"Ela vence o diabo em sua arena com mente pequena, mas golpes sem pena."
Dalilah Octavia, neta de um poderoso chefe de máfia, se vê lutando para encontrar um fio de normalidade em meio ao caos de um passado devastador. Sua vida gira inesperadamente...
"Just one hit of you, I knew I'll never ever, ever be the same
(Apenas uma dose de você e eu soube que eu nunca, nunca mais seria a mesma)"
~Camilla Cabello~
VAI TER ASSASSINATO E GENTE LOUCA SIM, SE VC FOR SENSÍVEL NÃO LEIA! 😎
DALILAH OCTAVIA
Os paramédios da organização apareceram e levaram meu avô para a ala reservada dos Octavia, no Ospedale cardarelli. Que embora aos olhos do público, aquele hospital seja apenas um pronto-socorro corriqueiro, nele circulam médicos e enfermeiros, escolhidos a dedo, pelo meu avô.
— Acompanhe seu avô e me dê notícias! — Meu pai passa por mim, andando para algum lugar, com os olhos fixos à frente, sem sequer diminuir o ritmo.
— Depois! — Sinto a raiva pulsar como um vulcão prestes a entrar em erupção. Em um impulso incontrolável, arranco uma AK-47 das mãos de uma mulher ruiva que atravessava meu caminho.
A arma treme em minhas mãos, buscando uma firmeza que parece se desvanecer a cada disparo contra a família abominável de Gustav. Eles não merecem a vida, poluindo o ar com suas atrocidades desprezíveis. O aroma pungente da pólvora permeia o ambiente, enquanto a fumaça se exala da boca da arma, criando um manto denso.
— Vou acompanhar o senhor, papai! — Minha declaração soa quase pomposa, e um sorriso surge em meus lábios. A oportunidade de não ser apenas uma espectadora, mas sim uma voluntária nesse espetáculo é simplesmente irresistível.
Mesmo estabdi na minha mira, ele inflaciona o peito, como se estivesse em estado de incredulidade. No instante seguinte, seu olhar se transforma, revelando uma aflição profunda, marcada pela testa franzida. Em um esforço quase desesperado, tenta se sustentar no ar, mas a força do impacto dos projéteis o arrasta para baixo.
O fuzil, ainda quente em minhas mãos, é uma extensão do meu próprio corpo. Meus dedos permanecem firmes, sem hesitação. O som dos disparos ecoa nos meus ouvidos quase surdos.
Meu pai, o homem que uma vez admirei, agora está caído no chão, uma expressão de dor e surpresa estampada em seu rosto. Ele tenta falar, mas suas palavras são sufocadas pelo sangue que preenche sua boca. Seu corpo estremece uma última vez antes de ficar imóvel, seus olhos vidrados olhando para o nada.
A calma após a tempestade é sufocante. O silêncio pesa no ar, e a gravidade do que fiz começa a se instalar. Contudo, sem arrependimentos em meu coração. Apenas a certeza de que esse era o desfecho inevitável de uma relação marcada pela traição.
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Horas se arrastam em uma quietude entediante, enquanto olho para as paredes azul-marinho do hospital. O ambiente sem vida e movimento, intensifica meu tédio. A cadeira dura me faz sentir um desconforto nas costas, pela minha postura desleixada, que não ajuda em nada.
