Mingyu arfando de surpresa e prazer, e Jeon Wonwoo sabia apreciar uma bela obra de arte.

Não precisou de dois segundos até Wonwoo usar o braço que servia de travesseiro no pescoço de Mingyu para prender seus ombros e tampar a sua boca. O outro braço permanecia na cintura, dessa vez esgueirando debaixo da regata que o Kim usava, os dedos gelados sentindo a pele macia de Mingyu se arrepiando incessantemente.

Wonwoo então cravou os dentes no pescoço exposto do namorado, pegando impulso com o próprio cotovelo para se equilibrar. Mingyu empinou o quadril ainda mais, ofegando na mão direita do namorado, e o Jeon aproveitava o contato para encaixar o pau na bunda do Kim. O encaixe perfeito, ele diria.

Wonwoo entrou passou a lamber e mordiscar o pescoço e os ombros de Mingyu, controlando o quadril dele enquanto apalpava o comprimento alheio que já estava duro também. Cada chupão era acompanhado de de uma fisgada no seu membro que esbarrava com a bunda de Mingyu. O mais novo respirava aturdido, surpreso com a astúcia do próprio namorado, já que geralmente ele precisava conquistar um Wonwoo inebriado pelo sono antes de conseguir qualquer intimidade com ele.

Só que dessa vez, Mingyu agradeceu a rapidez do Jeon.

O mais velho não aguentou um minuto naquela posição, sentindo sua cueca cada vez mais apertada e insuportável de lidar. Precisava sentir Mingyu, só isso. O tocar e senti-lo tremendo embaixo de si.

Retirou a mão de sua boca, usando o braço livre para virar Mingyu de costas, colocando-o de bruços por completo. Ouviu um leve protesto engasgado e rouco saindo de seu namorado quando perdeu o contato com sua pélvis, mas que logo virou um murmurinho de prazer quando Wonwoo retirou sua regata e beijou bem o meio de sua coluna. O Jeon então afastou as pernas de Mingyu, colocando-se entre as duas, e abaixou-se até o nível do ouvido do mais novo, que por sinal havia enterrado o próprio rosto nos travesseiros. Wonwoo deixou uma mordida molhada no lóbulo da orelha visível e recebeu em resposta, mais uma vez, Mingyu esfregando o traseiro em seu membro.

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