Adivinha quem veio para o jantar

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                                  Samantha - 11 anos de idade 

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Samantha - 11 anos de idade 

Meu corpo estava cansado ,minha visão turva e eu sentia as gotas de suor presas aos cabelos na minha testa por conta da franja que eu usava ,eu estava escondida na mata ,fazia dois dias que eu não dormia e muito menos me alimentava ,meu coração estava disparado e eu queria a todo momento voltar para casa ,relâmpagos no céu indicavam a chuva que ameaçava cair ,eu não gostava de trovões e muito menos queria estar debaixo daquele céu quando começasse a chover ,meus passos eram calculados e eu quase não respirava ,com receio de fazer algum barulho.

Coloquei a mão em minha perna tirando minha pistola 9 mm de lá ,havia apenas uma bala no pente ,a água havia acabado e nenhum sinal de comida ,havia apenas um pequeno vidro com álcool e um isqueiro ,passei a mão no rosto e fechei os olhos respirando fundo ,alguns assobios eram escutados de longe e eu tinha medo ,medo de fracassar ,não medo de morrer ,pois morre não seria pior do que enfrentar  a fúria de meu pai.

Continuei andando sempre atenta ao meu redor ,procurava qualquer sinal de perigo e precisava encontrar um local seguro para descansar antes de ser vencida pelo cansaço e exaustão ,depois de muito tempo ,meus pés doíam e minhas costas ardiam devido ao esforço que fiz durante o trajeto ,acabei encontrando uma caverna e não pensei duas vezes antes de caminhar até lá ,mas algo aconteceu ,pisei em um monte de folhas e acabei sendo fisgada por uma armadilha de urso que se prendeu em minha panturrilha ,coloquei a mão na boca abafando o grito que saiu dela ,minha respiração se tornou ofegante e minha visão turva.

- Não...não - repeti para mim mesma e juntando o pouco de força que me restava consegui abri a armadilha e tirar a perna de lá ,eu mancava e podia sentir minha calça grudando em minha pele devido ao sangue que se espalhava por ela dor ,muita dor ,uma sensação de queimação infernal como se eu tivesse andando sobre brasas em chamas.

Tirei o isqueiro do bolso e o ascendi tentando enxergar algo naquela caverna escura ,adentrei mais um pouco afundo para me sentir mais segura e só quando tive certeza disso pude respirar aliviada ,com muita dificuldade voltei para fora pois precisava pegar alguns galhos secos antes que chovesse para assim fazer uma fogueira e me manter quente.

Com a fogueira acesa me sentei perto dela e rasguei a calça até a altura de meus joelhos somente onde havia a ferida somente para analisar melhor ,o estrago em si não foi grande o que me deixou aliviada porém eu tinha que tratar antes que se tornasse uma infecção generalizada ,respirei fundo e de olhos fechados joguei o restante do álcool sobre a ferida aberta.

- Aaaarrgh... - gritei baixo com lágrimas nos olhos ,amarrei um pedaço de pano sobre a ferida para impedir que caísse sujeira ali - Droga - murmurei tirando do bolso o rádio comunicador ,apertei o botão e o que ouvi foi apenas um chiado vindo dele - Base ,responda ,aqui é a bebê águia ,estou com o pacote ,repito , estou com o pacote preciso de apoio ,estou em uma enrascada ,responda ! - sem sucesso ,passei a mão nos cabelos e por mais que eu tivesse preucupada em voltar para casa acabei sendo vencida pelo cansaço e dormindo.

𝐒𝐨𝐛 𝐏𝐫𝐨𝐭𝐞𝐜𝐚̃𝐨 [𝐒𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫𝐚𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora