Calafrios

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Era mais uma noite comum, eu estava cansada pois havia chegado um pouco mais tarde da universidade. Eu já estava pronta para dormir, mas antes precisei para para organizar minha escrivaninha. E em seguida, fui até a janela para abrir em busca da brisa suave e gélida daquela noite. Isso já era rotina. Destravo a tranca e abro a janela, aproveitando e me deleitando da brisa gelada que acaricia meu rosto. Olho para a rua quieta lá em baixo, poucas pessoas se movimentando, olha também para os veículos que passam e vão. E mais em frente, olho para as árvores. E por último me deleito da visão do céu escuro e totalmente estrelados. Eu dou um longo suspiro, deixando que meu corpo relaxe seus músculos tensos e doloridos. Eu me movo pelo o quarto e vou até meu espelho para soltar meu cabelo, a última coisa que eu faria em questão de conforto antes de dormir. Eu coloco a presilha em cima da escrivaninha e bagunço suavemente meu cabelo. desvio o olhar brevemente para o relógio que já se marcava ser 1:35Am. Oh, talvez eu tenha ficado tempo demais mergulhando em meus pensamentos, e mal vi o tempo passar. Estou tão cansada, meus pensamentos sempre se vagam para as coisas da universidade, ou.. coisas assim. Nunca está vazia. E a sensação de cansaço está sempre presente em meu corpo, desde que eu acordei. Eu caminho até minha cama com a intenção de relaxar meus músculos com o colchão suave e macio, mas não iria dormir. Não agora, pelo menos.
Eu me deito, encostando as costas e as descansando nos travesseiros macios. Eu pego o livro em cima de meu criado mudo, lendo apenas com a luz amarela e suave do abajur. Estava um clima agradável.
Eu passei um tempo lendo, e mesmo que eu não estivesse dormindo, pude sentir meu corpo descansando. Isso me fazia bem, tirar um tempo para fazer alguma coisa, mesmo que seja apenas ler. Ultimamente estou tão ocupada que mal tenho tempo para meus hobbies, mas sempre tiro um tempo antes de dormir para ler algumas páginas de meu livro. É tão grande e parece nunca acabar. Fiquei tanto tempo focada em todas aquelas letras, mas o cansaço é tão grande que mal sabia oque estava lendo. Eu adormeci sentada com o livro em mãos. Estava bem, o momento me fez ficar mais relaxada. Assim que fechei os olhos, sonhei com algo. Um vazio. Um vazio muito grande, parecia não ter fim e muito menos um espaço fixo. E, bem lá no fundo desse "lugar", eu pude ouvir Uma voz, uma voz suave e baixa. Muito tranquilizadora, e.. Familiar, eu diria. Ela chamava meu nome, era atraente. Repetia-se nos lábios como uma mantra... lábios? Eu mal sei se oque ouço é algo fixo. Parecia-se mais como um canto de uma sereia nas profundezas do mar, em meio toda aquela escuridão, pude me sentir a sensação Familiar.. uma sensação de que eu estava perdida. E eu caminhava, eu seguia a voz. Parecia estar em todos os lugares, mas ao mesmo tempo em lugar nenhum. Eu murmurei, o som saindo estrangulado de minha garganta enquanto vagava o olhar pela escuridão, pisando no chão solido que parecia que ia afundar assim que meus pés descansos colidissem contra ele. Eu soltei um outro murmuro estrangulado, sabendo que não tinha voz naquele lugar. Mas parei quando não houve resposta.
Nenhuma resposta. Nada.
Eu olhei ao redor, totalmente confusa. Sentindo uma sensação de frustração se acomodar em meu peito, me fazendo me sentir mais frustada. E junto a ela, um sentimento de saudades, saudades de algo que eu nunca pude ter. Saudades de algo que não existe, não nesse espaço, não para mim.
