Capítulo 5

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Severus estava no chão da imunda Casa dos Gritos, com sangue escorrendo de seu pescoço. Ele se virou para Harry, medo e resignação em seus olhos.

"Olhe para mim…"

Harry acordou assustado e olhou para Severus. Os dois levaram séculos para adormecer e ele não queria acordá-lo, mas o pesadelo era real demais para ser ignorado. Ele descansou a cabeça no peito de Severus, confortando-se com o coração ainda batendo em seu ouvido.

Dedos longos pentearam seu cabelo. "Atormentar?"

Harry pressionou os lábios na bochecha coberta de barba por fazer. "Desculpe. Não tive a intenção de acordar você.

"Pesadelo?"

Harry assentiu. "Qual é a data?"

Severus franziu a testa. “Será maio quando o sol nascer. Por que?"

Harry fechou os olhos. Então foi isso. Ele estava antecipando este dia. Ele pensou que talvez fosse chorar, embora tivesse chorado muito pouco na vida adulta, ou pelo menos gritar. Mas em vez disso sentiu apenas uma resignação entorpecida. Ele havia perdido. Eles haviam perdido.

Mas eles ainda tinham esta noite.

“Eu quero você em mim,” ele disse de repente. "Por favor. Severo.”

Severus sentou-se, de repente bem acordado. “Não deveríamos.”

Harry sabia disso. Eles limitaram suas atividades físicas, principalmente porque sabiam que estariam, no mínimo, quase totalmente consumadas se realmente fizessem sexo. Severus recusava abertamente regularmente, não querendo permitir que Harry retornasse a um mundo onde sua alma gêmea totalmente ligada estava morta. Mas agora, tão perto do último dia de Severus, Harry não conseguia imaginar retornar ao seu próprio mundo estando inteiramente ligado a ele em mente e espírito, mas não em corpo.

"Por favor," Harry repetiu. Ele enterrou a cabeça no ombro de Severus. “Eu não posso voltar assim. Vou me arrepender pelo resto da minha vida.”

"Você vai se arrepender se fizermos isso," Severus o corrigiu. “Já é bastante difícil quando você volta. Isso poderia consumar inteiramente o vínculo. Eu nem sei se a poção vai funcionar então.”

"Vai", disse Harry. “E com certeza aceitarei se ficar muito ruim.”

Severus arqueou uma sobrancelha. “Você está cedendo com muita facilidade.”

"Estou desesperado", disse Harry, depositando beijos no pescoço de Severus. Ele prestou atenção especial aos pontos que sabia que logo seriam dilacerados pelas presas de Nagini.

A respiração de Severus engatou. “Sou um homem fraco”, disse ele calmamente.

"O mais forte", disse Harry. "Mais forte que eu. Mais forte do que qualquer pessoa que conheço.”

As mãos de Severus subiram para passar os dedos pelos cabelos de Harry. “A bajulação não levará você a lugar nenhum.”

“E onde a verdade me leva?” Harry perguntou. Sua boca estava perto o suficiente da de Severus para que ele pudesse simplesmente ter exalado e caído sobre os lábios de Severus. Mas ele queria que Severus fosse aquele a alcançar.

"Tudo," Severus disse, e puxou Harry para um beijo esmagador.

Harry gemeu. Ele sempre adorou a sensação do pau duro de Severus roçando o seu, mas agora, com a promessa do que estava por vir, parecia ainda mais inebriante.

"Queria isso há tanto tempo", disse Severus, colocando a mão entre eles para acariciar os dois paus. “Sonhei com isso.”

"Não apenas sonhos", disse Harry, empurrando-se nas mãos de Severus. Considerando como ele havia passado na boca de Severus algumas horas antes, foi um pouco surpreendente o quão duro ele estava. Mas ele não pouparia nenhum pensamento questionando isso. Se seu pênis quisesse ter uma exibição estelar no que poderia ser sua única vez com Severus Snape, então ele contaria suas estrelas da sorte.

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