Need You Now [h.s.]

Capítulo 27

- Bella POV -

Estou tão confusa. Esta história toda está a dar comigo em doida. É completa e totalmente impossível a minha irmã, Claire Eva Edwards, estar viva. Só um tolo acreditaria nisso.

Então és tola porque lá bem no fundo, até tens esperança que ela esteja mesmo viva!

E a minha mente, como sempre, não me deixa em paz. Mas não posso dizer que no fundo, não esteja feliz com o facto de que a minha irmã afinal pode estar viva...apesar de tudo, é a minha irmã e não posso evitar não ter esperanças acerca disso.

São 10h da manhã de um sábado, estou deitada na minha cama e estou sozinha em casa. Os meus pais decidiram tirar o fim de semana para fazerem uma espécie de 'lua de mel' e foram ao País de Gales. Neste momento, queria tudo menos ficar sozinha, mas eles não sabem de nada e não iria fazê-los ficar quando eles só queriam estar um pouco sozinhos depois de uma temporada tão agitada na vida deles.

Eu e Harry continuamos chateados, ou melhor, eu continuo chateada com ele. Todos os dias ele liga-me de manhã e antes de ir dormir e manda-me mensagens o dia inteiro. Mas por causa do meu estúpido orgulho, não lhe atendo ou respondo às mensagens.

Levanto-me da cama - sem vontade, mas tem que ser - e vou diretamente à cozinha beber café. Pego na minha caneca preferida de todos os tempos, que é branca mas tem vários gatinhos estampados de cores variadas.

Caminho até à sala e ligo a televisão, sentando-me no meu sofá a beber café na minha caneca de gatinhos. Na televisão passa o programa 'Castle' que consiste num escritor de ficção e mistério - chamado Richard Castle - que ajuda a Detetive Kate Beckett e os Detetives Javier Esposito e Kevin Ryan a resolver vários casos de homicídios ocorridos em Nova Iorque.

Quando Castle e Beckett estavam prestes a prender o verdadeiro assassino do homicídio, a minha campainha toca, para minha infelicidade.

Será que nem às 10h da manhã se pode ver Castle em paz? Não têm palha na cama?

Assim que me levanto e espreito pelo olho mágico da porta, penso duas vezes se devo ou não abrir.

O que é que esta está aqui a fazer? Ainda tem a lata de me aparecer à frente?

"Bella, eu sei que estás aí dentro" disse a voz feminina do lado de fora "Abre a porta, por favor. É importante"

Suspiro e contra a minha vontade, eu abro a porta, revelando uma Adrianna com um olhar cansado e grandes manchas negras debaixo dos seus olhos. Parecia estar a recuperar de uma ressaca, tirando o facto de que cheirava demasiado a tabaco e a álcool.

"O que queres?" pergunto, friamente.

"Posso entrar?" pergunta, reticente.

"Tira o casaco primeiro e deixa-o aí fora. Não quero que a minha casa fique a cheirar a tabaco"

Ela assente, tira o casaco, deixa-o na cadeira que há perto da porta e entra, fechando a porta de seguida.

"Vamos para a sala?" pergunta. Estávamos no hall de entrada.

"Não, conversamos aqui" digo "O que é que é assim tão importante que tens para falar comigo?" os meus nervos estavam ao rubro, mas tentei ao máximo ter uma conversa civilizada com Adrianna, sem gritos nem insultos.

"Os teus pais estão cá?" pergunta.

"Não, eles foram passar o fim de semana fora" suspiro "Diz logo o que queres, vai direta ao assunto"

"Eu sei que isto vai parecer de loucos e que é totalmente impossível, mas eu vi-a"

"Viste quem?" pergunto, sentindo a minha paciência a esgotar-se.