Um novo ano está prestes a começar na escola mágica de Oknwor, e todos os sortudos que passaram nas provas de aprovação encontram-se a despedirem-se dos pais antes de entrarem no comboio que os levaria até a escola.
— eu lamento muito que a tua mãe não possa vir também meu amor.. — Lionel Bahng, o pai do nosso protagonista, murmurou para o cabelo do filho enquanto o abraçava.
Christopher estava assustado, sabia que um simples descontrolo de emoções seu poderia causar a morte de muitos por conta da sua clara dificuldade em controlar os seus poderes.
— tudo bem pai..ao menos estás aqui.. — christopher respondeu, também na forma de um murmúrio baixo. Sua mãe, Athena Bahng, não era nem nunca fora muito presente em sua vida, mas christopher nunca fez muito caso disso, afinal, seu pai valia pelos dois.
— sei que quase não podem usar os telemóveis mas por favor, manda mensagem sempre que puderes! Está bem? — o homem na casa dos quarenta pediu acariciando o rosto de seu filho.
— está bem pai. — christopher gargalhou baixinho. Endireitou as malas no carrinho assim que escutou o sino do comboio anunciando que faltava pouco para partir. — eu vou ter que ir agora..— deu um último abraço ao progenitor e se apressou a entrar no veículo enquanto seu pai acenava para si de trás.
Já dentro do comboio, christopher contemplava pela janela todos os pais a acenarem aos filhos que partiam, entre eles, o seu próprio. Sorriu para com os seus botões, sozinho dentro do vagão pode retirar o seu pequeno caderno com capa de couro e escrever durante a viagem toda.
Isso se a porta de correr não tivesse sido aberta por um garotinho baixo com bochechas salientes e um par de óculos redondos e metálicos na face.
Tinha os olhinhos grandes marejados, e dava pequenos funginhos adoráveis ainda apoiado na porta.
Acabou por conseguir chamar a atenção de christopher, que olhou para si com um ar confuso.
— estes lugares estão ocupados? — perguntou, baixo e quase de forma inaudível.
— uhm, não! Podes sentar-te! — christopher esforçou-se para sorrir para o menor que entrou ainda cabisbaixo no vagão, com uma mala menor do que todas as outras que christopher já havia visto nos estudantes.
Parando para pensar, até as próprias roupas do garoto pareciam em segunda mão. As sweatshirts surradas, as calças com rasgões e os ténis a parecer que tinham ido à guerra.
O Bahng observou o rapaz levar a mão à prateleira onde estavam os alimentos para se comer durante a viagem e retirar um pacote de chocolates começando a comer quase de seguida.
— qual seu nome? — se assustou com a voz do garoto que agora olhava diretamente para si, as bochechas cheias faziam-o parecer um esquilo.
— christopher Bahng, mas podes chamar-me de Chris ou chan. — o mais alto sorriu, sendo recebido por um sorriso adorável do outro rapaz também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As mil maravilhas da escola mágica de Oknwor
Fantasy𝐒𝐢𝐧𝐨𝐩𝐬𝐞: ☆ - num mundo partilhado por Humanos e seres mágicos, todos os jovens recebem uma carta quando têm entre os 14 e os 17 anos, convidando-os a fazerem as provas de entrada para a maior escola de magia de todas, a escola mágica de Oknw...