Designados pelos deuses. (Lucemond)

Capítulo Único.

Obs.: Ômegas nas minhas fanfics são intersexo caso sejam do sexo masculino, assim como alfas caso sejam do sexo feminino.

***

Lucerys se aproxima com o irmão da pequena multidão que se formou envolta de duas pessoas treinando, Jacaerys o guia até mais a frente e eles observam.

Lucerys não demora a identificar quem são as duas pessoas, Sir Criston é fácil já que Lucerys lembra dele de sua infância, e apesar de fazer bastante tempo que não vê seu tio Aemond, seu tapa olho o denuncia.

Lucerys fica impressionado com o quanto seu tio mudou. Ele é claramente um alfa. Alto, forte e incrivelmente habilidoso com a espada. Lucerys sente seu corpo esquentar.

Quando Aemond consegue vencer Sir Criston, todos o aplaudem. Criston o parabeniza e Aemond debocha de sua proposta sobre torneios, então ele direciona seu olho para Jacaerys e Lucerys.

— Sobrinhos, vieram treinar?

Lucerys sente uma vontade inexplicável de ir até Aemond. Ele não entende porque, se aproximar seria aceitar o desafio de seu tio e Lucerys tem total consciência que não é tão bom quanto Aemond.

Para sua sorte os portões são abertos e todos desviam a atenção para a carruagem de Vaemond Velaryon, Lucerys suspira aliviado. Ele sabe que Vaemond está ali para tomar sua herança, mas naquele momento Lucerys está grato pela distração. E ele nem sabe o porquê.

*

Enquanto Vaemond fala, Lucerys sabe que não deveria estar distraído olhando para seu tio Aemond, mas ele não consegue se forçar a parar. Lucerys não entende porque mas sente como se um fio invisível o puxasse em direção a Aemond, algo nele anseia para estar perto do alfa.

A herança de Lucerys está em jogo e tudo que ele consegue fazer é olhar para seu tio, que pela forma como o olha de volta, Lucerys sabe que não o adora nem um pouco. Só isso deveria ser o suficiente para fazer Lucerys desviar o olhar, mas ainda não é.

Quando Rhaenyra vai a frente para defender o filho, o rei Viserys entra e mantém a herança de Lucerys. Então Vaemond o xinga de bastardo e a sua mãe de puta, a próxima coisa que Lucerys vê é metade da cabeça de Vaemond no chão.

O olhar de Lucerys é atraído para seu tio Aemond, a expressão que ele carrega é perigosa, de alguém que tem sede de sangue, desejo pela matança. Lucerys sente seu corpo arrepiar com isso e imagina que seja medo o que está sentindo. A parte que não encaixa em sua mente é a vontade que ele continua sentindo de estar perto de Aemond, Lucerys força seu corpo a ficar parado enquanto tenta não olhar mais para seu tio.

*

Lucerys estava deitado na cama dos seus antigos aposentos, ele ainda pensava no que ocorreu a pouco tempo, como ele se sentiu inclinado a estar perto de Aemond.

Mais cedo Lucerys imaginou que fosse medo, mas descartou isso. Agora ele não faz a mínima ideia do que está sentindo.

Lucerys fecha os olhos suspirando para tentar relaxar sua mente e enfim entender o que está acontecendo com seu corpo. A primeira imagem que aparece em sua mente é a de seu tio Aemond lutando contra Criston e o derrotando. A segunda é a expressão que seu tio fez ao ver a cabeça decepada de Vaemond no chão, a sede de sangue em seu olho, o desejo.

Lucerys se contorce e franze a testa ao sentir lubrificação escorrendo de sua entrada. Ele se toca para ter certeza de que não está imaginando coisas, quando vê que está realmente vazando, Lucerys abre os olhos compreendendo o que tem de errado consigo.

Na verdade, não há nada de errado.

Seu corpo apenas estava reagindo desde cedo a presença de seu alfa designado pelos deuses. Lucerys entende agora o que vinha sentindo desde cedo, era desejo. Lucerys quer Aemond, precisa dele.