★Era uma vez... (01)

14 1 0
                                    

-Você é um idiota, não consegue nem jogar uma simples pedra no mar!-E com seu ego alto, Bakugo pegou uma pedrinha do chão e jogou no rio quase acertando a pobre ave que cassava seu alimento-E é assim que se faz...!

Izuku bateu palmas e sorriu que fez Katsuki ficar com suas bochechas rosadas, mas disfarçou jogando um pedaço de graveto em sua cabeça

-Ai!-Reclamou Midorya colocando a mão na onde acabara de receber uma gravetada

-Deixa de choramingar, Deku!-Falou pegando mais uma vez uma pequena pedra no chão úmido pelo rio e entregando na mão de Midorya-Vai logo, quero ver ser melhor que eu

E assim pegou a pedra que foi dada para ele. Se aproximou um pouco mais do rio e se concentrou para acerta sua mini pedra em uma gaivota que passava voando lentamente a procura de um peixe. mas com medo de acerta a pobre gaivota e machuca-la, fez Izuku se desconcentrar, perdendo o equilíbrio e caindo no rio

Como esperado, Katsuki não se preocupou em ajudar. Seus risos que ficavam mais exagerados a cada momento abafaram o local em segundos

Com vergonha, Midorya saiu com dificuldade do rio encharcado dos pés a cabeça. O vento por conta da brisa das árvores pegavam em seu corpo encharcado, fazendo o ter a sensação de ter alguém jogando baldes de gelo em seu corpo

-P-para de rir, Kacchan...-Falou enquanto tremia e se contorcia de frio se abraçando com os braços na espectativa falha de se esquentar

-Eu já mandei parar de me chamar assim-Ele suspirou com raiva e olhou diretamente pra Midorya-Vamos voltar pra dentro, já que você esta parecendo que vai cair duro a qualquer momento

Depois de suas palavras, Katsuki agarrou com força o braço gelado de Izuku. Eles correram para dentro da sala principal do castelo enorme com seus pés sujos de lama que formavam pegadas pelo chão polido

-PARADOS AI MESMO SEUS PESTINHAS!!-Uma voz rasgada conhecida pelos dois percorreu pela grande sala que os impediu derem mais qualquer outro minúsculo passo

Uma velha senhora, com nariz pontudo e uma voz grossa e rasgada de tanto fumar... A governanta "Trasgo" como eles a apelidaram. Seu melhor passatempo era principalmente cuidar da vida de qualquer um quando tivesse a chance

-Desculpa, eu posso limpar iss...-Izuku tem sua pequena frase cortada logo depois de ter seu corpo puxado pela governanta para longe de Katsuki

-Filho de empregada não deveria estar tão perto do príncipe desta forma-A mulher nariguda falou com desaprovação-Olha só as suas vestes... Estão encharcadas....?-Com ar de nojo depois de perceber suas vestes visivelmente encharcadas, pegou um pequeno lenço de baixo das mangas e limpou suas mãos enojada-Pequeno Katsuki, vou pedir para que alguém prepare seu banho, não se preocupe. Agora você...-Ela voltou seu olhar para o outro menino-Deveria ter vergonha de si de entrar deste jeito para dentro e sujando todo o local... Arranque esses sapatos e va trocar suas vestes o mais rápido possível. Vou garantir que sua mãe limpe toda essa bagunça que você causou

Sem ao menos uns dos meninos conseguirem abrir suas bocas, a Trasgo agarrou fortemente os braços de Midorya e começou a andar com ele em direção ao lado de fora da sala, porém são esbarrados no meio do caminho por Inko, a mãe de Midorya, que já estava ciente da situação

-Izuku...-Inko que estava visivelmente desesperada suspirou envergonhada, e tirou seu filho da governanta que não estava nada satisfeita-Desculpe, eu irei limpar está bagunça agora mesmo!

Não era de se admirar de que a pobre mulher realmente limpou o chão que seu filho havia sujado. Izuku não conseguiu disfarçar o desapontamento em ver sua mãe limpando o chão, por mais que esse era seu trabalho diário. A Trasgo era realmente uma tremenda bruxa...

