━━━ prólogo

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QUEM CONHECIA BEATRIZ WONG DESDE PEQUENA, sabia que ela tinha mudado de uma criança alegre e hiperativa para uma adulta que quer distância de seres humanos além de querer trancar o curso a cada minuto que está respirando mais daquele ar poluído que sua faculdade lhe faz respirar. Se pergunta porque diabos se candidatou, porque diabos se candidatou a um quarto, e porque diabos não tranca o curso sendo que mesmo que goste da área, não esperava que fosse querer morrer a cada momento que lhe colocavam num trabalho de grupo. 

Ela não culpava as pessoas, o problema era ela e sempre seria ela, mas não foi ela que se permitiu ficar assim sem mais nem menos. 

É apenas e somente: proteção

Sobrevivente a um acidente mortal que deixou para trás a sua perna esquerda que agora é substeriruda por uma prótese, sua família roubou dinheiro, seus amigos só queriam saber dela ou pelo dinheiro ou outras coisas, traumas atrás de traumas seja de amizades que tentou fazer como desgostos vivenciados ao tentar ser alguém na sua vida além do bullying, pois perder sua perna aos dez anos é ninguém mais ligar que ela sobreviveu a um acidente fatal que levou seus pais e ainda sua perna já não era o suficiente para ser respeitada — também, o mundo tá assim mesmo, no máximo se preocuparam apenas no momento do acidente, ou fingiram, nunca se sabe, não se conhece as pessoas. 

E com isso ela se fechou completamente. Desde que seus amigos de infância só andavam com ela por ser a menina rica, com mãe bonita e pai empresário, que levava balas para todos ou bolinhos que sua cozinheira fazia porque a considerava como uma avó, para depois uma adolescente que diziam só querer saber de si própria e chamando de egoísta por ter uma prótese tão nova enquanto tinha gente adulta que não conseguia ter uma prótese e mal tinha molestas para conseguir andar com uma só perna. 

Metida, chata, riquinha mimada, só quer saber de si. Era o que ela era chamada sendo que só queria seus pais de volta, além de sua perna, pois se tivesse sua perna, teria seus pais de volta. 

Fechou-se. Não quis fazer mais amigos. Ficou na sua. Não confia em mais ninguém. 

Vagabundeou, obviamente. A cozinheira que considerava sua avó disse que seu desejo final era que ela, nem que fosse somente uma única vez, tentasse fazer amigos. 

Saiu com pessoas que não considerava amigos, mas sim colegas, tentou fazer amigos, conseguiu por duas semanas, fechou-se novamente por traumas. Desilusões. A culpa era sua. 

"Ela não socializa, não passa de uma anti-social. Gente assim não tem graça"

Era sempre os mesmos comentários mesmo com palavras diferentes. 

Era cansativo ouvir, mas talvez realmente ela fosse anti-social. 

Anti-social. Era isso que ela era. 

E sabem o que ela fez? Decidiu criar o anti-social club. Um clube onde abriga os anti-sociais da sua faculdade e, depois de várias tentativas falhadas, tentar fazer amigos que combinassem comigo, pois afinal, se não conseguir com anti-sociais, com certeza ela não presta para fazer amizades e está destinada a estar sozinha. 

— Temos uma nova candidatura. — Dong Sicheng – Winwin no clube – fala, num tom meio baixo. Odiava ter que sempre ser ele a dar os avisos, mas talvez fosse melhor, visto que tinha sido o primeiro a entrar no clube, então tinha um pouco mais de intimidade com a fundadora, que era ainda mais na sua do que ele, ficando no seu canto no canto que eles tinham conseguido da biblioteca da faculdade para seu clube se formar. Somente tinham cinco pessoas, que estavam lendo ou jogando algo no mundo deles. Já Winwin, estava encarregado de ler candidaturas que estavam disponíveis na entrada da biblioteca e a bibliotecária entregava para eles. 

— Não pode ser. Mais uma! — Disse com um pequeno sorriso, pegando os papeis, fazendo uma careta pela letra ser horrorosa, além dos dados para ela adicionar, mas sinceramente, o que ela fez foi rir quando leu o nome. 

Uma risada histérica, como fazia quando era uma pequena garotinha que amava brincar nos brinquedos de parques infantis antes de tudo o que aconteceu, acontecer. 

Anti-social club | jung jaehyunWhere stories live. Discover now