MY MOON KNIGHT - beomjun

part one (beomgyu's pov)

Minha alma cinza e solitária percorria o vasto e complexo cosmos onde me vi perdido, as estrelas pareciam brilhar menos, encontrei-me completamente desolado em meio á tantos planetas desconhecidos. Era isso o que meus ancestrais diziam ser a tristeza? Vagar pelo universo sem sentido e sem um local para chamar de lar.

Me vi exausto, as lágrimas teimosas começaram a se fazer presentes e aqui repousei, neste satélite natural que emitia os tons mais belos das cores que habitantes de um pequeno planeta no sistema solar denominaram de "roxo" e "rosa". Quando me vi em terra firme, olhei pelos arredores daquele local estranhamente fresco, uma sensação que vivi por poucos tempos durante minha passagem em alguns planetas espalhados por toda a via láctea. De repente, sinto um toque em meu ombro. Quando me virei, acabei me deparando com um homem, pouquinhos centímetros maior do que eu, seus cabelos eram escuros como a noite, coberto por estrelas, sua armadura reluzia e pude ver o refletir da lamina afiada de sua espada cegar meus olhos.

— Quem é você? — Ele questionou. — Como chegou até aqui? — Seu tom de voz era ríspido. Nada amigável.

— Encontrei este local por acaso. Algo me atraía até aqui e senti que deveria verificar. — Respondi no mesmo instante e ele me olhou cético; nada convencido com minha resposta. Algo em mim dizia que ele não acreditava nas palavras que proferi.

O silêncio que se instalou entre nós dois era ensurdecedor. Ele respirou fundo, ajeitou a postura e então falou:

— O que achastes tão atraente na Lua? — Ditou quebrando o silêncio. — Este é um satélite natural destinado somente para que almas e seus amores vívidos permanecem unidos.

Ri.

Ele me olhou com os olhos cerrados.

— E você! — Exclamei. — Possuístes alguma alma prometida? Já que se encontra aqui, importunando quem nem chegou a conhecer. — Falei e no mesmo instante, ele se aproximou de mim.

— Eu sou apenas um cavaleiro. Não busco por amores assim. Da mesma forma que ninguém busca. — Explicou. — As almas ocasionalmente se encontram quando chegam aqui, e acabam por ser sempre a primeira pessoa com quem elas possuem qualquer tipo de interação enquanto se fazem presentes nesta órbita onde estamos. — Ele disse tranquilamente. Pude ver em teus olhos que sua paciência parecia se esgotar comigo. — Mas e você, garoto? Quem fora sua primeira interação desde que pisou por aqui? — Seu semblante era sério. Logo, soltei uma risada anasalada, pude ver você respirar fundo.

— Você.

✨

to be continued.