E de repente, quando desisti de procura-la, um assopro sopra em meu ouvido, e a voz estava lá. A mesma voz, suave e acolhedora.. fraca, mas suas palavras eram intensas. Clamava, de seus lábios se repetiam as mesmas como uma mantra, como se cada palavra fosse a última. Imediatamente cada pelo de meu pescoço, costas e braços ficaram de pé. Não pude entender oque ela falou, nunca soube, apesar de ter um pequeno pressentimento sobre oque seria, mas acordei imediatamente ao sentir sua mão de dedos longos e estreitos, muito magros e pálidos tocar meu braço nu. Eu abri os olhos, sentindo imediatamente um calafrio percorrer meu corpo. Meu estomago se retiro e eu enrijeci a postura, ofeguei, minha respiração ficando descontrolada por um instante, como se eu estivesse o sonho inteiro sem respirar, demorando um tempo para me recompor da sensação de estranheza que tomara meu peito. Eu nego com a cabeça suavemente, pegando o livro de meu colo, que eu nem sei como não amassou as páginas finas, quase transparentes de tão frágeis, o fechando e o colocando em cima do criado mudo. Eu me levantei, caminhei até a janela e a fechei, imediatamente as cortinas pararam de balançar com a brisa suave da noite. A sensação ainda agonizava em meu peito, chegara a ser doloroso. Mas supus que seria reação da minha mente por estar tão cansada. Isso já era um sinal de mal estar, eu deveria ir dormir imediatamente, principalmente porque teria que acordar cedo no outro dia. E, pra quem tem que acordar cedo, estava muito tarde. Talvez mal desse tempo para que meu corpo descansasse por completo, mas iria fazer questão de aproveitar cada hora e cada minuto que tinha para dormir. Eu caminhei suavemente até minha cama, me deitei de lado e me aconcheguei nos lençóis. Suspirei enquanto me inclinava para apagar a luz suave e confortadora do abajur. Sobrara agora apenas o silêncio da madrugada e o escuro do meu quarto onde costumava achar conforto. Não demorou muito para que eu adormecesse, e, dessa vez, não sonhei com absolutamente nada. Mas, mesmo assim, eu acordei de novo. Estreitei os olhos, não conseguindo enxergar nada em meio a escuridão. E o pior, aquela sensação que antes seria apenas um sinal de meu cérebro, agora estava pior. Eu começara a suar frio, minha garganta estava seca. Estranhei, mas não senti medo. Me sentei, aconchegando e me confortando as costas nos travesseiros. Me inclinei para ligar o abajur, eu senti a necessidade de me manter na luz. Isso era estranho, nunca senti isso antes desde que sai daquela casa. Bem, talvez fosse apenas uma ansiedade causada por eu estar muito sobrecarregada. Eu suspirei, e cada vez que meu peito subia e descia, doía. Doía como nunca. Meu Deus! Oque é isso? Eu resmunguei de forma sofrida e me deitei novamente. Se eu ficasse calma e quieta, iria passar. Eu sei disso, quase sempre costumava funcionar. Eu entrelacei os dedos sobre o peito e encarei o teto, meus pensamentos muito longe.. quase me fizeram esquecer de minha agonia em meu peito. Eu fechei os olhos, já com as pálpebras muito pesadas, minha mente ficou turva, o cansaço excessivo me fez relaxar. Mas tudo volta quando escuto arranhados na janela. Eu não abro os olhos, talvez fosse um galho ou até mesmo algum gato. Sinto um calafrio quando me toco que não tem como, já que eu moro no sétimo andar do prédio. E era muito alto para galhos ou até mesmo gatos. Um nó se forma em minha garganta, a minha ansiedade aumenta. Eu comprimo os lábios para conter minha voz. Mas mesmo assim permaneço de olhos fechados. A sensação era sufocante, e prometi a mim mesma que tomaria o tempo que precisasse para descansar da próxima vez. Eu nunca mais iria me sobrecarregar a ponto de me sentir mal e escutar coisas novamente. Eu relaxei com o pensamento, minha mente se esvanecendo, quase tomada pelo o sono. Mas, novamente, um barulho na janela. Mas, dessa vez foi uma batida.
Toc.. Toc... Toc....
Eu me arrepiei por completo, comprimi os lábios com mais força e me forcei a manter meus olhos fechados. Isso era coisa de minha mente, eu não era mais uma garotinha de 10 anos com medo do escuro. Não era.
Toc.. Toc... Toc....
