Vai ter clichêzinho jovenzinho narol sim :)
—Natália sai da sala, passando entre a multidão em busca de Carol. Desviando entre os jovens da sala até a área da piscina, ela consegue ver a cena de Tais pulando de roupa e tudo, de mãos dadas com Lara. Por mais que esteja preocupada com Carol, aquilo lhe tira um riso ao ver as amigas tentando imitar um nado sincronizado, ou pelo menos tentando.
"Ei! Vocês viram a Carol passar por aqui?", ela pergunta um pouco gritando por conta do som ao fundo.
"Não acredito que você perdeu ela, Natália!", grita Lara, nadando até a borda da piscina e se debruçando ali, olhando para a amiga. "O que aconteceu? Vocês estavam tão lindinhas dançando lá dentro", continua, olhando para Natália com uma expressão de chateação.
"Bruno falou o que não devia... de novo", fala Natália, olhando para os pés e lembrando das palavras do irmão. "Mas enfim, preciso encontrá-la", olha pelos lados, tentando mudar de assunto.
"Tenta procurar em volta da casa, Nat!", grita Tais do outro lado da piscina, muito alegre, tentando boiar, porém sem sucesso algum. "Vem me ensinar a boiar, Lara!"
"Tô indo, calma", responde a loira, nadando de volta ao encontro da amiga, mas antes ela se vira para Natália. "Vai atrás da sua gata agora, Natália Cardoso!", fala com olhos cerrados para a amiga, mas depois abre um sorriso e dá uma piscadinha em direção à menina, para depois voltar para a sua amiga clamando por ajuda.
A música alta do ambiente fica mais ao fundo conforme Natália se afasta da casa. Ela caminha até o grande gramado em frente à casa, no qual algumas pessoas estão sentadas. Ela para e olha todo o movimento do jardim e, quando se vira, consegue ver os cabelos negros de Carol em uma das redes na lateral da casa.
Imediatamente, Natália segue em direção à morena. Chegando perto da rede, percebe que ela tem uma garrafa de vinho nas mãos enquanto balança na rede, olhando o céu daquela noite caótica.
"Finalmente te encontrei", diz Natália, mas Carol não tem coragem de olhar nos olhos dela. Aquilo corta um pouquinho o coração dela. "Posso sentar aqui com você?" pergunta em tom baixo. Carol não diz nada, apenas abre espaço na rede para ela se sentar.
Natália vê o gesto como um avanço e tenta se sentar na rede, mas não calcula direito como se sentar na rede estreita e quase senta em cima de Carol, tirando uma risada de ambas. A risada de Carol sai fácil e audível para Natália, que encara os olhos verdes agora um pouco mais escuros pela noite.
"É assim que eu quero te ver...", sussurra para a morena à sua frente, "feliz e sorridente", complementa.
Natália se aproxima mais e segura o rosto de Carol. "Me desculpe por ter feito você ouvir aquilo do Bruno, foi totalmente desnecessário", diz, olhando nos olhos de Carol.
"Você não tem culpa do irmão que tem, Natália", responde Carol, ainda olhando nos olhos dela.
O castanho escuro se encontra com o verde musgo dos olhos de Carol, e ali está , bem diante delas. Aquilo que faltava, que sempre faltou: a paz da calmaria, o silêncio do barulho. Elas.
Nesse momento, a mão de Carol tira uma mecha de cabelo do rosto da amiga, que acompanha a ação com o olhar. Elas se aproximam sincronizadas, como se lessem o pensamento uma da outra, e selam seus lábios, dessa vez em um beijo leve e delicado.
A música que tocava ao fundo parece ficar ainda mais distante, seus lábios se movem juntos lentamente, com a sincronia de quem já conhece o caminho de casa.
Mas o caminho de casa muda às vezes.
Natália aprofunda o beijos buscando controle enquanto sua mão agarra o pescoço de Carol. Agora a ideia de ter entrado naquela rede pareceu ser a melhor ideia do mundo porque Carol sentia parte do corpo de Natália sob ela por falta de espaço e quando sentiu a Natália dar uma leve rebolada em seu colo não consegue segurar um leve gemido que sai de sua garganta o que faz Natália arfar também em resposta.
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Como um Bom Jovem | Narol
FanfictionComo todo bom jovem Natália e Carol tiveram sua primeira festa sem controle.