one shot's- LAPUH

Make belive- cute and kids AU

Era mais uma tarde comum, a temperatura era agradável e a grama brilhava com sua cor esmeralda viva, diversas flores de variadas cores e cheiros se encontravam em arbustos bem cuidados localizados nos jardins tanto na frente das residências quanto nos fundos, inúmeras crianças brincavam pelas ruas, mas é claro, com exceção de uma, um garoto ruivo de olhos tão escuros quanto o abismo, porém tão brilhantes quanto cem mil estrelas. Apuh, o garoto que vivia isolado da sociedade, se encontrava encostado na beira da janela de seu quarto, o mesmo observava o que talvez nunca tivesse, a liberdade, o garoto olhava atentamente tudo lá fora, variando entre uma folha caindo de cima de uma árvore até as crianças brincando de múltiplas brincadeiras, o próprio pensava como seria ter uma vida normal, o que ele tinha? Talvez pudesse ser nada demais, porém por conta de alguns acontecimentos que com toda certeza mudariam sua vida por completo isso não aconteceu, quando era bebê acabou contraindo uma forte gripe e quase morreu no processo de cura, mas mesmo assim  esse não era o problema em questão, e sim seus pais, que depois do ocorrido se tornaram extremamente paranóicos em relação ao filho, o forçando a viver uma quarentena eterna, Apuh teria sido um garoto saudável, mesmo que houvesse  asma ela não interferiria tanto na vida do rapaz, entretanto por conta dos “cuidados” excessivos dos pais o mesmo acabou adquirindo variadas doenças, entre elas: anemia, falta de vitaminas, ansiedade,  depressão e distúrbios de sono e alimentares, o que fazia ele ser excessivamente  magro,pálido e com olheiras profundas e escuras. Perto dali havia um outro garoto que diferente de Apuh era extremamente saudável, seu nome era Lg, um garoto de cabelos castanho escuro e com olhos rosas hipnotizantes que traziam uma sensação única, uma mistura entre algo doce e alegre, o menino que por sua personalidade difícil de se lidar era visto como encrenqueiro e estranho por isso não possuía muitos amigos, mas isso não o abalava nem o magoava, pois em sua visão ser diferente o fazia especial, e para ele ser único era algo extraordinário, Lg passava o dia se aventurando na mata que existia perto do conjunto semiesférico de casas onde morava, entretanto naquele dia em específico ele decidiu que estava farto da floresta, então o mesmo decidiu ficar brincando de quintal em quintal. 

Enquanto se aventurava Lg notara algo, algo que por ter visto de relance supunha que fosse um fantasma ou algo sobrenatural, porém ao olhar novamente percebera que se tratava de um garoto que aparentava ter sua idade porém tinha uma aparência esquelética e meio esquisita, o moreno se perguntava se ele realmente estava bem, mas logo descartou a ideia pois era mas do que óbvio que não estava. Lg caminhou até  perto da janela do garoto e com uma expressão curiosa estampada em seu rosto perguntou: 

— Ei menino ruivo! “Cê” é um fantasma? Questionou de forma brincalhona.

— N-não, porque está supondo isso tão de repente? Perguntou o ruivo franzindo levemente a testa, entretanto por dentro sentia uma forte 

sensação de borboletas na barriga, talvez por nunca realmente ter conversado com alguém além de médicos e seus pais.

— Entendo…Mas me diz, qual seria o motivo  de estar ai sendo que está um  dia tão bonito aqui fora? Disse com um grande sorriso travesso.

— Eu não posso sair…Meus pais não me permitiriam fazer tal ato. Respondeu o ruivo enquanto gotículas de águas saiam de seus olhos.

— Ei! Não é necessário chorar, sabe, você não parece ter nenhuma criança para brincar, então que tal brincarmos juntos. Lg falou animado pois talvez por obsequio do destino pudera fazer um único amigo que fosse. 

O ruivo ficou em silêncio por vários minutos encarando o de olhos rosados, o mesmo admitiria que adoraria brincar com o outro garoto, no entanto tinha medo de que todas as coisas que seus pais falavam sobre sua saúde fossem realidade. Apuh inflou as bochechas, cerrou os olhos e colocou uma de suas mãos em seu queixo enquanto pensava em uma resposta boa para o moreno.