Esse foi o motivo do meu colapso mental. Meu corpo treme, minha garganta dói de tão seca que está. E se fosse um bandido? Como poderia me levantar sem que ele perceba minha presença? Estou aflita, preciso pensar. Eu caio em um mar de desespero e emoções e de repente.. silêncio. Não pude ouvir mais nada. Eu relutei e hesitei, mas cedi e finalmente abri uma brechinha do olho, olhando para o teto. O quarto estava escuro. Eu me sentei lentamente, mal sustentando o peso do próprio corpo no colchão, me inclinei para ligar a luz do abajur novamente. Por que havia se apagado? Eu olhei ao redor. Silêncio, não havia nada mais doque o silêncio mortífero daquele cômodo. Desviei o olhar brevemente para o relógio que marcava ser 3:25Am. Eu passei tanto tempo acordada assim? Oque diabos estava acontecendo comigo? Isso nunca chegou a ocorrer comigo novamente desde que andei ocupando meu tempo com os estudos e um pouco de álcool. Eu já havia me esquecido de como era agonizante. Estou sentada encarando as pernas cobertas por lençóis, e com um olhar pensativo, eu desvio o olhar para a janela novamente. As cortinas balançam mesmo sem vento, o vidro está embaçado, e arranhões longos e finos marcam a janela de cima para baixo. Eu estreito os olhos. Não era coisa da minha cabeça? Outro calafrio percorre minhas costas, um calor agonizante toma conta de meu corpo e eu me sinto com um mal estar novamente. Eu nego com a cabeça, já sentindo a vontade de chorar. Eu só posso estar ficando louca. Essa era a única explicação. Eu me levanto da cama, meus pés descalços tocam o piso frio de madeira. Eu caminho até a porta, vendo de relance o reflexo de uma mulher com vestido branco com flores azuladas, era o meu feflexo. Eu suspirei e caminhei até a janela, avaliei os arranhões, avaliei a janela embasada. Eu fecho as cortinas, e me viro para observar o quarto. Nego com a cabeça, e caminho até minha cama. Me sento na beirada. Meus olhos se desviam brevemente para o relógio novamente antes de me inclinar para pegar meu celular.
Descarregado.
Eu bufo, hoje só poderia ser o meu dia de azar. Eu o jogo na cama e me deito de lado novamente, mas dessa vez mal consegui pregar os olhos. Eu suspirei, agora estava hesitante em dormir.
Fiquei assim por um tempo, fiquei hesitante em piscar os olhos. E sempre que fazia, meu corpo dava um espasmo antecipado pelo oque estivesse em minha frente, mas não havia nada. Eu desisto. É só coisas da minha cabeça. Isso não era real. Eu fechei os olhos, mas quando os abri, o quarto estava totalmente escuro. O abajur novamente havia se apagado.
"Droga..Oque diabos há com você?" -Eu suspiro e me viro de bruços para cima. Encaro a escuridão do teto como se fosse a coisa mais interessante do mundo, mas apenas estava cansada.
"Olá, querida.. não consegue dormir?" -Uma voz grogue e desumana sussurra em meu ouvido. Meu corpo congela e minha respiração treme na garganta, meu coração erra uma batida de modo que tudo para e tudo gira ao meu redor, começando a bater mais e mais rápido de modo que as batidas fiquem audíveis. A adrenalina que percorre minhas veias me penetram e chegam a doer. Eu não consigo me mover. Não consigo piscar. Não consigo respirar. Tudo para, tudo está girando. As formas estranhas no escuro daquele quarto me atormentam. Meu rosto só expressa pavor. Estou soando, meu suor molha os lençóis. E, novamente, novamente aquele hálito quente e podre sopra em meu rosto. Quero chorar, e muito.
"Você não é real." -Eu estremeço, minha voz mal sai direito da garganta. Está muito baixa e fraca. Tremula, cheia de pavor.
"Não sou?" -A coisa dá uma risadinha nasal. Meus olhos lacrimejam, está acontecendo tudo de novo.
"É esse argumento que você usa para se confortar em pleno desespero?" -Seus dedos longos gelados que mais se parecem com ossos puros deslizam sobre minha bochecha. Lágrimas escorrem de meu olho e eu comprimo os lábios para não gritar. Eu me viro em um impulso rápido e soco a coisa, mas acabo que apenas acertando meu próprio colchão.
