Depois, ele surtou

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No dia seguinte após o encontro de Jhonny e Apollo que deu muito errado, Jhonny estava almoçando junto de seus pais.
- E então - Começou Gina. -, como foi o encontro?
- Verdade - Disse o pai. -, conta para gente.
   Jhonny encarou eles e voltou o olhar para o prato de comida.
- Na verdade - Disse baixo. -, foi bem ruim.
- O que você fez de errado!? - Perguntou a mãe.
- Eu não fiz nada! - Exclamou. - A Jane que estragou tudo.
- O que ela fez? - Perguntou Denis.
- Ela se intrometeu ficou bebendo com o Apollo, e... - Fez uma pausa - E se declarou para mim.
   O silêncio dominou o lugar. Os pais se olhavam e Jhonny encarava o prato.
- Sabia que ela gostava de você. - Disse Denis.
- Isso não ajuda em nada. - Resmungou Jhonny.
   Gina olhou com raiva Denis. Ela respirou fundo e disse:
- Tenta sair com ele de novo.
- A gente vai sair de novo. - Afirmou.
- Ah que ótimo! - Disse a mãe aliviada. - Quando vão sair?
   Jhonny parou de cutucar a própria comida e pensou se eles haviam marcado algum dia específico. Não, eles não marcaram.
- Não sei. - Disse Jhonny
- Como não sabe? - Questionou Denis.
- A gente só falou que iríamos sair de novo, mas não falamos o dia.
- Minha Yu... - Resmungou Gina.
   Antes que a mãe pudesse brigar com o filho, uma batida pode ser ouvida do andar de baixo.
- Quem tá batendo na porta? - Perguntou Denis.
- Minha Yu - Disse Gina -, nem no horário de almoço os clientes me deixam em paz.
- Isso é bom, né? - Jhonny olhou para a mãe. - A gente ganha dinheiro graças à eles.
   Gina fitou o filho com os olhos e disse:
- Atende.
- Por que eu!? - Perguntou Jhonny indignada.
- Primeiro: - Ela levantou um dedo. - Eu mando. Sengundo: - Levantou dois dedos. - Você é mais novo então tem mais disposição. Terceiro: - Levantou o terceiro dedo. - Eu estou almoçando agora.
   Jhonny também estava almoçando, mas ele decidiu não responder a mãe. O rapaz apenas se levantou, desceu as escadas e foi em direção à porta. Quando ele abriu, ele viu que era Apollo na porta.
- Príncipe!? - Disse surpreso.
- Não me chama de príncipe, a gente tá saindo, é meio estranho.
- Claro... - Jhonny encarou as roupas de Apollo. - Você tá lindo. O que veio fazer aqui?
- Obrigado. - Sorriu. - Eu vim para o nosso segundo encontro.
- Hoje!?
- Sim. - Sorriu envergonhado. - Você tá ocupado?
- Não, não é isso. Só fiquei surpreso.
   Jhonny ficou sem graça, não sabia mais o que fazer. O rapaz morava com os pais no andar de cima da própria loja, e a casa dele era bastante humilde.
- Posso entrar? - Perguntou Apollo.
- Claro. - Sorriu sem jeito e deu um passo para o lado para que Apollo pudesse entrar.
   O Príncipe pediu licença e entrou na casa. Eles subiram as escadas e quando os pais de Jhonny viram o Príncipe ficaram totalmente sem jeito.
- Príncipe!? - Exclamou Gina.
- Futuro genro! - Gritou Denis a caminho de abraçar o Príncipe.
- Pai!? - Gritou Jhonny enquanto tentava afastar o pai de Apollo.
   Apollo apenas riu e retribuiu o abraço.
- Posso te chamar de futuro sogro também? - Provocou Apollo.
- Pode ser só sogro. - Zoou.
   Ambos deram risada. Jhonny puxou Apollo pelo braço e o levou até o quarto.
- Os seus pais estão lá fora, aqui não. - Provou Apollo.
   Jhonny corou ainda mais, recuperou o fôlego e perguntou:
- Quer ir para onde?
- Eu queria te levar para um lugar - Fez uma pausa. - secreto.
-Tá bom então.
   Apollo sorriu e pegou Jhonny pelo braço. Eles se despediram de Gina e Denis e então foram caminhando até o lugar desconhecido.
   Enquanto andavam, como não tinham assunto, Jhonny perguntou:
- O seu sobrenome não é Minerva porquê você não é filho deles de sangue, então qual é o seu sobrenome?
- Que pergunta específica, - Sorriu. - ótima observação. O meu sobrenome é Into. Apollo Into.
- É lindo.
- E o seu? - Perguntou Apollo.
- Vasconciello. Jhonny Vasconciello.
- É lindo também.
   Eles ficaram em silêncio, mas não era ruim. Mesmo em silêncio, eles dois ainda ficavam se olhando sem jeito, o que amenizava o fato deles estarem em silêncio.
- Digamos que - Começou Jhonny. - se algum dia eu me casar com você - Apollo o encarou. -, eu vou ser Minerva ou Into.
   Apollo voltou a olhar a estrada de terra que estavam caminhando e disse:
- Eu prefiro Apollo Vasconciello. - Voltou o olhar para o rapaz. - É mais bonito, não acha?
- Acho que sim. - Jhonny riu sem graça.
   Depois de alguns minutos eles chegaram no local. Era como um pequeno precipício que dava uma visão linda para o Reino de Alo.
   Jhonny olhou a paisagem e depois para seu amado. Apollo estava com um sorriso sincero no rosto, que, para Jhonny, era a melhor visão que ele podia ter.
- É lindo. - Disse Jhonny.
- Você olhou mais para mim do que para a paisagem.
- Eu não disse o que era lindo. - Sorriu.
   Apollo retribuiu o sorriso, então disse:
- Quando eu me mudei para cá, eu não gostei daqui logo de cara. - Sorriu. - Eu odiava estar aqui, na verdade.
   Apollo respirou fundo e continuou:
- Os meus pais haviam morrido e estava num Reino completamente desconhecido, eu não conversava com ninguém.
   Jhonny se aproximou de Apollo, pensou em abraçá-lo, mas logo desistiu.
- Um dia - Disse Apollo sorrindo. - a Chelsea me chamou para brincar, eu fui e a nós estávamos tão focados da brincadeira que fomos nos arrastando até aqui, sem querer. - Riu.
   Jhonny retribuiu o sorriso e Apollo continuou:
- Quando a gente percebeu que estávamos perdidos, ela começou a chorar e eu fiquei muito impressionado.
- Por que? - Perguntou Jhonny.
- Ela parecia ser tão durona, mas ali ela estava vulnerável, eu senti empatia por ela e a guiei de volta para casa. Depois viramos melhores amigos. Irmãos, na verdade.
- Por isso tem tanto carinho por esse lugar?
- Sim. - Sorriu.
   Apollo se virou para Jhonny. Eles se olharam e Apollo colocou a mão na nuca de Jhonny. O Príncipe fechou os olhos e beijou seu amado.
   O que começou com um selinho virou um beijo de verdade. Os sentimentos eram visíveis. Apollo, mesmo relutante, se apaixonou por Jhonny.
   Quando se separaram, Apollo deu um passo para trás e disse:
- Te vejo amanhã.
   Ele se virou em foi embora. Jhonny ficou parado por um tempo tentando raciocinar o que havia acontecido. Depois, ele surtou.

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