No final da tarde quando sua mãe tinha acabado de limpar o chão e o resto da sala, ela foi para sua pequena cabana onde ela morava com seu filho nos quintais do enorme castelo. Inko pegou uma panela grande e começou a esquentar água no fogão a lenha para dar banho em Midorya, que ainda estava sujo do pequeno acidente no rio mais cedo

Depois de colocar a água fervida na grande bacia com um pouco de água gelada, ela começou a dar banho no pequeno menino que tinha um semblante melancólico

-Mamãe...-O garoto falou baixo sentado abraçando suas pernas enquanto sua mãe esfregava suas costas

Hã...? Ah sim, o que foi meu anjinho?-Inko respondeu com um sorriso leve em seu rosto que transparecia sua exaustão

-A gente vai ter que ir embora, não é?

Inko parou por um momento o que estava fazendo e tirou seu leve sorriso do rosto

-Izuku... De onde tirou essa pergunta? É claro que não, filho...

-Por favor, não mente pra mim, mamãe. Hoje mais cedo eu vi você com a rainha atrás do castelo... Ela parecia estar brava com você... Por conta de um tal de anel de "herança de família"...

O menino se encolheu mais, abraçando com mais força suas pernas e abaixando a cabeça. Sua mãe gelou por completo ao ouvir as palavras dita por Izuku, que até deixou a esponja cair, molhando todo o chão

-Filho...-Falou com uma voz falha- Não se preocupe, ok?-A mulher sorriu novamente e acariciou os cabelos cacheados e verdes molhados de Izuku, se recompondo pegando a esponja que caiu segundos atrás e voltando a limpar o garoto...

Não pôde segurar o sorriso que escapou acidentalmente quando sua mãe acariciou seus cabelos, mas mesmo sorrindo ele não estava satisfeito com as palavras da sua mãe, porém, ele sabia que não poderia fazer nada. Ela nunca falaria o que estava realmente acontecendo... Sua mãe era tão dócil, que ela sempre segurava suas dores apenas para si

Midorya ja havia ido se deitar para dormir após o banho quente, mas sentia a ausência da sua mãe; geralmente ela sempre se deitava junto a ele. O menino não tinha dado tanta importância, pensava que ela iria terminar umas de suas faxinas no castelo, talvez...

Mas seus pensamentos evaporaram logo ouvir a porta sendo aberta

-Mamãe?-Perguntou demonstrando preocupação

-Izuku, nós estamos indo embora-O tom da mulher era rígida, uma coisa que deixava Midorya intrigado; não era nem um pouco normal sua mãe ser assim

-Espera, que?

-Pegue só o necessário para você

Não tinha muito o que fazer no momento a não ser obedecer ela.
Era nítido a irritação nos olhos de sua mãe, que fazia até seu coração bater um pouco mais forte, mais forte do já estava batendo pelo susto repentino que tomara a minutos atrás

A mais velha agarrou o braço de seu filho que segurava um pano amarrado com umas de suas poucas roupas dentro, o puxando para fora da pequena casinha de tijolo caindo os pedaços

Izuku não se lembra com clareza o que aconteceu aquela noite, mas quando eles foram para o castelo, olhou para a porta, podendo ver a cara de indignação e desentendimento de Katsuki em meio de seus pais irritados vendo Inko pedir desculpas com a cabeça baixa para o rei a rainha, e ir embora, levando Izuku

Depois daquele episódio, os Midorya caminhavam nas ruas aparentando estar sem rumo nenhum... Com fome e sede. E a última coisa que o mais novo se lembra desse dia, foi um clarão, um sentimento de estar caindo e sua mãe gritando seu nome.


Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 16, 2024 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

𝕽𝖊𝖎𝖓𝖔𝖘 𝕺𝖕𝖔𝖘𝖙𝖔𝖘•••|[Bakudeku]|Onde histórias criam vida. Descubra agora