"Vai embora! Você não é real, não! Não mais." -Eu esbravejo com a voz trêmula e fraca e me levanto de minha cama as pressas, tropeçando em meia aquela escuridão.
"Oh, não sou?" -A coisa repete em meu ouvido, repousando sua mão magra em meu ombro. Seu hálito me faz enlouquecer, eu quero gritar, soca-la, mata-la novamente.
"Não!" -Eu me viro e soco o vento novamente.
"Não é!" -Eu grito em meio aos prantos.
"Vai embora! Vai embora!" -Eu começo a soluçar, meu peito doi enquanto procuro por ar. Minha visão gira e meu corpo parece muito fraco para suportar meu próprio peso.
"Ir embora? Você me matou, beth. Agora vai ter que conviver com o peso de minha morte." -A voz dá voltas e voltas ao meu redor. Me sinto em pânico, me sinto sufocada.
"Não! Eu não.. eu não fiz isso." -Eu caio aos prantos, ao desespero enquanto me sinto muito fraca sobre a pressão que a coisa coloca sobre mim. Estou cansada, eu não aguento.
"Por favor, Suzie.." -Eu choramingo e agarro meus cabelos, tropeçando para trás até fazer que minhas costas colidam com a parede. O retrato cai e o vidro estilhaça pelo o chão.
"EU NÃO FIZ POR QUERER! EU NÃO FIZ POR QUERER! EU NÃO FIZ POR QUERER! EU NÃO FIZ POR QUERER!" -Eu repito para mim mesma em um tom desesperado, como uma suplica.
"Eu não fiz.." -Eu fraquejo, as lágrimas descem como uma fonte de água e caem desesperadamente de meu rosto.
Minhas pernas estão inquietas, acabo cortando meus dois pés descalços nos cacos de vidro espalhados pelo chão, mas mal posso sentir ou ver alguma coisa em meio aquele sufoco escuro e doloroso.
"VOCÊ FEZ. Você fez..você fez, querida." -Ela ri, sua risada maldosa ecoa como um grito nas montanhas. Seu eco se repete pela eternidade em minha cabeça.
"NÃO! NÃO! Não.." -Eu caio sentada, os vidros perfuram e adentram o tecido de meu vestido.
"Eu não fiz.." -Eu repito baixinho, agarrando e puxando meus cabelos como forma de que, se eu puxasse o mais forte que pudesse, aquilo iria sair de minha cabeça. Sua voz iria desaparecer, suavizar. Mas não. Nada funciona. Nada pode me salvar.
"Você atirou em mim, Elizabeth. Você atirou." -Ela se aproxima, sua mão passa em minha cabeça em um toque suave, mas estremeço e seu toque é como uma facada em meu corpo.
"Não foi assim, eu- argh!" -E de repente ela agarra os fios de meus cabelos com brutalidade, ela puxa demonstrando todo o odio guardado em sua alma. Suas unhas que, desde sempre costumara ser pequenas, agora se estavam pontiagudas e compridas. Elas cravam igual agulhas em meu couro cabeludo fundo o suficiente até que eu sinta o líquido quente escorrer em gotas finas em meu rosto.
"Você me matou, Querida. Você o fez porque quis." -A coisa esbraveja, sua voz já não se parecia com a minha irmã. A voz dócil e infantil de minha querida irmã Suzie já havia se transformado em algo maior. Algo demoníaco.
"Suzie.. suzie.. não.." -Eu sufoco quando ela aperta meu pescoço e me ergue com a outra mão, me prendendo na parede.
"Você atirou em mim, querida. Você o fez." -Sua voz grogue já começara a falar em um idioma desconhecido. Eu iria morrer. Iria pagar pelo erro de meus pais. Pelo o erro do papai de deixar uma arma na gaveta destrancada com crianças brincando em seu quarto. Suzie desliza suas unhas pontiagudas em minha garganta, deslizando como uma lamina enquanto meu pescoço arde e se derrama em um liquido quente.
"Suzie.. n-nã..o" -Eu seguro sua mão, mas minhas mãos tremulas e toscas mal conseguem manter o aperto em volta de seu pulso fino e ossudo.
"Preciso fazer isso, minha querida irmã." -Ela sussurrou, sua voz grogue soando como o demônio.
"Nunca vou ser livre se não o fizer." -Mal entendo oque ela diz, só consigo pensar no quanto quero sair dessa tortura.

Toc.. toc.. toc!

"Senhorita Elizabeth? Oque houve? Está tudo bem?" -Ouço a voz de uma senhorinha do outro lado da porta. Eu mal consigo olhar na direção da porta, mal consigo respirar enquanto Suzie rasga minha cabeça e me tortura lentamente.
"Senhorita, eu escutei seus gritos e o barulho de vidro! Vou entrar se não abrir!" -A mulher diz com convicção antes de abrir a porta com facilidade, oh, estava destrancada.
"Senhorita Elizabeth eu-" -Ela paralisa ao acender a luz e ver minha figura sentada no chão encarando o nada enquanto estou coberta por sangue.
"Senhorita Elizabeth?! Senhorita Elizabeth?!! Oh, Deus!" -Ela estremece em um pânico nervoso e rapidamente saca o telefone do bolso de seu pijama. Estou cega e agora surda, não sei quem é essa mulher ou oque aconteceu depois. Não sinto mais nada, estou apagando.

[...]

Acordei lentamente, olhei ao redor e meu coração errou uma batida ao não reconhecer o lugar. Mas mais se parece um quarto de hospital. Eu movi o pescoço, mas desisti ao sentir a dor fina agredir meus sentidos. Mas não era tão forte, assim, pude me sentar com um pouco de esforço.

[...]

Sai do hospital algumas horas depois de ter acordado. Infelizmente tive mais um surto. E, dessa vez foi longe demais. Não sei, estou confusa e minha cabeça dói. Nunca cheguei a esse ponto antes. Me disseram que a alta dose de álcool colaborou para que isso descontrolasse, mas mal posso me lembrar oque ocorreu ontem. Tudo está esfumaçado e borrado, uma memória esquecida do que aconteceu. Passei no apartamento da senhora Cecilia para agradecer pela a ajuda, fui muito breve com a senhora pois não queria falar sobre. Em troca, recebi conselhos e uma dose de preocupação. Quando voltei para o meu quarto, a bagunça ainda estava lá. Os vidros estilhaçados no chão e o abajur com a lâmpada quebrada. Oque houve por aqui? Eu suspirei e fui tomar um banho na banheira, querendo me desvanecer de meus problemas e ignorar a bagunça. Finalmente sai, mas senti o peso se duplicar sobre minhas costas. Tudo parece piorar quando vesti meu pijama, soltei o coque de meus cabelos e me sentei na beirada da cama. O quarto já estava totalmente escuro, então larguei a presilha em qualquer canto do criado mudo ao lado de minha cama.
Os pensamentos de como eu trabalharia na manhã seguinte inundam minha mente, e meu cansaço devora meu corpo e mente como larvas em uma carcaça de cervo. Estou morrendo aos poucos.
Fecho os olhos, e quando finalmente vou caindo no sono pude sentir o hálito quente em meu pescoço.
"Olá, querida.."

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⏰ Última atualização: Aug 06 ⏰

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